MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Anjos de guarda. Espíritos protetores, familiares
ou simpáticos
512. Podemos ter muitos
Espíritos protetores?
“Todo
homem conta sempre Espíritos, mais ou menos elevados, que com ele simpatizam,
que lhe dedicam afeto e por ele se interessam, como também tem junto de si
outros que o assistem no mal.”
Muitos protetores
Certamente que temos muitos
Espíritos que nos acompanham, mais ou menos evoluídos, em sintonia com o
protegido; no entanto, cada alma tem um Espírito responsável, que atende como
guia e a orienta como pai nas suas andanças pela vida corpórea.
O encarnado tem muitos Espíritos que o acompanham, por variados meios e por muitas circunstâncias, e geralmente é pela lei dos afins que os atrai. Estás sempre cercado por Espíritos, como testemunhas inteligentes e socorro pelo que fazes. Por isso, é necessário buscar a melhora a todos os momentos. Essa deve ser a meta de cada companheiro: ascender sempre.
A Doutrina dos Espíritos,
por ordem de Jesus, vem nos revelar mais um tanto das leis espirituais e do que
ocorre no mundo dos Espíritos, nos dando mais esperança nas lutas que
empreendemos; Porém, ainda há muito que aprendermos acerca da vida. O que é a
vida? Precisamos crescer para melhor compreendermos.
As virtudes exemplificadas
por Jesus e relatadas no Evangelho estão a nos mostrar que esse é o melhor
caminho para a nossa felicidade. A mente precisa de harmonia, e a própria
música no mundo das formas nos mostra o quanto ela vale para a nossa paz
interna. Procuremos harmonia em tudo: comecemos a observar a sua irradiação em
nós e nas coisas, que a atrairemos, pela mesma lei de sintonia.
Tudo que pensamos
firmemente, surgirá em nosso caminho. Essa é uma verdade. O pensamento comanda
o corpo físico e os corpos espirituais, e se ele nasce da alma, ela passa a
viver a harmonia segundo o que pensa e sente. A Doutrina dos Espíritos, na
atualidade, busca interessar-se mais pela educação da mente. Inúmeras mensagens
continuam descendo da espiritualidade maior, pelos canais da mediunidade, para
que os homens entendam a força que possuem pensando e sentindo. No mundo
espiritual, tudo depende do pensamento; ele cria e dá forma nas condições que o
plano requer, e quanto mais desce a alma, mais difícil fica para tais
materializações. Quanto mais o Espírito se eleva, mais fácil fica a
concretização das ideias. No mundo espiritual, o que se pensa se vive.
Os encarnados podem
considerar como um prêmio a misericórdia de se encontrarem rodeados por
Entidades. Elas são mensagens de Deus para a educação e instrução de todas as criaturas.
Não sejamos ignorantes, querendo afastar, pela violência, os Espíritos que nos
cercam. Alguns se retiram e outros se aproximam, por sintonia, por analogia de
sentimentos; esse movimento é lei que nos faz acordar para a luz. Também no
mundo espiritual essa lei se cumpre: temos as nossas companhias de acordo com
os nossos ideais, até atingirmos a superioridade, de modo a captar os
pensamentos universais que saem da mente divina para a divina expressão do
amor, hálito qualificado que alimenta a todas as criaturas e sustenta todas as
leis universais.
Jesus sintetizou os dez
mandamentos em apenas dois, para compreendermos que temos necessidade de
estender esse amor a todas as criaturas e a todas as coisas, e passaremos a
amar a tudo que tocamos e que sentimos. Essa harmonia divina começa a penetrar
em nossos corações e a nos levar para o verdadeiro paraíso, como prêmio dos
nossos esforços. Se já sabemos disso, por que não começar? Estendamos as mãos
para os que se encontram na retaguarda e vamos caminhar para a frente e para o
alto.
A Doutrina dos Espíritos nos
mostra o amor mais visível, em condições de todos senti-lo e vivê-lo, na
gradação em que a vida situou a cada ser. Os que te cercam te amam, e por vezes
desconheces esse amor, por te teres esquecido de amar também. Todos os reinos
desprendem amor para a humanidade e a humanidade ainda não sentiu Deus neles e,
em alguns casos, os violenta.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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