MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares
ou simpáticos
515. Que se há de pensar
dessas pessoas que se ligam a certos indivíduos para levá-los à perdição, ou
para guiá-los pelo bom caminho?
“Efetivamente,
certas pessoas exercem sobre outras uma espécie de fascinação que parece
irresistível. Quando isso se dá no sentido do mal, são maus Espíritos, de que
outros Espíritos também maus se servem para subjugá-las. Deus permite que tal
coisa ocorra para vos experimentar.”
Influência de encarnados
Os Espíritos exercem
influência constantemente nos encarnados e, certamente, a recíproca também
ocorre; no entanto, deves verificar qual o tipo de Espírito que está a te
influenciar, e essa verificação se dá pela qualidade de sentimentos que estás
recebendo pelas vias dos pensamentos que te chegam nas raias da percepção: se
forem pensamentos inferiores, induzindo-te para o mal, deves reconhecer que são
Espíritos investidos no mal. As paixões inferiores vêm das sombras, ao passo
que as ideias de amor, de caridade, de perdão, trabalho honesto etc., são
oriundas das almas enobrecidas, que são Espíritos de luz.
Que se há de pensar quando
somos induzidos por encarnados e desencarnados para maus pensamentos? Que são
Espíritos malfeitores, e se nos demorarmos recebendo essas ideias maléficas, a
notícia corre no mundo dos Espíritos e, em torno de nós, ajuntar-se-ão outros
malfeitores com as mesmas ideias, atraindo cada vez mais companhias da mesma
estirpe de sentimentos. O homem tem de se modificar. A Doutrina dos Espíritos é
a religião de mudanças constantes, mudança de pensamentos, de ideias e mesmo do
verbo, sempre para melhor, aprimorando-se cada vez mais. Também os encarnados
que se ligam a nós estão obedecendo a uma lei vigorosa que se chama Justiça. Se
nos encontrarmos cercados por encarnados de más intenções, cuidemos de mudar
alguma coisa dentro de nós. Se, por acaso, acreditarmos que nada temos a mudar,
é um teste que estamos a passar para provarmos o nosso amor à vida, na vida de
Deus. Muitas coisas que vêm ao teu encontro e que não estás atraindo por
sintonia, são para te experimentar, para testar as tuas forças e verificar o
que aprendeste nas lutas de cada dia.
Vejamos o que Paulo fala em
Coríntios II, capítulo dois, versículo oito: Pelo que vos rogo que
confirmeis para com ele o vosso amor.
Em toda investida que
sofremos das sombras, devemos confiar o nosso amor para com o Cristo, sem
perder de vista a esperança na vida reta. Quem é seguro em si mesmo da vida
reta que leva, não teme as investidas do mal; antes, confirma o bem ante todas
as circunstâncias. Se por acaso andares em caminho com o que rouba, não faças o
mesmo: ensina-o a respeitar as coisas alheias; se por ventura fores
influenciado por ele, é porque estás na mesma dimensão de sentimentos, e se ele
aceitar a tua influência do bem, é nota sonante que ele deseja melhorar. Isso
será uma glória para quem se encontra ajudando. O mundo está cheio de
fascinações para o mal. Não sejas instrumento dele. Procura integrar-te na
falange do bem, Porque ele sempre vence, por ser força poderosa do amor.
Experimenta ajudar a quem
sofre, a falar com mais proveito ao companheiro, a trabalhar honestamente, a
distribuir alegria e dar pão a quem tem fome, que verás como o mundo de luz se
abre em teu favor, convertendo as trevas em paz, as guerras em serenidade e o ódio
em verdadeiro amor.
Não julgues a ninguém pelo
que sofres. Deus sabe melhor que todos nós por que isso ocorre. Nada acontece
em vão; tudo são lições imortais para a felicidade de todos. Vê que o Senhor
está rente a ti; ama-O ardentemente, que esse amor converter-se-á em paz para
ti mesmo.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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