Há pessoas, a exemplo do ma temático francês Henri Poincaré, falecido em 1912, que acreditam na existência do talento congênito. “Matemáticos nascem; eles não são feitos”, asseverava Poincaré.
Sabemos, no entanto, que nada na vida se
conquista de graça. Aprender uma disciplina e tornar-se nela um especialista
respeitado exigem dedicação, estudo e, sobre tudo, muito tempo.
Diante disso, como explicar os talentos
precoces, os meninos prodígios? Teriam sido tais criaturas criadas assim,
recebendo de Deus um privilégio que não é concedido à maioria de suas
criaturas? A Doutrina Espírita é categórica quanto ao assunto. Não existem
privilégios na obra da criação.
Os meninos e os jovens prodígios nada mais são do que Espíritos reencarnados que conseguem acessar com facilidade, por um mecanismo que não é facultado à maioria das crianças e dos adolescentes, as conquistas intelectuais que fizeram em vidas passadas com esforço, dedicação e muito estudo. Os meninos prodígios, longe de representarem exemplos de um privilégio inadmissível por parte do Criador, são uma das provas mais evidentes da palingenesia, doutrina ensinada por Pitágoras, Sócrates, Platão, Jesus e revigorada, nos tempos modernos, pelo Espiritismo. Com efeito, a lei da reencarnação ou das vidas sucessivas constitui um dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita, mostrando que Deus permite que façamos numa existência o que deixamos de fazer ou fizemos incorretamente numa existência precedente.
É assim que, acumulando experiências sobre
experiências, os indivíduos progridem e chegam à meta a que todos nós estamos
destinados, que é a perfeição.
Fonte:
Jornal O Imortal, ano 53, nº 634.
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