MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Ação dos Espíritos nos fenômenos da Natureza
536. São devidos a causas
fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenômenos
da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos?
“Tudo
tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.”
a) - Objetivam sempre o
homem esses fenômenos?
“Às
vezes têm, como imediata razão de ser, o homem. Na maioria dos casos,
entretanto, têm por único motivo o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia
das forças físicas da Natureza.”
b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?
“Mas
evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre
a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos
mundos.”
Os espíritos e a natureza
Os fenômenos da natureza,
como, por exemplo, as erupções vulcânicas, que chegam a soterrar cidades, como
no caso de Herculano e Pompéia, na Itália, são agentes das provas coletivas das
criaturas que ali pereceram, mulheres, crianças e até animais, sendo que esses
últimos não têm nada a ver com provas e expiações, pois ainda estão em processo
de despertamento. Morreram bilhões de animais marinhos pela alta temperatura
das águas, e as cinzas irradiavam calor que ultrapassava o raciocínio dos
próprios homens de ciência da época. Morreram, igualmente, muitas pessoas do
campo que não participavam dos bacanais de Roma.
Tudo isso foi programado por
elevados Espíritos agentes de Deus, para dar cumprimento às leis de justiça e
ao processo de despertamento das criaturas. Esses são meios que sempre
aconteceram e acontecem em todo o mundo, por ser permissão de Deus.
Vejamos a resposta que os
Espíritos luminares que assistiam Allan Kardec deram à pergunta focalizada: Tudo
tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus.
Notemos que, quando os
homens não fazem guerra, a natureza a faz, motivando o despertamento das almas
para as coisas espirituais. Essa catástrofe da natureza acima referida
aconteceu no momento do sacrifício de cristãos, no Coliseu de Roma, por ordem
daqueles que estavam descansando nas suas piscinas térmicas. Outros, eram
velhos devedores do passado, cujas façanhas tiveram como cenário o Egito, e
outras nações guerreiras.
Desejamos dizer que a morte
é vida, e os meios de morrer são diversos, de acordo com as necessidades de
cada um. Os Espíritos da natureza são os agentes de todos os movimentos
relacionados com ela, por ordem de Deus. Eles sabem o que fazer ante as
necessidades humanas, e mesmo da própria natureza.
Se ainda não compreendes por
que Deus permite essas matanças, estuda e trabalha, que o tempo não passará em
vão. Ele vai trazendo para todos nós a verdade que sempre fica de pé. Ainda
existem muitos segredos que depois iremos desvendando de acordo com a
capacidade humana. Compete a nós, encarnados e desencarnados, esperar, não com
os braços cruzados, mas, operantes. Deus não exerce ação direta, mas pelos
canais dos Seus agentes, que são os Espíritos, aos quais podes chamar
engenheiros siderais, ou como queiras chamá-los, desde que as designações sejam
referentes a Espíritos de alta linhagem, que tudo conhecem com precisão, o que
lhes possibilita dominar a natureza.
As divisões da natureza são
diversas, e cada divisão existe como departamento, dirigido por Espíritos
angélicos, que comandam e fazem com que trabalhem até os ignorantes, para a paz
do Universo.
A assistência espiritual
existe desde os homens aos anjos mais qualificados, desde o elemento primitivo,
aos maiores ninhos cósmicos na vastidão do infinito, sem esquecer todos os
tipos de animais. É bom que possas analisar o trabalho da espiritualidade
superior, na manifestação do seu carinho para com a vida, em nome do Criador.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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