MUNDO
ESPÍRITA OU DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO IX – INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPORAL
Penetração de nossos pensamentos pelos espíritos
456. Veem os Espíritos tudo
o que fazemos?
“Podem
ver, pois que constantemente vos rodeiam. Cada um, porém, só vê aquilo a que dá
atenção. Não se ocupam com o que lhes é indiferente.”
Nossas companhias
Os Espíritos podem ver o que os encarnados fazem, se derem atenção aos fatos. Há Espíritos indiferentes às ações dos homens, que procuram sempre o que lhes satisfaça, no entanto, existem aqueles que se assemelham aos próprios homens e que gostam de assistir
aos malfeitos dos semelhantes e propagá-los. Assim são os Espíritos deste mesmo naipe: observam os encarnados e tomam o tempo necessário para anotações dos malfeitos dos que eles cercam, alimentando seus interesses inferiores de maledicência. Mas, há também os bons Espíritos que acompanham as criaturas, anotando a caridade que essas fazem, e as estimulam para que continuem a fazê-la, melhorando, assim, seu padrão espiritual.A criatura está sempre
rodeada de testemunhas espirituais. Os Espíritos nobres que acompanham seus
tutelados estimulam as reformas interiores, inspiram-nos para a caridade e
fazem com que eles lembrem dos grandes vultos da humanidade, pelo seus
exercícios de amor à grande causa da verdade.
As classes dos Espíritos são
numerosas, como certamente são as dos homens que vivem sob o peso da carne.
Cada criatura pertence a uma escala espiritual de vida, e tem a educação
compatível com o seu tamanho espiritual. É neste sentido que a Doutrina
Espírita convida todos os encarnados para melhorarem seus sentimentos, no
sentido de que as companhias do mundo espiritual possam se modificar para
melhor. Somente somos atraídos para os nossos semelhantes, e somente atraímos o
que vibramos por dentro. Não podemos esconder o que somos. Os nossos
pensamentos falam em linguagem que os mais elevados escutam, e conhecem, assim,
nosso estado mental.
Também os Espíritos fora da
carne têm suas companhias espirituais, que às vezes não percebem. Eles
participam dos nossos pensamentos na sutilidade da vida, e sabem nos dar as
respostas das nossas indagações. Se somos inferiores, certamente que ficamos
envolvidos em ondas de baixa vibração; se superiores, somos defendidos pelas
nossas atitudes no amor universal, que alimentamos e desprendemos para todos os
rumos da vida.
Quem deseja encobrir a
verdade e esconder os seus fatos inferiores, está enganando a si mesmo e, muito
pior, querendo enganar Deus. Nada fica em segredo com a natureza; tudo vem à
tona, na expressão de luz, pelas leis de Deus. Mesmo que conseguíssemos enganar
os Espíritos que nos rodeiam, não adiantaria, porque tudo o que fazemos ou
pensamos é gravado pela consciência, que depois o irradia em todas as direções
do universo.
A Doutrina dos Espíritos tem
a sabedoria que estende até onde se encontram Espíritos de todos os tipos, de
todas as classes a propagá-la. Quando descobrimos essas verdades, passamos a
melhorar a nós mesmos, sem cogitar dos malfeitos alheios, e a vida passa a nos
interessar onde a esperança alimenta a alegria de viver. Com Jesus, nós
começamos a nos interessar somente pelo bem da humanidade, e, se nós somos
parte dela, certamente que esse bem nos atingirá.
Fonte:
O livro dos Espíritos. Allan
Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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