AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO X – LEI DE LIBERDADE
Fatalidade
853. Algumas pessoas só
escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podem escapar da
morte. Não há nisso fatalidade?
“Fatal,
no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento,
de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos.”
a) - Assim, qualquer que
seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos?
“Não;
não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da
tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero
será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter
sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência.”
A fatalidade
Somente a morte é fatal, nos
campos de lutas das formas. Tudo se transforma em todos os segmentos da
matéria. As mutações são fatais, no entanto, os momentos de mudanças, em certos
casos não o são. Por que os animais da mesma espécie não têm o mesmo período de
vida? Por que as árvores da mesma família não têm durabilidade igual? Assim é,
também, com os homens.
A fatalidade, principalmente
na raça humana, pode sofrer mudanças; depende muito do que as criaturas estão
fazendo da vida, do comportamento e da compreensão, bem como do cuidado que
podem ter com seu corpo e com sua missão. O esforço próprio é de grande valia
em muitos casos, contudo, por vezes o próprio Espírito é que não deseja o
prolongamento de sua vida na Terra, pedindo que cumpra apenas o compromisso
assumido, no mundo espiritual, antes de tomar a forma corpórea.
Certos aspectos da vida
espiritual requerem muito estudo, meditação e trabalho no bem comum. Nesse
ambiente de amor, poderás compreender melhor a função das leis de Deus nos
destinos humanos. O Espírito avança na perfeição de tal modo que ele domina a
própria vida, por ter liberdade para isso. Lázaro, não fosse o poder de Jesus,
ficaria no túmulo. Jesus, que dizia ser a vida, fê-lo levantar, recompôs toda a
sua organização biológica e ele se levantou, vivendo muito tempo. Por isso é
que dizemos que a morte é fatal, porque Lázaro tornou a adoecer e morreu, mas
não daquela vez.
A fatalidade pode
transformar-se em vida, dependendo da vontade d'Aquele que criou a vida. Diante
de Deus tudo muda com a Sua magnânima vontade. Vejamos o que João nos diz, no
capítulo sete, versículo quinze, assim se expressando: Então os Judeus se
maravilhavam e diziam:
Como sabe estas letras, sem
ter estudado?
Jesus não estudou entre os
homens, desta vez em que veio como Salvador da humanidade. O que se ensinava na
Terra, para Ele já não serviria, pois, já conhecia a ciência universal, e mesmo
estando na carne ele não esqueceu o grande saber que possui. Não existia
fatalismo no tocante a Jesus, porque Ele dominava tudo pelos Seus poderes:
levantava os caídos, curava enfermos, mesmo desenganados, cegos de nascença e,
ainda mais, restituía a vida física aos que já se encontravam mortos.
Fatalidade total é para a
ignorância em todos os seus aspectos. Para Deus não há segredos; tudo Ele sabe,
antes e depois, por ter onisciência e ser onipresente em todos os sentidos.
Os espíritas de todos os
níveis devem estudar com mais profundidade as leis de Deus, meditarem sempre
nelas e esperar trabalhando no bem, para que esse mesmo Deus lhes revele a
verdade, que nunca deixa de ser gradativa.
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