O Chico, humildemente, lhe explicava o erro em que insistia e, principalmente, o de não querer esquecer mágoas e perdoar seus adversários, que ele mesmo os arranjava com sua teimosia irreverente...
Os conselhos, a paciência entremostrada, nada convencia o inveterado birrento, que tinha lá seu modo diferente de ver as coisas e assim ficava e com isto experimentava os nervos de seus irmãos de trabalho.
Um dia, já cansado de ser tentado e, entrevendo no encontro provocado, um abuso, disse-lhe o Chico, séria e amorosamente:
— Sabe de uma coisa, vim pelo caminho pensando em você e desejando-lhe um bom remédio, isto é: uma reencarnação na qual tenha uma progenitora bem brava para lhe dar, de quando em quando, umas boas chineladas, a fim de deixar de ser tão teimoso com as coisas santas.
O desejo correcional fez sorrir o irmão obstinado, que acabou sentindo-lhe a sinceridade e deixando de ser teimoso e estorvo no caminho do querido médium.
Este caso contou-nos o Irmão Manoel Diniz.
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