MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Os Espíritos durante os combates
545. Pode, alguma vez, o
general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que
lhe mostre de antemão o resultado de seus planos?
“Isso
se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que
obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o
dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o veem dotado.”
Mediunidade no general
Em muitos casos, o
comandante de uma tropa pode ser dotado de faculdades mediúnicas e seguir
sempre o caminho da vitória. Mas, sempre que esse Espírito tenta ultrapassar,
por orgulho e vaidade, os limites pré-estabelecidos por Deus, ele é suprimido e
o vencido, vítima de seus descontroles emocionais, é duplamente assistido.
Vejamos o caso de Napoleão Bonaparte, na França; ele tinha faculdades desenvolvidas, de maneira a perceber as fraquezas do inimigo, além de ser guiado por Espíritos de alta função divina. O mundo estava precisando de um país onde surgisse a liberdade de pensamentos, e foi Napoleão o escolhido para desenvolver tal ideal, mas, quando passou dos limites traçados por Deus, o orgulho se apoderou do seu coração e a ganância de domínio o cegou, ele foi banido para uma ilha, onde morreu sem nenhuma perda para a nação nem para a humanidade.
Um país nunca poderá
escravizar toda a Terra, todos os povos do planeta. O homem de missão é qual o
peixe que o pescador fisga no anzol, dando-lhe até cansar, e depois, fisga-o,
tirando-o de circulação do rio. Nada fazemos sem aquiescência do Criador de
todas as coisas. Engana-se, quem se pensa dotado de liberdade para fazer o que
bem desejar. Somente o Senhor a tudo preside, e nada se faz sem a Sua vontade:
Somos todos instrumentos do
Pai que está nos céus. O orgulho, quando invade nossos sentimentos, é capaz de
nos perder pela vaidade e pelo egoísmo. A Doutrina dos Espíritos já nos avisa
de antemão que somente o amor salva as criaturas, e a fraternidade nos dota de
alegria em todos os motivos de ajudar.
Se tens alguma faculdade
desenvolvida, não percas a oportunidade de usá-la com bom proveito. Semeia as
sementes de luz, para que possas ser iluminado por ela nos caminhos que
percorres. A mediunidade não é privilégio dos espíritas; todas as criaturas são
dotadas de faculdades mediúnicas. A Doutrina dos Espíritos veio domá-las,
ensinando às pessoas que as possuem a usá-las com critério, no sentido de
ajudar aos que sofrem, de salvar aos perdidos pela ignorância, de instruí-los e
de trazer para o mundo as mensagens de libertação e de esperança.
Se foste chamado para a
guerra, ou apenas para servir ao exército, cumpre o teu dever, mas vigia e ora,
que os Espíritos superiores te ajudarão a cumprir o teu compromisso, na
sequencia da tua vida. Tudo que existe, Deus o permitiu, e em todo lugar podes
fazer o bem com a força do amor.
Observando, notarás que os
homens de gênio são médiuns que operam em todas as filosofias, ciências e
religiões. Esses homens são canais da beleza imortal e da verdade, mesmo que
relativa. Em muitos casos, os que perdem as batalhas podem estar ganhando;
depende de quem perde e qual a finalidade por que está perdendo.
Escutemos o que Paulo de
Tarso falava aos Coríntios: Semeia-se em fraqueza, ressuscita-se em poder,
(l Coríntios, 15:43)
A perda pode ser aparente,
para que a transformação seja em glória no aprendizado maior. Deus nada deixa
se perder na vida.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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