MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
418. Uma pessoa que julgasse
morto um de seus amigos, sem que tal fosse a realidade, poderá encontrar-se com
ele, em Espírito, e verificar que continuava vivo? E dado o fato, poderia, ao
despertar, ter dele a intuição?
“Como
Espírito, a pessoa que figuras pode ver o seu amigo e conhecer-lhe a sorte. Se
lhe não houver sido imposto, por prova, crer na morte desse amigo, poderá ter
um pressentimento da sua existência, como poderá tê-lo de sua morte.”
Tudo é possível
Tudo pode acontecer na Terra
e no plano espiritual. Quando estamos em estado de sono, nesse transe de
desprendimento parcial do corpo físico, podem acontecer muitas coisas, e no
mundo dos Espíritos, como já dissemos, podemos encontrar amigos como inimigos
nossos por vezes também nos procurando.
Se tivermos alguma notícia
de que um nosso amigo tenha desencarnado, ao encontrá-lo podemos perfeitamente
saber dele a verdade, como também verificar as suas condições. O Espírito mais
esclarecido saberá se o amigo pertence ao mundo físico ou não. A alma ainda
ligada ao vaso físico é reconhecida pelo cordão de prata ainda ligado à base do
crânio do perispírito e ao crânio do corpo físico, ao passo que o desencarnado
se encontra livre das cadeias da carne. Quantos amigos se separam, mudando para
outro país, e por lá, deixam a carne, encontrando-se depois no mundo espiritual
pelas portas do sono, ou pela desencarnação dos dois!
No amanhã, que não se
encontra muito distante, a viagem astral será fato comum. Os encarnados
deixarão o corpo com facilidade, com a ajuda dos benfeitores espirituais, e passarão
a viajar conscientemente e a frequentar escolas no plano da realidade e ao
voltarem ao corpo, lembrar-se-ão de tudo o que ocorreu. Todos têm essas
faculdades, bastando desenvolvê-las. Alguns Espíritos de relativo conhecimento
e evolução fazem a viagem astral consciente, assegurando a sua fé na vida que
continua pela eternidade afora. Toda a humanidade deverá chegar a esse estado
d’alma, como sendo ele as bênçãos de Deus. As regras para esse desenvolvimento
se encontram no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Todos os discípulos do
Mestre tinham essas faculdades desenvolvidas e ainda outras.
O Espírito é um mundo cheio
de encantos. A alma se encontra presa aos seus próprios pensamentos inferiores
e necessário se faz que se conheça a verdade, pois ela é a força libertadora de
todas as vidas. O Espírito livre abre-se ao sol de Deus. Como a flor nas claridades
da natureza, as suas percepções se encandeiam com outras faculdades ocultas e tornam-se
um sol, e o Espírito pode voltar ao passado e ir ao futuro, conhecendo o seu
próprio destino, bem como o dos seus companheiros.
A Doutrina dos Espíritos,
codificada pelo Prof. Rivail, nos dá noções bem claras do mundo espiritual. As
mensagens registradas nos livros são roteiros para toda a humanidade, esclarecendo
como é o lar maior do Espírito. É, para todos os povos, a grande
esperança, onde e pela qual encontramos a felicidade. Segue-se daí, que devemos
procurar a verdade, por todos os meios lícitos, porque ela modificará a estação
onde pegaremos o comboio que nos levará ao verdadeiro entendimento.
O Cristo é o nosso guia.
Não nos desfaçamos dos
sonhos, pois eles constituem realidade, mesmo que pensemos serem ideias
acumuladas no mundo da carne. Em meio delas se encontram verdades maiores que
nos trazem alguma luz, para compreendermos melhor o nosso dever, quando
encarnados. Os que não se desligaram das sombras, deixando-se dominar pelas
paixões inferiores, ao serem levados pelo sono, não vão para nenhum outro
lugar, a não ser para as mesmas sombras. Se queremos paz, busquemo-la logo: a
fonte se encontra dentro de nós mesmos.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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