Leitor amigo
Este livro, gravitando em
torno de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, cujas consolações e raciocínios
pretende palidamente refletir, não tem outro objetivo senão convidar-nos ao
estudo das sempre novas palavras de Cristo.
Muitos homens doutos falaram delas, através do tempo e alguns deles, decerto com a melhor intenção, alteraram-lhes, de algum modo, o sentido, para acomodá-las aos climas sociais e políticos em que vivem. “Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes do Céu”, entretanto, voltaram a interpretá-las, em sua expressão pura e simples reafirmando-nos que, hoje quanto ontem, é possível a cada um de nós ouvir Jesus, no âmago da alma, a repetir-nos com segurança: “aquele que me segue não anda em trevas”.
Das esferas superiores,
tornaram os mensageiros da Providência Divina, asseverando que Ele vive para sempre,
junto de nós, sem desesperar de nossas franquezas... Mestre abnegado, repete,
indefinitivamente, a mesma lição milhares de vezes; orientador, dá-nos serviço
e aponta-nos o rumo certo na estrada a palmilhar; amigo, compreende-nos as
faltas e incorreções sem privar-nos de auxílio; companheiro, caminha conosco,
alentando-nos os sonhos, multiplicando-nos as alegrias, nos dias de provação e
desalento, sem humilhar-nos a pequenez.
Peregrinos da evolução, que
todos ainda somos, - os que lutamos por regenerar-nos, melhorar-nos e
aprimorar-nos nas Terra, na condição de encarnados e desencarnados, - ouçamos,
com Allan Kardec, a explicação clara dos princípios evangélicos, que nos
certificam de que ninguém está desamparado, que todos os homens são filhos de
Deus e que nenhum está órfão de consolação e ensinamento, desde que se
apresente nas fontes vivas da Boa Nova, de espírito renovado e coração
sincero!...
É por isso, leitor amigo,
que em nos associando aos teus anseios de sublimação, que se nos imanam na
mesma trilha de necessidade e confiança, diante do Primeiro Centenário do “O
Evangelho segundo o Espiritismo”, nós te rogamos permissão para nomear este
livro despretensioso de servidor reconhecido, como sendo Livro da Esperança.
Emmanuel
(Uberaba, 18 de Abril de
1964)
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