AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO X – LEI DE LIBERDADE
Liberdade de consciência
839. Será repreensível
aquele que escandalize com a sua crença um outro que não pensa como ele?
“Isso
é faltar com a caridade e atentar contra a liberdade de pensamento.”
Falta de caridade
Surgem de novo o orgulho e o
egoísmo, monstros da discórdia e da prepotência. Todo aquele que menospreza as
opiniões alheias, por não compatibilizarem com as suas, está cheio de vaidade e
desconhece os direitos alheios. Isso é falta de caridade e atenta contra a
liberdade de pensamento. Vemos nos fatos que ocorrem em todo o mundo, Deus
deixando que o homem aplique seus pensamentos, mesmo que depois sofra as
consequências dos seus atos errôneos, para mostrar-lhe que pode ter liberdade e
reconhecer no Senhor um Pai de Amor e de Bondade.
Quando notamos companheiros que somente acreditam no seu modo de pensar e sentir, estampam em seu ser plena ignorância sobre a vida. É preciso que reconheçamos que fazemos parte de um todo, e que cada alma tem uma tarefa diferente da outra. Os dons dados por Deus para o Espírito são diversos, mas ainda carecem de ser despertados e esse despertamento é gradativo, mas em alternância que não para.
Certos dons estão em
atividades em uns, enquanto em outros dormem. É nesse sentido que não podemos
viver sozinhos, pois ternos necessidade uns dos outros para a paz de todos.
Nunca podemos julgar a ninguém porque tivemos e ainda vamos ter muitas vidas na
Terra, para o despertamento completo dos nossos valores. é falta de caridade,
de amor, condenar alguém porque esse alguém não aceita os nossos pensamentos.
Onde está a liberdade de pensar e sentir que a vida nos deu?
Todos buscamos a liberdade,
no entanto, não podemos ser livres de Deus, porque sem Ele não podemos viver.
Em Paulo, quando falava aos Coríntios, por sua primeira epístola, notamos a
diversidade entre as raças. Vejamos o capítulo um, versículo vinte e dois, que
assim diz: Porque tanto os Judeus pedem
sinais, como os gregos buscam sabedoria.
E podemos acrescentar: uns
buscam o direito, outros o amor, alguns a caridade, outros a paciência, e ainda
outros lutam para conquistar a santidade. E é nessa corrida que buscamos e
encontramos a perfeição no passar dos evos, porque a vida nos entregará a
felicidade somente nos caminhos da perfeição espiritual.
No "Evangelho Segundo o
Espiritismo" encontramos essa frase luminar:
"Fora da caridade não
há salvação."
Quem falta com ela, como
pode se libertar dos entulhos que lhe pesam na consciência? Somente ficamos
livres dos fardos pesados e do jugo que nos incomoda obedecendo às leis de
Deus, andando dentro delas. Aí é que a paz nasce em nós e por nós.
Seja quem for, respeitemos
sua liberdade de pensar. Não é com isso que vamos nos esquecer de dar exemplos
dignificantes. O exemplo no bem é a voz de Deus pelos nossos recursos de amor.
Os pensamentos e a própria vida consciencial estão no silêncio, para serem
ouvidos pelo seu portador, e ele mesmo deve tirar as suas deduções para o que
lhe cabe viver.
A Doutrina Espírita não veio
ao mundo revelar todas as leis de Deus, mas dar continuidade à revelação, que é
gradativa, de acordo com o crescimento das criaturas.
O livro dos Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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