MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Visitas espíritas entre pessoas vivas
415. Que utilidade podem
elas ter, se as olvidamos?
“De
ordinário, ao despertardes, guardais a intuição desse fato, do qual se originam
certas ideias que vos vêm espontaneamente, sem que possais explicar como vos
acudiram. São ideias que adquiristes nessas confabulações.”
Utilidade dos encontros espirituais
A utilidade dos
encontros espirituais na liberdade parcial do Espírito, no transe do sono, é
imensurável. As lições em Espírito têm uma dinâmica diferente das lições do
mundo, mesmo porque são usados meios que se diferenciam muito. Os humanos usam meios
mais grosseiros, devido ao ambiente em que estagiam e as próprias funções
cerebrais, para que a consciência possa guardar as anotações.
Aparentemente, pensa-se que o que se esquece dos encontros no mundo espiritual fica perdido. É um engano, pois nada se perde. O que aprendemos no plano do Espírito gravar-se-á com maior intensidade e, passando para o corpo físico, esses conhecimentos filtrar-se-ão de acordo com as necessidades, chegando ao homem pelos canais da intuição. Surgem na sua mente pensamentos em forma de lembranças, dando diretrizes para mudanças capazes de remover certas intenções que poderiam levá-lo ao caos. São milhões de criaturas beneficiadas por essas lembranças todos os dias e nós, do plano espiritual, sentimo-nos alegres com essa cooperação do nosso plano para as atitudes certas que tomam, usando o processo do sono.
Quando os pensamentos bons
assomarem em nossa mente, alimentemo-los e passemo-los para frente. Eles são
sementes de luz, no plantio, e o reino de Deus somente cresce nos corações com
a edificação do amor. Não devemos nos esquecer do que precisamos mudar todos os
dias, mesmo que seja pouco a pouco. A constância é que nos encoraja,
principalmente aqueles que estão tutelando os companheiros revestidos de carne.
Os encarnados, quase sempre
ao despertar, têm vagas lembranças de alguma coisa que aconteceu em sonho.
Essas lembranças promanam da verdade que se espraia na sutilidade da vida, e
aparece de várias formas nos caminhos humanos, como socorro nas horas
necessárias. Compete a cada criatura estudar, analisar, filtrar e compreender
os valores de cada pensamento. Se na vida tudo tem uma razão de ser, procuremos
o sentido daquilo que não estamos entendendo, que mais hoje ou mais amanhã
apresentar-se-á na sala da mente o indispensável para as nossas atividades e os
roteiros para os nossos corações.
A Doutrina dos Espíritos,
como coadjuvante das leis espirituais, nos faz conhecer mais a vida no além, e
desse conhecimento notar-se-ão as luzes nascerem na fonte das nossas vidas, a
nos legar a paz de coração pelo conhecimento da verdade.
Mais uma vez alertamos todos
os companheiros de fé, para que se preparem para o sono com um dia cheio de
entendimento, de amor e de caridade, para que possam entrar na vida espiritual
assimilando conceitos elevados nas escolas universais, que nos levam a maior
despertamento dos dons de ouro dentro do coração. Vamos apreciar a existência
que levamos onde quer que seja, mas nunca fiquemos somente na apreciação,
colocando em ação as sugestões do bem para serem vividas por nós, porque, fora
de Deus, somente nós salvamos a nós mesmos.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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