MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Sonambulismo
432. Como se explica a visão
a distância em certos sonâmbulos?
“Durante
o sono, a alma não se transporta? O mesmo se dá no sonambulismo.”
Visão à distância
O sonâmbulo tem dois tipos
de visão: uma à distância e outra onde o Espírito deixa o corpo, como no sono,
e se transporta a diversos lugares. A visão do médium sonambúlico se dilata
como se ele estivesse usando um telescópio de grande alcance. Quanto mais evoluído
o Espírito, mais sua capacidade de visão se dilata, chegando a observar até a
vida em outros mundos. No entanto, para alcançar outros mundos em Espírito, já
é mais difícil, pois isso depende muito de evolução espiritual, que quase não
se encontra na Terra. O mais comum é mesmo a visão à distância.
O cordão fluídico não comporta viagem extra planetária, sem romper suas fibras. Já houve casos de assim acontecer. É o mesmo que viagem astral, que se torna um perigo para pessoas sem experiência nessa ciência espiritual, motivo pelo qual não aconselhamos o seu exercício a ninguém. A viagem consciente que devemos exercitar todos os dias é aquela à nossa própria intimidade, para conhecer e reconhecer nossos próprios erros e corrigi-los. É claro que no futuro a viagem astral consciente será comum a todos os seres, por já estarem preparados para tal evento, mas, por agora, estamos todos com raízes presas nas trevas e dívidas a serem seladas.
O que aconselhamos a todos
os leitores é exercitarem a visão das suas faltas e eliminá-las; esse é o
melhor trabalho para a sua felicidade. O movimento maior deve ser o da reforma
do homem. Os dons da alma se dividem ao infinito, para depois se fundamentarem
no amor, donde emana toda a ciência para todos os recursos do bem-estar do
Espírito. Sejamos firmes no bem com Jesus, que Ele é o Caminho, a Verdade e a
Vida para toda a humanidade. Quem andar com Ele, nunca se arrependerá.
Não devemos, desejar o
transe sonambúlico. Fiquemos com a faculdade que Deus despertou em nosso
coração, usando-a para a felicidade de todos, que o tempo nos indicará o que
devemos fazer a mais. Andemos sem pressa, mas não paremos de andar; pensemos
sem desespero, mas não paremos de pensar nas coisas nobres; falemos sem
tropeço, mas não paremos de falar quando necessário, porque nesse esforço
permanente de melhorar, as mãos invisíveis nos ajudarão a conquistar grandes
coisas, e convidar-nos-ão para outras ações enobrecidas, onde poderemos sentir
a felicidade batendo em nossa porta, como luz de Deus nas trevas do mundo.
Procuremos ver à distância
os valores da natureza e os benefícios recebidos. Sejamos gratos a Deus todos
os dias, não só por palavras, mas pela vida que devemos levar em todos os minutos.
A maior visão à distância é a de Deus, que vê tudo o que se passa na criação e
ainda ajuda conscientemente a todos e a tudo que existe.
A alma, durante o sono, se
transporta recolhendo aqui e ali conhecimentos indispensáveis à sua paz.
Preparemo-nos para que esse conhecimento venha à tona para nos ajudar a
conhecer melhor as leis espirituais, a vida e Deus.
Sonambulismo ainda é transe
rudimentar. O verdadeiro estado da alma evoluída é consciente, passando a saber
de tudo e aplicando todos os meios lícitos para ajudar e amar. A própria
mediunidade transformar-se-á em intuição com o perpassar do tempo, sendo ela
aprimorada, com toda a consciência do existir. É a verdade, na explosão da luz
de Deus para a felicidade das criaturas que já conquistaram a paz da
consciência imperturbável.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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