MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros
551. Pode um homem mau, com
o auxílio de um mau Espírito que lhe seja dedicado, fazer mal ao seu próximo?
“Não;
Deus não o permitiria.”
Fazer o mal ao próximo
Se um homem de má índole
deseja fazer o mal ao seu próximo, claro está que Deus não permitirá que esse
mal seja feito, pois existe a lei de Justiça criada por Ele, de forma a
proteger as criaturas. O mal que o ser recebe, se entendes isso por mal, são
lições necessárias para o seu adiantamento espiritual, capazes de libertar as
criaturas, pois, é pelo sofrimento que reconhecemos o valor do bem.
Deus não permite que o ignorante faça o que bem entender. Se ele é ignorante, a sua liberdade de ação é pouca, as suas forças são inibidas por não saber usar suas qualidades. Somente o tempo poderá lhe conferir meios de se libertar, quando souber fazer bom uso das suas faculdades espirituais. No sentido mais profundo, o mal não existe. Quando o Senhor permite que alguém sofra é com finalidade de um aprendizado maior.
Tanto o homem mau, como os
maus Espíritos, se reúnem sempre sem finalidade no que se refere ao amor, por
desconhecer essa fonte divina. Eles pensam somente no mal, e desejam perseguir
as pessoas de quem não gostam; no entanto, todos temos nossos protetores que
nos cercam, temos a defesa natural, e as vibrações do mal voltam para sua origem.
Assim, os que provocam desarmonia, com o tempo passam a se interessar pela
harmonia, pela amizade, pela caridade e amor. Quem sofre as consequências do
mal que pratica, não vai se interessar mais em fazê-lo de novo, principalmente
sabendo que o bem nos tranquiliza o coração.
Muitas das inquietações que
sofremos são psicológicas e transitórias, passando com o tempo. Necessário se
faz que aumentemos a nossa fé, compreendendo que Deus é Pai amoroso e que todos
somos Seus filhos. Jesus é a expressão de Deus, traçando para nós todos os
caminhos para a nossa paz. Ele deixou para a humanidade o Evangelho divino,
método esse que nos educa e instrui, nos capacitando para as lutas maiores, que
são aquelas internas.
Devemos fazer uma cirurgia
moral. Se estamos enfermos há muito tempo, somente existe um remédio que nos
cura: o amor; e o médico dessas enfermidades somos nós mesmos. Enquanto
ficarmos dependentes de coisas e de companheiros para a nossa cura, ela demora
a se realizar. Ninguém é culpado dos nossos infortúnios, ninguém nos faz mal,
e, indo mais além, ninguém nos faz o bem. Se és caridoso, quem recebe a
caridade és tu mesmo, que a fazes; se amas a todos, quem recebe esse amor na
profundidade do termo és tu mesmo, que amas. Assim evidencia-se o valor da
retidão em todos os sentidos.
Enquanto estás fazendo o mal
ocultamente, para prejudicar os outros, esse mal está te atingindo. Se intentas
destruir os outros, estás destruindo a ti mesmo, e complicando os teus próprios
passos. Ninguém engana as leis de justiça e de amor. Pensa no bem, que o bem
nascerá em ti. Fala corretamente, que a palavra de luz te iluminará. Escreve,
se tens esse dom, sobre a fraternidade, que ela te libertará de todas as
contingências do mal. Quando alguém, para te assustar, disser que vai te fazer
o mal, ora por ele, porque em troca das trevas que ele possa lançar em tua direção,
receberá a luz com o que teu amor responde, e ele, neste clima de amizade,
poderá acordar para as leis de amor e caridade.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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