MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Bênçãos e maldições
557. Podem a bênção e a
maldição atrair o bem e o mal para aquele sobre quem são lançados?
“Deus
não escuta a maldição injusta e culpado perante ele se torna o que a profere.
Como temos os dois gênios opostos, o bem e o mal, pode a maldição exercer momentaneamente
influência, mesmo sobre a matéria. Tal influência, porém, só se verifica por
vontade de Deus como aumento de prova para aquele que é dela objeto. Demais, o
que é comum é serem amaldiçoados os maus e abençoados os bons. Jamais a bênção
e a maldição podem desviar da senda da justiça a Providência, que nunca fere o
maldito, senão quando mau, e cuja proteção não acoberta senão aquele que a
merece.”
Bênçãos e maldições
O responsável por tudo e por
todos os acontecimentos são os pensamentos. Tanto as bênçãos como as maldições
são forças mentais que se concentram na mente pelas forças dos sentimentos e
são emitidos em direção àqueles que propomos ser o alvo das nossas intenções.
Tanto uma quanto a outra
somente se acoplam na criatura visada se Deus o permitir. Se desejamos o bem a
certa criatura e ela não merece esse bem, as forças por nós endereçadas se
desviam do seu caminho e serão direcionadas para onde encontrem sintonia.
Assim, igualmente sucede com o mal: se o desejas a certa criatura, e ela não
merece esse mal, se não tem de passar por essa prova, esse mal é desviado para
os lugares que lhe cabe atingir. Tanto as vibrações do mal quanto do bem,
voltam sempre para onde foram geradas, beneficiando sua fonte ou a
prejudicando.
O homem deve esquecer as
maldições, atos nascidos em mentes enfermiças, que causam mais perturbações em
quem as deseja. Quem conhece Jesus, desconhece a desarmonia, trabalha sempre
gerando bênçãos, com os pensamentos, palavras e obras, integrando-se cada vez
mais na fraternidade coletiva, onde respira a paz para o seu próprio coração. O
amor constitui uma fonte de felicidade mostrada por Jesus, a água da vida
maior.
Escutemos o que diz o Mestre
à mulher de Samaria: Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca
mais terá sede, pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a
jorrar para a vida eterna. (João, 4:14)
Eis aí a força das bênçãos
de Jesus para as criaturas. O Mestre não perdeu tempo, nem para pensar no mal,
pois só fazia o bem. A Doutrina dos Espíritos veio reafirmar os ensinamentos de
Jesus, de se fazer o bem em todas as direções que puder alcançar, a todas as
criaturas. Se algumas delas não merecem esse bem, ele não se perde, procurando
pessoas que estão em condição de recebê-lo, confortando seu coração. O nosso
leitor deve saber o que se chama bênção e maldição: as bênçãos, para nós
outros, é todo o bem que podemos fazer em benefício dos que padecem, e as
maldições são os nossos atos injustos. Onde quer que estejamos, responderemos
pelos nossos feitos. Esta é a lei de justiça que se irradia em todo o universo.
Outrossim, o bem que praticamos, será o nosso escudo em todas as nossas lutas.
Levanta-te do teu leito abençoando a vida pela oração, que essa bênção
confortar-te-á os caminhos.
É bom nos certificarmos de
que os maus são sempre amaldiçoados por si mesmos, enquanto os bons são
abençoados pela vida no bem. O espírita deve cada vez mais confiar em Deus e na
Sua justiça, entregando-se ao serviço da caridade, que salva a todos os seus
praticantes, quando o amor serve de veículo para a sua ação benfeitora.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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