AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO X – LEI DE LIBERDADE
Liberdade de consciência
838. Será respeitável toda e
qualquer crença, ainda quando notoriamente falsa?
“Toda
crença é respeitável, quando sincera e conducente à prática do bem. Condenáveis
são as crenças que conduzam ao mal.”
Respeito às crenças
Toda religião carece do
nosso respeito, desde quando ela inspire seus profitentes ao bem e ao amor. É
preciso que se saiba que o sistema religioso é um celeiro, onde seus crentes
recolhem e passam a semear, no entanto, é preciso notar que a colheita é viva e
pertence ao semeador.
Existem, bem o sabemos, aquelas crenças que, melhor que as outras, ensinam mais a amar aos semelhantes. Quem mais obedecer às leis naturais, mais colherá frutos dignificantes. Quando uma religião ou filosofia tem por norma combater a outra, cujos ensinamentos não lhe soam bem, é falta de respeito aos pensamentos alheios, por querer oprimir a consciência daqueles que não pensam igual a eles. Isto é querer violentar o modo de pensar dos irmãos em caminho. Na verdade, eles têm Jesus como guia, mas esquecem Seus preceitos de não desejar aos outros o que não querem para si mesmos.
O nosso maior desejo deve
ser cuidar de nós mesmos. Se cada criatura se interessar pelo seu próprio
aperfeiçoamento, tudo se regulará na harmonia divina. Enquanto o homem atender
à inferioridade de oprimir seu irmão com o seu modo de pensar e sentir a vida,
ele ainda dorme pelo magnetismo da ignorância.
Vamos reproduzir aqui o que
o Espírito de Verdade respondeu ao querido codificador do Espiritismo, na
pergunta em estudo:
"Toda crença é
respeitável, quando sincera e conducente à prática do bem. Condenáveis são as
crenças que conduzem ao mal."
Quando os discípulos de
Jesus condenaram alguém que curava em nome d'Ele e expulsava demônios também em
Seu nome, foram falar com o Mestre. Ele não aceitou a condenação, porque aquele
estava fazendo o bem aos que sofriam. Por que condenar outros sistemas
religiosos, se estão buscando a paz das criaturas e as inspirando para o amor?
Inspirado pelo Mestre, Paulo
escreveu em sua carta aos Romanos, no capítulo treze, versículo sete:
Pagai a todos o que lhes é
devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito,
respeito; a quem honra, honra.
Tanto o senhor Jesus falava
aos Seus discípulos no respeito às crenças, como igualmente orientava quanto às
organizações da Terra, mostrando que o sistema político tem seus objetivos que,
com o tempo, vai se aprimorando até chegar aos Seus preceitos, de amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
Fugir das leis de Deus
estabelecidas no universo e plasmadas em todas as consciências, é afastar-se da
própria felicidade. A Doutrina dos Espíritos tem a missão de levar a humanidade
para o conhecimento de Deus em tudo, mostrando por experiências que ninguém
morre. A vida continua depois do túmulo e no mundo espiritual se encontra a
verdadeira vida do Espírito e a liberdade de consciência em Deus.
O livro dos Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário