Sinais da obsessão


Algumas considerações sobre os processos obsessivos.

A obsessão espiritual é uma relação prejudicial que se estabelece entre pessoas e Espíritos que apresenta características diferenciadas, percebida por dez sinais principais relatados pela Irmã Scheilla, através da psicografia de Chico Xavier.

Como André Luiz nos ensina, em várias obras psicografadas pelo médium Chico Xavier, nos ligamos espiritualmente a todos os encarnados e aos desencarnados que pensam como nós.

Devido à natureza do pensamento, ele pode ser replicado em outras mentes que estejam em sintonia. Ou seja, uma pessoa pode passar suas ideias para outra pessoa, desde que haja sintonia entre elas.

Nós vivemos em comunicação através de nossos pensamentos, de nossas palavras e também de nossas ações. E é dessa forma que se estabelece o processo obsessivo, visto que a consciência está aberta às informações dos Espíritos circundantes.

Conforme os esclarecimentos dos elevados Espíritos da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, a obsessão e caracterizada pelo domínio que alguns Espíritos podem exercer sobre certas pessoas.

Esses Espíritos se encontram ainda em estágios inferiores de evolução moral, uma vez que os bons não exercem nenhum constrangimento sobre os seus semelhantes. 

Os vários tipos de obsessão.

Com base nas obras de Kardec e de Chico Xavier, podemos classificar como obsessão a parceria entre encarnados e desencarnados no exercício do crime. As pessoas que mantêm as suas mentes voltadas para práticas do mal recebem influências de Espíritos que se afinizam com esses pensamentos e atitudes.

A relação obsessiva também se encontra nos processos compulsivos em hábitos nocivos. Eles são instigados por Espíritos viciosos, como quando estão associados à alimentação, comportamento sexual ou vícios e paixões destrutivas.

Depois, é claro, há a mais famosa de todas as obsessões: a influência vingativa e destrutiva que o invisível exerce sobre o encarnado. Nesses casos, a obsessão começa quando o Espírito quer se vingar de quem o fez sofrer, seja nesta vida ou em uma vida passada.

Também pode ocorrer uma influência negativa por parte de Espíritos que não compreenderam ainda a ação da morte sobre o corpo material e acreditam que estão vivos na matéria.

Ou então, por aqueles que, mesmo conscientes de sua condição como Espíritos desencarnados, não querem deixar o ambiente que conheciam.

Por último, também encontramos aqueles interessados na manutenção da interferência voltada para o mal, de modo a deter o avanço moral e espiritual da humanidade, ações essas que partem de Espíritos inteligentes de hostes inferiores.

Assim, podemos ver que as causas subjacentes da obsessão estão enraizadas em nossas falhas morais.

A obsessão é uma via de mão dupla.

A obsessão, na verdade, é uma via de “mão dupla”, isto é, ela só ocorre quando existe alguma sintonia entre o obsessor e o obsidiado, seja na postura moral do encarnado ou por ações praticadas em existências anteriores.

Portanto, para que uma situação obsessiva melhore, é preciso mudar o todo, ou seja, a postura tanto da pessoa encarnada como do Espírito desencarnado. Mas quando essa percepção não existe, acreditamos que o obsessor tem que nos deixar porque somos vítimas. Contudo, não é isso que os benfeitores ensinam. Nós também temos a nossa parte de responsabilidade, mas queremos nos isentar dela.

Com relação a isso, é interessante o que acontece, muitas vezes, no centro espírita. Algumas pessoas procuram a casa espírita pensando em deixar lá a obsessão, como se fosse um pequeno pacote, e saírem livres para sempre.

E então ficam surpresas quando lhes dizem: “Vamos abrir juntos, verificar o que está no pacote, e ver o que você pode fazer para resolver essa situação”.

Embora inquietante, o fato é que a obsessão é um instrumento para promover a melhoria geral, uma vez que não prescinde de uma reavaliação de pensamentos e atitudes, como veremos em seguida, com os esclarecimentos de Irmã Scheilla.

Os dez sinais da obsessão espiritual, segundo a Irmã Scheilla.

Muitos perguntam: “Quais são os motivos que levam à obsessão?” Irmã Scheilla relaciona os chamados sinais de alarme da obsessão.

  1. um deles é quando entramos na faixa da impaciência, pois a impaciência pode atrair Espíritos que estejam na mesma faixa de irritação e nervosismo;
  2. outro é quando acreditamos que a nossa dor é maior: a lamentação, a queixa quando julgamos que tudo é maior para nós do que para outra pessoa, principalmente quando se trata de fatos negativos;
  3. também é sinal de alarme quando passamos a ver ingratidão nos amigos, pois estamos valorizando muito a nossa própria personalidade;
  4. quando vemos maldade nas atitudes das pessoas de nossas relações, acreditando que todos querem nos prejudicar;
  5. ou então quando comentamos o lado menos feliz de outra pessoa, quando então observa-se a maledicência e a fofoca;
  6. outro sinal de possível obsessão é quando reclamamos apreço e reconhecimento, com uma grande necessidade de sermos exaltados, de sermos reconhecidos;
  7. quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo, que estamos sobrecarregados e ninguém nos auxilia;
  8. ou então quando passamos o dia exigindo demais dos outros, enquanto nos eximimos das tarefas;
  9. tentar fugir de nós mesmos, pelo consumo de álcool ou de entorpecentes, substâncias que atraem os Espíritos inferiores;
  10. por fim, quando julgamos que o dever é apenas dos outros, nos eximindo de responsabilidades.

E a enfermeira Sheila termina dizendo: “Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de nossas ideias, a lei divina está presente recomendando-nos a prudência de amparar-nos no socorro da prece ou na luz do discernimento”.

Para se proteger da obsessão espiritual.

Como vemos, portanto, para nos protegermos da obsessão espiritual, e com base nos dez sinais elencados pela Irmã Scheilla, temos que prestar atenção nas nossas atitudes diárias, em como estamos conduzindo os nossos pensamentos e as nossas ações, para não perdermos a oportunidade reparadora da reencarnação.

Finalmente, vale lembrar sempre que os nossos pensamentos devem permanecer na oração e no emprego construtivo das nossas horas, na leitura sadia, no trabalho caritativo, para que não deixemos espaço para a infiltração de pensamentos negativos que chegam do outro lado da vida. 

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