“Se existem no Universo muitos planetas habitados, há intercâmbio entre eles?”
Um dos princípios fundamentais do Espiritismo
é o da pluralidade dos mundos habitados. Na obra da criação, entre os mundos
destinados à encarnação de Espíritos em estágio probatório ou expiatório
encontra-se a Terra, uma das inumeráveis habitações do ser humano.
Evidentemente, há muitos outros mundos que abrigam humanidades semelhantes à
nossa, não sendo o homem terreno o único ser dotado de inteligência,
racionalidade e senso moral no Universo imenso.
Criado simples e ignorante, dotado de liberdade e inclinado tanto para o bem quanto para o mal, falível portanto, o Espírito sujeita-se a encarnar e a reencarnar, experimentando múltiplas existências corporais na Terra e em outros planetas, tantas quantas forem necessárias à sua depuração e progresso.
Esse processo realiza-se por meio das
migrações dos Espíritos, isto é, da alternância das existências humanas nos
dois planos da vida: o plano físico e o extrafísico ou espiritual. Todo
Espírito encarnado, enquanto seu corpo tem vida, encontra-se fixado ao mundo em
que encarnou. Desencarnado, passa à condição de Espírito errante, alguém que
ainda necessita de novas experiências reencarnatórias para depurar-se e
progredir. No estado de erraticidade o Espírito continua vinculado ao mundo
onde tem de reencarnar, mas, não estando a ele jungido pelo corpo físico, é
mais livre e pode mesmo visitar outros mundos, com a finalidade de instruir-se.
As migrações de Espíritos podem ocorrer
também entre mundos diferentes, ou seja, podem os Espíritos emigrar de uns para
outros planetas. Uns emigram por força do progresso realizado, que os habilita
a ingressar em um mundo mais adiantado; outros, ao contrário, são banidos do
mundo a que pertencem, por não haverem acompanhado o progresso moral atingido
pela humanidade desse mundo. O exílio que lhes é imposto constitui verdadeiro
castigo. Foi um fato dessa ordem que deu origem à raça adâmica, constituída de
Espíritos exilados de um planeta distante vinculado à estrela Capela.
Fonte:
Jornal O Imortal, fevereiro de 2006.

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