MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares
ou simpáticos
506. Na vida espírita, reconheceremos
o Espírito nosso protetor?
“Decerto,
pois não é raro que o tenhais conhecido antes de encarnardes.”
Na vida espírita
Na vida espírita, o
protegido reconhece perfeitamente aquele que foi o seu protetor enquanto
encarnado. Além de reconhecê-lo por sua fala, por sua presença, o reconhecimento
maior é pelo clima magnético que desprende de seu Espírito, harmônico e
amoroso.
Observa bem como te sentes ao encontrares a pessoa que amas. Também o Espírito protetor transmite uma serenidade indescritível para o coração do seu tutelado. Conjugando as duas simpatias, nasce a luz do verdadeiro amor.
Mesmo que o Espírito
favorecido desencarne em péssima situação espiritual, ele pode não perceber o
seu guia, mas sente quando ele se aproxima, por certos sentidos que Deus lhe
deu, sente bem-estar e lembra, na profundidade da alma, as muitas vezes em que
sentiu a mesma coisa quando na Terra e na carne.
Já falamos alhures que o
Espírito que protege tanto pode acompanhar seu protegido em muitas
reencarnações, como ficar ajudando na vida espírita. Isto pode acontecer frequentemente,
e o que move esse amparo é o amor. Se por acaso fossem afastados dos encarnados
os protetores, que tanto bem lhes trazem, retirar-se-ia o campo de luz que
mantém o sustento do protegido nas horas de dificuldades. Seria uma calamidade.
Os Espíritos superiores que
acompanham seus tutelados no mundo da carne, dão provas da bondade de Deus e da
Sua misericórdia para com os Seus filhos. Quando o encarnado chega ao mundo
espiritual, fica sabendo o quanto foi auxiliado sem exigência alguma, o quanto
foi amado no silêncio por almas iluminadas que já vivem a fraternidade, pela conquista
do seu esforço no bem comum.
Quando o homem chega a esse
conhecimento e sente a gratidão, vê que existe somente uma forma de
retribuição: copiar os feitos do seu anjo-guardião. Foram lançadas as sementes
do amor puro em seu coração, e elas crescem por lei divina, fazendo desabrochar
os mesmos sentimentos do seu protetor, instalando-se a luz onde elas surgirem.
É nesse sentido que existe a lei da reencarnação, das trocas de corpos
materiais. Nas mudanças de vida, nestes golpes que sofremos é que acordamos
para a vida espiritual, para o reconhecimento de Deus, percebendo que Jesus é o
nosso verdadeiro guia, o guia da Humanidade.
A Doutrina Espírita,
codificada pelo irmão maior Allan Kardec, mostra aos seres encarnados o que
acontece no invisível em torno deles e o que os espera no Além, mostrando ainda
o que deve ser feito, mesmo na Terra, para a evolução espiritual. O espírita
não pode ter dúvidas da vida que continua e do amparo que tem dos Espíritos,
pela bondade de Deus.
Essa é a filosofia mais
linda do mundo e vem te colocar mais perto dos que já passaram pelo portal do
túmulo, e eles voltam a te dizer as mesmas palavras que proferiu o nosso Divino
Mestre: Voltarei para vos consolar e instruir.
Ele volta pelas faculdades
mediúnicas dos mesmos homens, dando testemunho das verdades anunciadas. Os
fenômenos aos quais a mediunidade serve de canal são incontáveis por todos os países,
em todos os lares. Deves observar com sinceridade e acharás o que procuras há
muito tempo, a certeza de que ninguém morre. O nascer e morrer, o renascer e
tornar a morrer, quantas vezes forem necessárias, é que te põem mais perto das
luzes celestiais, de modo a te dar segurança nas palavras de Jesus, que usa o
próprio pensamento de Deus.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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