Capítulo
7 - Leitura mental
Neste capítulo, André Luiz
narra como foi feito o resgate do Padre Domênico. Inicialmente, ele não quer
admitir os erros que cometeu, acha que está sendo injustiçado. A enfermeira
Luciana é então chamada para fazer a leitura mental do irmão.
"Padre Domênico, vossa mente revela o passado distante e esse pretérito fala muito alto diante de Deus e dos irmãos em humanidade! Duvidais da Providência Divina, alegais que o vosso ministério não foi devidamente remunerado com a salvação e imprecais contra o Pai de Misericórdia Infinita... Vossa dor permanece repleta de blasfêmia e desespero, proclamais que as Forças Celestes vos abandonaram ao tenebroso fundo do abismo!..."
A enfermeira então prossegue
narrando vários episódios onde Padre Domênico se esqueceu da bondade divina e
fez uso da batina e das influências que tinha para satisfazer desejos
inferiores. Vendo que ele começava a se arrepender do que fizera, a mãe que
tivera na última encarnação lhe aparece para confortar. Emocionado, ele se
dirige à mãe.
"A justiça divina
descobriu-me; sou um réprobo sem perdão, um celerado infernal. Hediondo passado
está vivo, dentro de mim. Oh! mamãe, és capaz de suportar-me, quando todos me
detestam?"
A mãe o conforta e o lembra da figura de Jesus. Nenhuma ovelha é abandonada pelo Divino Pastor.
- Vamos, filho. Movido pela
Misericórdia Divina, o relógio do tempo fez soar para teu espírito a hora
abençoada da redenção. A porta do resgate abre-se de novo à tua alma oprimida.
Que o Céu nos abençoe!
Este belíssimo texto mostra que a misericórdia divina nunca é negada a quem se arrepende dos erros cometidos. Há de responder à lei de causa e efeito, mas não é um alívio saber que não existem penas eternas? Que todos estão destinados um dia a viver junto ao Pai amoroso?
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