MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
413. Do princípio da
emancipação da alma parece decorrer que temos duas existências simultâneas: a
do corpo, que nos permite a vida de relação ostensivas; e a da alma, que nos
proporciona a vida de relação oculta. É assim?
“No
estado e emancipação, prima a vida da alma. Contudo, não há, verdadeiramente,
duas existências. São antes duas fases de uma só existência, porquanto o homem
não vive duplamente.”
Fases de uma existência
O homem em geral se encontra
em um estado de sono sem as articulações do Evangelho de Jesus e, igualmente,
sem a participação de muitos porta-vozes da espiritualidade superior.
A vida, como a conhecemos, pensante, que fala e raciocina, é a do Espírito, e não a do corpo. Este é instrumento da alma e quando aquela o abandona, ao término da sua missão no mundo, o corpo se desfaz.
Como poderia haver duas
vidas em um só corpo? É justo que entendamos as leis de Deus em todas as suas
reações, para que possamos nos cientificar da verdade e do amor. O que se pensa
que são duas vidas, é porque o Espírito, quando livre em estado de sono, ainda
se acha ligado ao corpo por laços fluídicos e é capaz de movê-lo e fazê-lo
sentir.
Existem ainda outros corpos
além do físico, que a alma usa para seus trabalhos no mundo grosseiro. São
corpos que parecem ter vida como o Espírito, por serem animados por esse. Essas
revelações são segredos da natureza, onde domina a sabedoria. Para ser santo,
necessário se faz que seja sábio, para entender o próprio amor, na dimensão em
que dominam os anjos.
Diz “O Livro dos Espíritos”
que “no estado de emancipação, prima a vida da alma”. O corpo é um instrumento
dela, que a Sabedoria Divina programou com muita perfeição, e desempenha um
trabalho valioso nos destinos do Espírito. Cuidemos do corpo, pois ele é, realmente,
um caminho que nos leva para o despertamento espiritual.
A reencarnação é um convite
para a perfeição dos sentimentos em todos os rumos. Jesus vem obtestar todos
nós, pelas vidas sucessivas, a compreender as leis na sua profundidade, e por
elas conhecer a verdade em direção a libertação espiritual.
Somente anima um corpo um
único Espírito, mas convém compreender que esse Espírito pode animar corpos
incontáveis, pelo processo de vidas múltiplas, o que é muito diferente de
pensar que o corpo tem duas vidas, qual dois Espíritos. Confundir as leis é
ignorar a verdade. Sendo cada consciência um mundo diferente do outro, se
fossem dois Espíritos animando um só corpo, o corpo teria uma vida consciente
igual ao Espírito, o que redundaria em plena confusão no comando do destino, ou
dos destinos, do ser.
O Espírito encarnado se
mostra como duas fases de vida: comandando um corpo, e livre dele, com relativa
liberdade, durante o sono. O espírita deve estudar mais a vasta literatura
espírita, com amplo campo de pesquisa, de modo que poderá entender melhor todas
as leis naturais.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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