Autor espiritual: Emmanuel
Ano: 1961
Prefácio:
Amigo leitor
A Doutrina Espírita, em seu
primeiro século, assemelha-se, de algum modo, à árvore robusta espalhando
ramaria, flores, frutos e essências, em todas as direções.
Que princípios afins se lhe
instalem nos movimentos, à maneira de aves tecendo ninhos transitórios nos
galhos de tronco generoso, é inevitável; contudo, que os lavradores do campo
lhe devem fidelidade e carinho, para que as suas raízes se mantenham puras e
vigorosas, é outra proposição que não sofre dúvida.
Assim pensando, prosseguimos em nossos comentários humildes da Codificação Kardequiana, apresentando, neste volume, o desataviado cometimento que nos foi permitido atender, no decurso da 90 reuniões públicas, nas noites de segundas e sextas-feiras, que tivemos a alegria de partilhar junto dos irmãos uberabenses, em 1960, na sede da Comunhão Espírita Cristã.
Dessa feita, “O Livro dos
Médiuns”, que justamente agora, em 1961, está celebrando o primeiro centenário,
foi objeto de nossa especial atenção.
Os textos em exame foram
escolhidos pelos companheiros encarnados, em cada reunião, e, depois dos
apontamentos verbais de cada um deles, articulamos as considerações aqui
expressas que, em vários casos, fomos compelidos a deslocar do tema propostos,
à face de acontecimentos eventuais, surgidos nas assembleias.
Algumas das páginas, que ora
reunimos, foram publicadas em “Reformador”, o respeitado mensário da Federação
Espírita Brasileira, e no jornal “A Flama Espírita”, da cidade de Uberaba.
Esclarecemos, porém, que, situando aqui as nossas apreciações simples, na
feição integral, com a ordem cronológica em que foram escritas e na relação das
questões e respectivos parágrafos que “O Livro dos Médiuns” nos apresentava,
efetuamos, pessoalmente, a total revisão de todas elas para o trabalho natural
do conjunto.
Mais uma vez, asseguramos de
público que o único móvel a inspirar-nos, no serviço a que nos empenhamos, é
apenas o de encarecer o impositivo crescente do estudo sistematizado da obra de
Allan Kardec – construção basilar da Doutrina Espírita, a que o Evangelho de
Nosso Senhor Jesus-Cristo oferece cobertura perfeita –, a fim de que
mantenhamos o ensinamento espírita indene da superstição e do fanatismo que
aparecem, fatalmente, em todas as fecundações de exotismo e fantasia.
Esperando, pois, que outros
seareiros venham à lide remediar-nos a imperfeição com interpretações e
contribuições mais claras e mais
eficientes em torno da palavra imperecível do grande Codificador, de vez
que os campos da ciência e da Filosofia, nos domínios doutrinários do Espiritismo,
são continentes de trabalho a se perderem de vista, aqui ficamos em nossa tarefa de apagado expositor
da Religião Espírita, que é a Religião do Evangelho do Cristo, para sublimação
da inteligência e aprimoramento do coração.
Emmanuel
(Uberaba, 1 de janeiro de 1961)
Nenhum comentário:
Postar um comentário