A morte nenhum temor inspira
ao justo, porque, com a fé, ele tem a certeza do futuro; a esperança faz com
que aguarde uma vida melhor e a caridade, cuja lei praticou, dá-lhe a certeza
de que, não encontrará no mundo onde vai entrar, nenhum ser cujo olhar deva
temer.
Allan Kardec – Livro dos
Espíritos – Perg. 941
Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte: a dúvida, o terror ou a esperança?
A dúvida nos céticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem.
Allan Kardec – Livro dos
Espíritos – Perg. 961
E mais: que do outro lado
seremos exatamente como fomos aqui na Terra. Procuremos, portanto, viver em
paz, equilibrados, voltados para o bem e sempre, e sempre, amando ao
semelhante. Com isso, estaremos criando, dentro de nós, condições adequadas
para uma vida espiritual futura em paz.
Dr. Hermann - Palavras do
Coração – Vol. 1
Todos os homens na terra são
chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a
imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte
faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já
para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores.
Joanna de Angelis – Sementes de Vida Eterna – Cap. 56 – Não há Morte
Em favor de você mesmo, inclua
diariamente entre as suas preocupações a meditação em torno do fenômeno da
desencarnação. O exercício mental sobre esta ocorrência ser-lhe-á muito benéfico.
Dessa forma, revista-se de equilíbrio para o retorno à vida espiritual que pode
dar-se inesperadamente.
Marco Prisco – Ementário
Espírita – Cap. 60 – No exame da Morte
·
Há, no entanto, que considerar mortos e
mortos.
·
Nem todos, porém, que vivem na carne são
vivos e nem os considerados mortos são mortos.
·
Alguns vivem, é certo, mas poucos estão vivos
para a vida...
·
Não importa a condição social em que os
encontres.
Uns deambulam, ilustres,
embora a indumentária carnal, cadaverizados pelo egoísmo.
Outros jornadeiam, bem
acondicionados, mumificados pelo orgulho.
Mais outros passam,
superficiais e inermes ante a ação corruptora da impudicícia.
Alguns movimentam-se,
hipnotizados pelo prazer, a ele entregues.
Diversos aparecem inertes,
aprisionados na indignidade.
Outros tantos escorregam,
dominados pelo torpor do gozo animalizante.
Vários transitam
aligeirados, abraçando a cobiça.
Grande número constitui-se
de presunçosos, apodrecendo no ócio a que se entregam. . .
Mortos, todos eles, embora
estejam no corpo físico.
Joanna de Angelis –
Dimensões da Verdade – Cap. 21- Mortos e mortos
Recebe a aflição e a
dificuldade, aliviando as aflições e as dificuldades alheias; pede auxílio,
auxiliando; roga o socorro do Céu, socorrendo aos que te rodeiam na Terra,
porque entre os panos do berço e os panos do túmulo, desfrutas simplesmente um
dia curto no tempo ilimitado, dentro da vida imperecível, baseada na justiça
perfeita e no amor sem fim.
Emmanuel – Caridade – Cap.
32 - Vida
Muitos nascem e renascem no
corpo físico, transitando da infância para a velhice e do túmulo para o berço,
à maneira de almas cadaverizadas no egoísmo e na rebelião, na ociosidade ou na
delinquência, a que irrefletidamente se acolhem.
Absorvem os recursos da
Terra sem retribuição, recebem sem dar, exigem concurso alheio sem qualquer
impulso de cooperação em favor dos outros e vampirizam as forças que encontram,
quais sorvedouros que tudo consomem sem qualquer proveito para o mundo que os
agasalha.
Semelhantes companheiros são
realmente os mortos dignos de socorro e de piedade, porquanto, à distância da
luz que lhes cabe inflamar em si próprios, preferem o mergulho na inutilidade,
acomodando-se com as trevas.
Lembra-te dos talentos com
que Deus te enobrece o sentimento e o raciocínio, o cérebro e o coração,
fazendo verter a glória do bem, através de teu verbo e de tuas mãos, desperta e
vive, para que, das experiências fragmentárias do aprendizado humano, possas,
um dia, alçar voo firme em direção à vida eterna.
Emmanuel – Coragem – Cap. 32
– Vida e Morte
Desencarnação é libertação
da alma, morte é outra coisa.
Morte constitui cessação da
vida, apodrecimento, bolor.
Os que desanimam de lutar e
trabalhar, renovar e evoluir são os que verdadeiramente morrem, conquanto
vivos, convertendo-se em múmias de negação e preguiça, e, ainda que a
desencarnação passe, transfiguradora, por eles, prosseguem inativos na condição
de mortos voluntários que recusam viver.
André Luiz – Estude e Viva –
Cap. 26 – Mortos Voluntários
Senhor Jesus!...
Enquanto os irmãos da Terra
procuram a nós outros – os companheiros desencarnados – nas fronteiras de
cinza, rogando-te amparo em nosso favor, também nós, de coração reconhecido,
suplicamos-te apoio em auxílio de todos eles, principalmente considerando
aqueles que correm o risco de se marginalizarem nas trevas!...
Pelos que perderam a fé,
recusando o sentido real da vida, e jazem quase mortos de desespero;
Pelos que desertaram das
responsabilidades próprias, anestesiando transitoriamente o próprio raciocínio,
e surgem quase mortos de inanição espiritual;
Pelos que se entregaram à
ambição desmesurada a se rodearem sem qualquer proveito dos recursos da Terra,
e repontam do cotidiano quase mortos de penúria da alma;
Pelos que se hipertrofiaram
na supercultura da inteligência, gelando o coração para os serviços da
solidariedade, e aparecem quase mortos ao frio da indiferença;
Pelos que acreditaram na
força ilusória da violência, atirando-se ao fogo da revolta, e se destacam
quase mortos de angustia vazia;
Pelos que se perturbaram por
ausência de esperança, confiando-se ao desequilíbrio, e se revelam quase mortos
de aflição inútil;
Pelos que abraçaram o
desânimo por norma de ação, parando de trabalhar, e repousam quase mortos de
inércia; Pelos que se feriram ferindo os outros, encarcerando-se nas cadeias da
culpa, e estão quase mortos de arrependimento tardio!...
Senhor!...
Para os nossos irmãos que
atravessam experiência humana quase mortos de sofrimento e agravos,
complicações e problemas criados por eles mesmos, nós te rogamos auxílio e
benção!...
Ajuda-os a se libertaram do
visco de sombra em que se enredaram e trazei-os de novo à luz da verdade e do
amor, para que a luz do amor e da verdade lhes revitalize a existência a fim de
que possam encontrar a felicidade real contigo, agora e para sempre.
Emmanuel – Na Era do
Espírito – Cap.21 – Oração pelos quase Mortos
Exaltando a filosofia da
evolução, através das existências numerosas que nos aperfeiçoam o ser, na
reencarnação necessária, esclarece o Instrutor Sublime:
– “Ninguém poderá ver o
Reino de Deus se não nascer de novo.”
E Allan Kardec conclama:
– “Nascer, morrer, renascer
ainda e progredir sempre, tal é a lei.” Emmanuel – Revista Reformador – abril –
1957 – Pag. 80 - Jesus e Kardec
Medo
da morte x medo de morrer
Talvez seja esta a grande
contribuição da Morte para nossa Vida: mostrar- nos que devemos viver bem cada
instante sem, contudo, apegarmo-nos a ele.
Quem vive a vida em
plenitude tem a morte como algo natural e, mesmo não a procurando ou desejando,
aceita-a com tranquilidade quando chega ou quando se manifesta próxima de si.
O Medo da Morte é o medo da
Vida não vivida. É o medo dos muitos débitos que temos para com nossa própria
vida, e que a morte nos impedirá de saldar.
Reafirmamos, então, que quem
teme a morte teme a Vida. Em outras palavras; quem não sabe Viver, certamente
não saberá morrer.
Viver intensamente significa
poder olhar para trás e sentir que não estamos sofrendo, hoje, por aquilo que
ontem nos deu algum prazer. O que é bom e correto nunca se torna causa de
sofrimento e dor.
Não sabemos quando virá
nossa morte, nem a forma como ela virá. É preferível então que estejamos sempre
preparados para ela, aprendendo com isso a viver melhor.
Dr. Evaldo D`Assumpção –
Sobre o Viver e o Morrer – Introdução/Cap. 4/Cap.6
Vive, portanto, como se
estivesses a cada momento preparando-te para renascer além e após o túmulo.
A vida que se “leva” é a
Vida que cada um aqui leva enquanto na indumentária carnal.
Joanna de Angelis – Estudos
Espíritas – Cap. 7 - Morte
A morte a ninguém propiciará
passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente
homens a anjos.
Cada criatura transporá essa
aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado e aprenderá
que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos
imutáveis da Lei, em toda parte.
Emmanuel – Obreiros da Vida
Eterna - Introdução
A intercorrência dos medos
básicos no indivíduo centraliza-se na incerteza mantida em torno do fenômeno da
morte, do que ocorre depois da disjunção molecular, da sobrevivência ou não ...
Porque considera que se
trata de aniquilamento da consciência e da razão, teme a consumação total que
jamais ocorre.
A fatalidade do ser é
atingir a harmonia completa na imortalidade de que se encontra investido.
A crença atávica de que à
velhice sucede a morte, o que é incontestável, retira a compreensão lógica de
que ela se manifesta em qualquer idade, apresentando-se em todas as faixas
etárias, não sendo privilégio apenas da senectude. Todos nascem condenados à
morte biológica, da mesma forma como foram estruturados organicamente.
Referia-se Marco Túlio
Cícero, o filósofo, escritor e orador latino, às vantagens da velhice, que não
pode nem deve ser considerada como uma desventura, mas sim como uma bênção,
pelo quanto permitiu ao ser superar paixões e conflitos existentes durante o
percurso evolutivo. Ao mesmo tempo, ofereceu muitos benefícios que decorrem da
experiência dos anos e da conquista da sabedoria.
Joanna de Ângelis –
Diretrizes para o Êxito – Cap. 6 – Medo e Autoconfiança
A morte nenhum temor inspira
ao justo, porque, com a fé, ele tem a certeza do futuro; a esperança faz com
que aguarde uma vida melhor e a caridade, cuja lei praticou, dá-lhe a certeza
de que, não encontrará no mundo onde vai entrar, nenhum ser cujo olhar deva
temer.
Allan Kardec – Livro dos Espíritos – Perg. 941
Mortes
traumáticas - (Desencarnes difíceis)
O corpo físico, por instinto
de defesa, tenta reter o Espírito nos momentos finais da desencarnação.
O apego à vida material e a
seus gozos efêmeros também dificultam o desencarne.
O medo da morte pela crença
em inferno, demônios (fantasias religiosas), temor ao desconhecido, culpas
várias, são outros fortes empecilhos ao desencarne.
O contato com os agentes da
putrefação da natureza, pelo fenômeno da psicometria, causa grande sofrimento
ao desencarnante que fica retido no corpo físico.
O caráter, as posturas
diante da vida, a falta de religiosidade são fatores determinantes no
desprendimento espiritual.
As condições acima
mencionadas, agravadas com uma ruptura abrupta do cordão fluídico, abastecido
de fluido vital, tende a levar o Espírito desencarnante a uma situação de
"morto vivo"; preso ao mundo físico pelo corpo em decomposição,
adentrando ao mundo espiritual sobrecarregado de fluido vital, estranho àquele
mundo.
Assim, podemos entender que
o momento do nascimento e da morte são importantes para o Espírito, como a
primeira e últimas impressões.
Nas mortes prematuras
traumáticas (acidentes - suicídios), um jovem com grande reserva de fluido
vital pode levar a fortes impressões vibratórias do duplo etérico para o corpo
astral, formando nele um clichê mental vigoroso do momento do desencarne.
Na reencarnação seguinte à
barreira biológica do corpo físico, não é suficiente, em algumas pessoas (por
lei do Carma), deixando passar flashes dos últimos momentos da vida anterior.
Essa distonia vibratória
tenderia a reaparecer, guardando identidade cronológica entre as reencarnações.
Os flashes sensibilizariam os neurônios sensitivos do diencéfalo
(psicocinéticos) e estes desencadeariam os sintomas via neurotransmissores.
Jaider Rodrigues de Paula -
Saúde e Espiritismo - Pag. 385 Síndrome do Pânico na Visão Espírita
Não ter medo de viver para
não ter medo de morrer.
Aquele que cumpriu com os
seus deveres e realizações, ao lado de um entendimento espiritual sobre a
imortalidade, enfrentará com certa dose de equilíbrio a sua hora.
Quem carrega a certeza da
Imortalidade e dos periódicos refazimentos pelas reencarnações, saberá
situar-se diante das forças da Vida.
Jorge Andrea - Psicologia Espírita
- Cap. 11 Reações Psicológicas na Desencarnação
Nossa natureza sabe e
considera um processo normal nascer, sabendo que um dia iremos morrer e que
isto faz parte do mecanismo da vida.
Porém, o medo neurótico de
morrer é aquele que impede o viver de forma saudável e responsável.
Na realidade, poderíamos
dizer que, quando o medo de morrer é muito intenso, significa que o indivíduo
não está vivendo a vida que gostaria, ou não está sendo aquilo que gostaria de
ser.
Lourdes Possatto - Medos,
Fobias e Pânico – Introdução
Temor da morte – Causas
Insuficiência
de conhecimento sobre a vida futura
A proporção que o homem
compreende melhor a vida futura, o temor da morte diminui.
Allan Kardec - O Céu e o
Inferno – Cap. II, item 3
Terrorismo
do modo de vida após a morte
De um lado, contorções de
condenados a expiarem em torturas e chamas eternas os erros de uma vida efêmera
e passageira. De outro lado, as almas combalidas e aflitas do purgatório
aguardam a intercessão dos vivos que orarão ou farão orar por elas, sem nada
fazerem de esforço próprio para progredirem.
Allan Kardec - O Céu e o
Inferno – Cap. II item 6
Marketing
negativo da morte/velório/enterro/cemitério
A morte é rodeada de
cerimônias lúgubres, mais próprias a infundirem terror do que a provocarem a
esperança.
Allan Kardec - O Céu e o
Inferno – Cap. II, item 8
Censura
às comunicações entre mortos e vivos
Demais, a crença vulgar coloca
as almas em regiões apenas acessíveis ao pensamento, onde se tornam de alguma
sorte estranhas aos vivos.
Allan Kardec - O Céu e o
Inferno – Cap. II item 9
Apego
as coisas e/ou pessoas
Cavalcante não se preparou,
convenientemente, para libertar-se do jugo da carne e sofre muito pelos
exageros da sensibilidade.
Tem o pensamento afetuoso em
excessiva ligação com aqueles que ama.
Semelhante situação
dificulta-nos sobremaneira os esforços .
André Luiz - Obreiros da
Vida Eterna
A esposa de Dimas, ao pé
dele, não obstante prolongadas vigílias e sacrifícios estafantes, que a
expressão fisionômica denunciava, mantinha-se firme a seu lado, olhos vermelhos
de chorar, emitindo forças de retenção amorosa que prendiam o esposo em vasto
emaranhado de fios cinzentos
André Luiz - Obreiros da
Vida Eterna
Temor de você / do que fez e/ou do que não
fez
Rainha entre os homens, como
rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação,
quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito
acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não
terem sangue nobre!
Oh! como então compreendi a
esterilidade das honras e grandezas que com tanta avidez se requestam na Terra!
Para se granjear um lugar
neste reino, são necessárias a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua
celeste prática, a benevolência para com todos. Não se vos pergunta o que
fostes, nem que posição ocupastes, mas que bem fizestes, quantas lágrimas
enxugastes.
Uma Rainha de França –
Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. II , item 8 (Havre 1863)
Aqui, meus filhos, não me
perguntaram se eu havia descido gloriosamente as escadas do Petit Trianon; não
fui inquirido a respeito dos meus triunfos literários e não me solicitaram
informes sobre o meu fardão acadêmico.
Em compensação, fui arguido
acerca das causas dos humildes e dos infortunados pelas quais me bati.
Humberto de Campos –
Palavras do Infinito – Pág. 20 – Pedro Leopoldo, 9/Abril/1935)
Muitos nascem e renascem no
corpo físico, transitando da infância para a velhice e do túmulo para o berço,
à maneira de almas cadaverizadas no egoísmo e na rebelião, na ociosidade ou na delinquência,
a que irrefletidamente se acolhem.
Absorvem os recursos da
Terra sem retribuição, recebem sem dar, exigem concurso alheio sem qualquer
impulso de cooperação em favor dos outros e vampirizam as forças que encontram,
quais sorvedouros que tudo consomem sem qualquer proveito para o mundo que os
agasalha.
Semelhantes companheiros são
realmente os mortos dignos de socorro e de piedade, porquanto, à distância da
luz que lhes cabe inflamar em si próprios, preferem o mergulho na inutilidade,
acomodando-se com as trevas .
Emmanuel – Coragem – Cap. 32
– Vida e Morte
A morte não seria problema
se fosse o fim. É problema grave porque significa vida, recomeço e atividade
nova.
Emmanuel – Deus Conosco – item 336
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