Por ocasião da morte ensina o Espiritismo – tudo, a princípio, é confuso. O Espírito precisa de algum tempo para entrar no conhecimento de si mesmo. Ele se acha como que aturdido, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar se sobre sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado lhe voltam, à medida que se apaga a influência da matéria que acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
Muito variável é o tempo que dura a
perturbação post-mortem. Pode ser de
algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos. Para aqueles
que já na existência corpórea se identificaram com o estado que os aguardava,
menos longa ela é, porque compreendem imediata mente a posição em que se
encontram.
Resumindo: Cada pessoa desperta ou se demora na perturbação, conforme as características próprias de sua personalidade. A perturbação pode, pois, ser considerada o estado normal no instante da morte e perdurar por tempo indeterminado, em conformidade com o estado evolutivo do Espírito. Breve no caso das almas elevadas, pode ser longa e penosa no caso das almas culpadas.
Fonte:
Jornal O Imortal, ano 54, nº 637.
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