Senhor!
No dia de Pentecoste, quando
quiseste reafirmar as boas novas do intercâmbio, entre o Mundo dos Homens e o
Mundo dos Espíritos, deliberaste agir de público, sem que ministros ou líderes
humanos estivessem superintendendo a reunião.
Pedro e os companheiros oravam, depois de providências para que alguém ocupasse o lugar vazio de Judas, quando “todos ficaram repletos do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”.
Com isso não desejamos dizer
que desprestigiavas a autoridade e a organização que honoríficas com o teu apreço, e sim que podes administrar
os teus dons inefáveis sem a intervenção de ninguém.
O narrador evangélico vai
mais longe. Conta-nos, ainda, que a multidão et escutou o verbo renovador,
tomada de assombros, porquanto, fizeste com que cada um dos circunstantes et
ouvisse o comunicado “ em seu próprio idioma”.
Rememoramos semelhante
passagem dos primeiros dias apostólicos, para rogar-te apoio no limiar deste
livro.
Estamos agrupados nestas
páginas, - os leitores amigos e nós outros, - procurando o sentido de teus
ensinamentos com as chaves da Doutrina Espírita, que nos legaste pelas mãos de
Allan Kardec.
Aqui entrelaçamos atenção e
pensamento, sem outras credenciais que não sejam as nossas necessidades do
coração.
Respeitamos, Senhor, todos
os templos que te reverenciam o nome e todos os poderes religiosos que te
dignificam no mundo, mas temos sede das tuas palavras de vida eterna,
escoimadas de qualquer suplementação.
Viajores de longos e
escabrosos caminhos, trazemos a alma fatigada de supremacias e domínios,
pretensões e contendas estéreis!...
Reunidos, pois a fim de
ouvir-te as lições claras e simples, nós et pedimos entendimento.
E, lembrando-te a presença
no monte, à frente da turba sequiosa de consolo e esperança, nós et suplicamos,
ainda, inspiração e bênção, para que et possamos compreender e aproveitar o
exemplo de amor e a mensagem de luz.
Emmanuel
(Uberaba, 14 de Setembro de 1964)
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