MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares
ou simpáticos
499. O Espírito protetor
está constantemente com o seu protegido? Não haverá alguma circunstância em
que, sem abandoná-lo, ele o perca de vista?
“Há
circunstâncias em que não é necessário esteja o Espírito protetor junto do seu
protegido.”
Companhia constante
A própria ciência, nos dias
que correm, nos mostra que é possível se estar presente, sem que seja com o
corpo físico. E a ciência espiritual, sendo mais evoluída, pode nos mostrar o
que é estar presente em várias feições, e todas elas com maior segurança.
Em certas circunstâncias, o anjo-guardião deve sair de junto do seu protegido por força maior, mas não deixa de estar sensível às suas necessidades, onde quer que esteja. Para tanto, tem sentidos desenvolvidos, como Espírito elevado que é, e a sua iluminação lhe garante cumprir os seus deveres, mesmo a distâncias enormes para os encarnados, mas que para os desencarnados nada significam.
Quando o protegido é
consciente do seu amigo espiritual, ele pode chamá-lo pelo pensamento e esse
atender pelos mesmos processos e por outros mais que fogem ao alcance dos que
se encontram na carne. Os valores do Espírito elevado ainda são desconhecidos
pelos que pelejam na carne, esforçando-se para compreender a verdade, que mais
tarde alcançam.
Estar presente é envolver o
objeto da atenção com os sentimentos. Desta forma, o ponto desejado recebe, por
lei universal, as bênçãos de Deus por intermédio dos Seus filhos maiores. Não
precisas temer solidão da parte dos Espíritos, porque nunca ficarás a sós;
sempre há alguém que te acompanha de conformidade com os teus sentimentos.
O anjo-guardião constitui a
misericórdia de Deus para todas as criaturas, mesmo as mais endurecidas,
revestidas da maior animalidade. Jesus Cristo confirmou essa assistência de
Deus pelo exemplo que deu e quando disse: “- Não são os sãos que precisam de
médicos e, sim, os enfermos.”
Entretanto, existem ocasiões
em que o protetor se encontra ligado espiritualmente com o seu protegido para
fazer dele uma antena viva de Jesus, em tal ou qual missão que lhe foi
confiada. Nessa ocasião, os dois, protetor e protegido, se iluminam com o amor
e os caminhos que trilham são albergues de paz para todos os sofredores.
A Terra está para subir um
degrau na escala dos mundos, e quem a faz subir mais depressa são os próprios
homens, aceitando e vivendo os preceitos do Evangelho, partindo de si,
atingindo o lar e o trabalho, fazendo da sociedade um todo de luz. A Terra está
destinada a ser um paraíso, e estamos mais perto disso do que pensamos. Anjos e
mais anjos estão se preparando para descer a ela, revestindo-se dos fluidos de
carne para exemplificar o amor e fazer a humanidade que ainda duvida viver um clima
de esperança, conjugando esforços na aquisição da verdade. É o Cristo voltando
para a humanidade.
Cada homem deve ser uma
estrela de Deus na constelação do amor, e haverá uma só família, um só rebanho
para um só Pastor. Como o Senhor está presente em nossos corações, quando
passamos a viver as Suas leis, elas nos dão garantia de vida, fazendo-nos
respirar na paz dos Céus. Aí, então, passamos a beber no grande arroio divino,
matando a nossa sede da verdade.
O guia da humanidade, e o
teu particular, nunca te perdem de vista, e estão sempre presentes pelos meios
de que dispõem, que são infalíveis. Procura compreender esse esforço e faze
alguma coisa em teu favor também, para maior alegria daquele que te protege e
ampara.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10
volumes.
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