MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Poder oculto. Talismãs. Feiticeiros
556. Têm algumas pessoas,
verdadeiramente, o poder de curar pelo simples contacto?
“A
força magnética pode chegar até aí, quando secundada pela pureza dos
sentimentos e por um ardente desejo de fazer o bem, porque então os bons
Espíritos lhe vêm em auxílio. Cumpre, porém, desconfiar da maneira pela qual
contam as coisas pessoas muito crédulas e muito entusiastas, sempre dispostas a
considerar maravilhoso o que há de mais simples e mais natural. Importa
desconfiar também das narrativas interesseiras, que costumam fazer os que
exploram, em seu proveito, a credulidade alheia.”
Toque de cura
Podemos crer que existam as
pessoas magnéticas, aquelas que tocam as pessoas enfermas e por vezes as curam,
mas, é bom analisar a vida dessas pessoas, não para divulgar o que for
contrário à caridade, porém, para observar quais são, pela vida que levam, as
suas companhias espirituais.
Toda operação curativa envolve a presença de Espíritos desencarnados, capazes de compreender essa ciência divina que parte do amor de Deus para com as criaturas humanas e espirituais. Se há enfermidades na Terra, elas igualmente existem no plano espiritual. A desencarnação não é passe de mágica. Se o Espírito deixa suas vestes carnais e não modificou seus sentimentos, continua levando o que possui no seu coração.
A meta de Jesus, e pela qual
desceu à Terra, foi para curar as deficiências das almas, educando-as do modo
que Deus Lhe ensinou no curso de bilhões de anos. Não devemos ser endurecidos
no aprendizado; aproveitemos o tempo na educação e na instrução espiritual, que
estão se espalhando por todo o mundo.
Se alguns têm o dom de
curar, que aproveitem essa faculdade, curando os enfermos, mas, que não deixem
de instruí-los. Juntamente, trabalhem com a palavra. O Mestre nos deixou como
herança divina o Evangelho, para nos mostrar as diretrizes que deveremos tomar,
mesmo vivendo na carne, porque os primeiros passos para cima são dados na
Terra, que ora nos serve de berço, onde acordamos para a Luz.
O companheiro encarnado que
tem o dom de curar e que já conhece a força da verdade, como sendo amor e
caridade, cresce na direção do Cristo, despertando-O em seu coração, que deve
pulsar no ritmo do universo.
Os médiuns curadores cheios
de ilusões, que sofisticam seus gestos para impressionar os enfermos, que fogem
à naturalidade, e que recebem recompensa em troca das curas que fazem são os
falsos profetas, mencionados no Evangelho; não deves dar crédito a essas
pessoas, que falam muito do Cristo, mas não seguem Seus passos, falam às vezes
do amor, porém não amam, dizem coisas bonitas sobre a caridade, todavia não são
benevolentes. O toque de cura desses tipos são negativos; podem até aliviar os enfermos,
pela fé dos mesmos, porém causando distúrbios maiores nas suas intimidades
espirituais. Esses irmãos devem ser instruídos na Doutrina que não vende seus
dons e que não especula suas forças. Esses médiuns são dotados de força
magnética, por provas e devem dar graças a Deus. Para o seu sustento, o Senhor
os dotou de certa inteligência, pernas e braços para trabalhar, para que vivam
do suor do seu rosto.
Não deves entrar nas
tentações de certas influências malfeitoras. Importa, igualmente, desconfiar
das narrativas interesseiras, dos instrumentos de Espíritos levianos, sem as
devidas responsabilidades para com o trabalho grandioso de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Todo conversador em demasia deixa escapar em suas narrações algo de
inverdade, por não ter tempo de analisar o que fala. A seleção, aí, fica para
quem ouve. De qualquer maneira, quem escuta tem o dever de selecionar o que vem
de fora. É para tanto que é dotado de raciocínio.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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