Ano: 1952
Prefácio:
Definindo Rumos
Em verdade, meu amigo, terás
encontrado no Espiritismo a tua renovação mental.
O fenômeno terá modificado
as tuas convicções.
As conclusões filosóficas
alteraram, decerto, a tua visão do mundo.
Admites, agora, a imortalidade
do ser.
Sentes a excelsitude do teu
próprio destino.
Mas se essa transformação da inteligência não te reergue o coração com o aperfeiçoamento íntimo, se os princípios que abraças não te fazem melhor, à frente dos nossos irmãos da Humanidade, para que te serve o conhecimento? Se uma força superior te não educa as emoções, se a cultura te não dirige para a elevação do caráter e do sentimento, que fazes do tesouro intelectual que a vida te confia?
Não vale o intercâmbio,
somente pelo capricho atendido.
A expressão gritante do
inabitual pode estar vazia de substância.
A ventania impetuosa que
varre o solo, com imenso alarido, costuma gerar o deserto, enquanto que o rio
silencioso e simples garante a floresta e a cidade, os lares e os rebanhos.
Se procuras contacto com o
plano espiritual, recorda que a morte do corpo não nos santifica. Além do
túmulo, há também sábios e ignorantes, justos e injustos, corações no céu e
consciências no inferno purgatorial . . .
As excursões no desconhecido
reclamam condutores.
O Cristo é o nosso Guia
Divino para a conquista santificante do Mais Além...
Não te afastes d'Ele.
Registrarás sublimes
narrações do Infinito na palavra dos grandes orientadores, ouvirás muitas vozes
amigas que te lisonjearão a personalidade, escutarás novidades que te arrebatam
ao êxtase, entretanto, somente com Jesus no Evangelho bem vivido é que
reestruturaremos a nossa individualidade eterna para a sublime ascensão à
Consciência do Universo.
Estas páginas
despretensiosas constituem um apelo à congregação de nossas forças em torno do
Cristo, nosso Mestre e Senhor.
Sem a Boa Nova, a nossa
Doutrina Consoladora será provavelmente um formoso parque de estudos e
indagações, discussões e experimentos, reuniões e assembleias, louvores e
assombros, mas a felicidade não é produto de deduções e demonstrações.
Busquemos, pois, com o
Celeste Benfeitor a lição da mente purificada, do coração aberto à verdadeira
fraternidade, das mãos ativas na prática do bem e o Evangelho nos ensinará a
encontrar no Espiritismo o caminho de amor e luz para a Alegria Perfeita.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo , 10 de
junho de 1952)
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