MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares
ou simpáticos
504. Poderemos sempre saber
o nome do Espírito nosso protetor, ou anjo de guarda?
“Como
quereis saber nomes para vós inexistentes? Supondes que Espíritos só há os que
conheceis?”
a) - Como então o podemos
invocar, se o não conhecemos?
“Dai-lhe
o nome que quiserdes, o de um Espírito superior que vos inspire simpatia ou veneração.
O vosso protetor acudirá ao apelo que com esse nome lhe dirigirdes, visto que todos
os bons Espíritos são irmãos e se assistem mutuamente.”
Nome do protetor
Queres saber o nome do teu
anjo da guarda? Podes sabê-lo facilmente. Qual é o nome da criança quando
nasce? Não são os familiares que o dão? Faze o mesmo com o teu advogado no
além: dá a ele um nome de que mais gostas. Ele não tem nome, apesar de ter
vestido a carne com muitas denominações, a não ser que ele mesmo possa te
sugerir um deles, pelas vias mediúnicas, pelo sonho, pela visão. Do contrário,
podes dar-lhe um nome com que mais te afinizas, que ele receberá com gratidão,
e quando chamado por aquele nome, atenderá com presteza ao seu protegido.
Podes observar os médiuns;
quase todos sabem os nomes dos Espíritos que os protegem, encontrando deste
modo, para eles, mais segurança. Assim pensam. Enquanto estiveres no finito,
precisas e és dependente da nomenclatura e de números que facilitam em muito
teus trabalhos, assim como precisas dos anos, dias, horas, minutos e segundos,
por estares preso à Terra em processo de despertar espiritual. Convém que
obedeças a esses ditames, onde surgirá a verdade nas linhas do progresso.
Querer viver desprendido eternamente dentro da prisão é contrariar a lei que
oferece recursos de acordo com a capacidade do discípulo.
Na Terra, todos têm um nome
que foi dado ao nascer e para melhor entendimento, dá-se nomes a tudo que
existe. Enquanto estiveres vivendo nessa dimensão, deves obedecer a essas
regras que favorecem maior compreensão. Não sejas flutuante na fé, confiando e
duvidando da assistência espiritual. Deus é justo e bom, e nunca se esquece dos
Seus filhos, dando a todos na igualdade que Lhe convém doar. Na Sua doação
impera a justiça, no entanto, somente recebes de acordo com a escala a que
pertences na ordem espiritual.
Deves te lembrar sempre do
teu mediador. Ele se encontra sempre presente e é conhecedor das tuas
necessidades. Tem muito amor por ti e esse amor se transforma em misericórdia,
esquecendo tuas faltas e dando oportunidade a quem erra para começar de novo no
caminho do bem. Sê um pupilo obediente, esforçando-te para melhorar, que o
esforço pede e ganha proteção no avanço para as qualidades enobrecidas. Em se
referindo a nomes, não te apegues muito a isso. Não se dá a Deus muitos nomes
na Terra? Muitas nações o chamam de variadas formas, e Ele, como sendo o sol de
todas as criaturas do Universo, atende a todos com o mesmo empenho e amor,
suprindo todas as deficiências. O teu anjo da guarda faz o mesmo, para tanto,
se chama anjo, por já ter passado no teste de amor ao próximo e a Deus sobre
todas as coisas.
Se estás movendo um corpo de
carne, não te desesperes em querer crescer de um dia para outro; vai com
paciência, mas sem parar, operando constantemente até o fim, que serás salvo
das investidas das trevas.
Se já sabes o nome do teu
anjo de guarda, não desconfies; sê confiante, que ele está ao teu lado, vendo
tudo e ajudando-te no que a lei permite, e ainda deves compreender que o amor
cobre a multidão dos pecados.
A Doutrina dos Espíritos,
sendo o Consolador Prometido e o instrutor por misericórdia, surgiu no mundo
pelo amor de Deus aos Seus filhos, e ai nos dando, a encarnados e desencarnados,
o mais que por vezes não merecemos, a fim de conhecermos ou começarmos a
conhecer a verdade, com os braços erguidos, sentindo a sua aproximação.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10
volumes.
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