MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares
ou simpáticos
519. As aglomerações de
indivíduos, como as sociedades, as cidades, as nações, têm Espíritos protetores
especiais?
“Têm,
pela razão de que esses agregados são individualidades coletivas que,
caminhando para um objetivo comum, precisam de uma direção superior.”
Protetores especiais
Certamente que as
sociedades, cidades e nações têm Espíritos qualificados para tais empreendimentos.
O Espírito protetor de uma nação mostra-se em seu todo numa equivalência
grandiosa. As suas qualidades ultrapassam a capacidade de análise dos seres,
conhecendo e amando pelo singelo e grandioso prazer de amar. Ele é um dos
ministros do Cristo, em trabalho ativo e constante, já tendo alcançado a
superioridade exigida para essa direção espiritual de uma nação. Daí, ele se
desdobra até o lar, onde se encontra a célula primeira da sociedade.
Convém salientar o trabalho grandioso dessas almas angélicas em favor da humanidade. Existe, em cada planeta habitado, um guia espiritual, como acontece com o planeta Terra, sob a direção do Cristo. A organização universal é maravilhosa, onde se percebe a harmonia vibrando em todas as coisas e em todos as manifestações de vida. É de se notar que esses agregados de almas formam individualidade coletiva, pelo que se faz e pensa, manifestando um conjunto de ideias onde se confundem todos os ideais, mostrando o grau da coletividade em ascensão.
O que chamamos carma
coletivo é o somatório das dívidas ou merecimentos, é a soma das qualidades
superiores de uma comunidade. Em muitos casos, os Espíritos superiores se
revezam na garantia da assistência espiritual aos que fazem parte do aglomerado
de almas afins.
Mas, no meio da
coletividade,Deus, de quando em vez, envia, por misericórdia, grandes almas a
nos mostrar as verdades espirituais e eternas, deixando entre os homens a esperança
e a paz espiritual. A essas almas devemos ter muita gratidão, copiando Paulo,
em sua primeira carta aos Coríntios, capítulo dezesseis, versículo dezoito, que
diz o seguinte: Porque trouxeram refrigério ao meu Espírito e ao vosso. Reconhecei,
pois, a homens como estes.
Se não fora esses luminares
da espiritualidade, estaríamos em barco sem direção. Eles nos ensinam o desejo
do Maior que nos guia a todos. A mansidão dessas almas não nos deixa esquecer
as suas estadias na Terra, marcando em nós a grande esperança de que existe o
Céu. Esses, verdadeiramente, são protetores especiais, enviados para a nossa
paz e para que aprendamos com eles a amar sem exigências, como de costume o fazemos.
Eles limpam das nossas mentes o orgulho e o egoísmo.
É preciso que os políticos e
administradores acreditem nesta verdade, passando a ajudar os Espíritos
encarregados de instruir a nação para um bom desempenho no concerto dos povos,
na iluminação coletiva de todas as nações do mundo. Os Espíritos superiores não
se cansam de trabalhar em favor de todos os povos. É preciso que se abram os
corações a esta assistência, difundindo sentimentos de amor, para que a verdade
possa libertar a humanidade, Deus se encontra mais presente em todas as
aglomerações, pelos Seus ministros, agentes de luz que sabem e amam na razão
direta de ser, para a felicidade de todos. Pensemos mais nesses Espíritos
superiores, para que possamos, algum dia, fazer a sua vontade, que é a vontade
de Deus. Pensemos neles constantemente, para que possamos compreender a vontade
de Jesus, dentro e fora de nós.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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