MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Ação dos Espíritos nos fenômenos da Natureza
537. A mitologia dos antigos
se fundava inteiramente em ideias espíritas, com a única diferença de que
consideravam os Espíritos como divindades. Representavam esses deuses ou esses
Espíritos com atribuições especiais. Assim, uns eram encarregados dos ventos,
outros do raio, outros de presidir ao fenômeno da vegetação, etc. Semelhante
crença é totalmente destituída de fundamento?
“Tão
pouco destituída é de fundamento, que ainda está muito aquém da verdade.”
a) - Poderá então haver
Espíritos que habitem o interior da Terra e presidam aos fenômenos geológicos?
“Tais Espíritos não habitam positivamente a Terra. Presidem aos fenômenos e os dirigem de acordo com as atribuições que têm. Dia virá em que recebereis a explicação de todos esses fenômenos e os compreendereis melhor.”
Os deuses
Certamente que não existem
deuses. Os antigos classificavam os Espíritos agentes de Deus como sendo deuses
menores, por não compreenderem as leis do Senhor manifestando-se em tudo e
garantindo a vida por onde quer que seja.
O falar dos antigos,
partindo dos próprios sábios, tem fundamentos da verdade, porque a natureza,
por sua vez, não se encontra sem amparo. Em todos os seus aspectos existem
Espíritos' altamente evoluídos e sendo coadjuvados por forças maiores, ajudados
por agentes menores na restauração da vida, sob as bênçãos do Criador. Assim, a
lavoura, a pecuária, as matas, as serras, as cachoeiras, os rios, os mares, as
chuvas, os ventos, os pássaros, os peixes, as flores, os animais, as tribos
indígenas, as indústrias, os homens, os lares, as cidades, os estados, as
nações, e a própria Terra têm seus cortejos de almas na sua direção, capazes de
ajudar corretamente no equilíbrio, de forma que a vida manifesta, cada vez mais
presente, a Força Soberana a que chamamos Deus.
Existem os Espíritos da
natureza, cujo trabalho é o de preservar a vida estuante em toda parte, e eles
devolvem aos homens a soma da devastação que a ignorância impulsiona.
Os Espíritos que presidem os
fenômenos geológicos não precisam habitar o interior da Terra, como muitos
pensam, para tal objetivo; esse trabalho é feito pela força do pensamento, por
manipulações de fluidos, que são colocados neste ou naquele lugar, e que a
química se encarrega de fazer manifestar. Todos esses fenômenos são vigiados
pela Força Divina, que permite ou não a sua realização.
O que os homens do passado
achavam que eram deuses, tornamos a dizer, eram Espíritos de alto porte
espiritual, encarregados de orientar outros menores na execução dos trabalhos
na natureza. Alguns dos teólogos naturais que os viram, possuídos da terceira visão,
os classificaram como sendo deuses, na função de preservar a natureza. O progresso,
no entanto, tem a capacidade de corrigir equívocos, mostrando verdades mais
acentuadas para os que se encontram preparados para tal. Hoje, por meio da
mediunidade que o Espiritismo educa, podem-se observar esses chamados deuses se
comunicando com os homens a dizer uma verdade mais limpa do que antes, e no
amanhã deverás receber revelações mais avançadas que as de hoje.
Em torno de ti, e dentro da
tua casa, no teu trabalho, e mesmo no teu lazer, se encontram muitos Espíritos
te vigiando, te ajudando e, por vezes, te perseguindo, de acordo com a tua
índole. Porém, a Doutrina Espírita te ajuda a conviver com eles, extraindo
desse convívio lições imortais, por serem eles teus irmãos, mais ou menos
evoluídos, mas não deuses. São Espíritos que vivem em faixa diferente da tua.
Todas as religiões sabem da
existência desses Espíritos em trabalho por toda parte, em nome do Criador. Não
sejas tolo na arte de compreender, por que a verdade e sempre ela, onde quer
que se manifeste. Se existe um Diretor para a Terra, no caso Jesus Cristo, essa
mesma lei abrange toda a criação, em todos os sentidos que podes pensar, e que
ainda escapa às tuas deduções. Deus, o Supremo Mandatário do Universo, comanda
toda a vida, onde ela palpita, usando todos os Seus filhos para o co-comando de
todas as coisas, sem que Ele perca de vista o cinetismo cósmico.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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