Separado do corpo físico, em decorrência da desencarnação, o Espírito volta, na maioria das vezes, a reencarnar depois de intervalos mais ou menos longos, intervalos esses que podem durar desde algumas horas até vários séculos, não existindo, nesse sentido, limite determinado. Esses intervalos podem prolongar se, mas jamais serão perpétuos.
Enquanto aguarda nova encarnação, o
desencarnado fica no estado de erraticidade, estado em que espera novas
oportunidades e aspira a um novo destino, mas, ao contrário do senso comum, não
fica inerte, sem nenhuma tarefa a executar.
O ensino espírita sobre a vida de além-túmulo
mostra que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à
beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos
laboriosos.
Ele pode, portanto, na condição de Espírito
errante, progredir muito e conquistar novos conhecimentos, o que dependerá
naturalmente de sua maior ou menor vontade. Entretanto, será na condição de
Espírito encarna do que terá oportunidade de colocar em prática as ideias que
adquiriu e realizar, efetivamente, o progresso que está buscando.
No tocante à situação da criança na vida post-mortem, ensina o Espiritismo que, regra geral, tal qual acontece com o Espírito de uma pessoa adulta, o Espírito da criança morta em tenra idade volta ao mundo espiritual e assume sua condição precedente, salvo se tiver de reencarnar num prazo de tempo mais curto, quando poderá então conservar a forma infantil e permanecer em instituições especialmente destinadas a cuidar de crianças desencarnadas.
O Espírito cuja existência se interrompeu no
período da infância recomeçará, desse modo, uma nova existência, que ocorrerá
na época que for julgada mais conveniente ao seu progresso. Se não tivesse
oportunidade de reencarnar, ele ficaria estagnado, à margem do processo
evolutivo, fato que não corresponderia à justiça de Deus. Com a possibilidade
de nova encarnação, a oportunidade de progredir é real e igual para todos
Fonte:
Jornal O Imortal, ano 53, nº 626.
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