AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO X – LEI DE LIBERDADE
Liberdade natural
827. A obrigação de
respeitar os direitos alheios tira ao homem o de pertencer-se a si mesmo?
“De modo algum, porquanto
este é um direito que lhe vem da Natureza.”
Obrigação de respeitar
Se o homem não respeitar seu
companheiro em caminho, como poderá exigir que seja respeitado? E como ficaria
o mundo se não houvesse esse respeito mútuo? Se retornarmos à Idade Média
poderemos imaginar como ficaria...
Temos obrigação espiritual
de observar o direito dos outros porque se não agirmos assim, estaremos
desrespeitando o próprio Deus que criou todos iguais.
Disse Jesus, analisando os dez mandamentos dados a Moisés:
Amai
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a vós mesmos.
E acrescenta o Mestre:
- Aí
estão todas as leis e os profetas.
Nossos direitos são
limitados pelos do nosso próximo. Os limites são traçados por Deus, para a paz
de todas as criaturas. Criaram-se leis, por causa da ignorância dos direitos
alheios. Quando toda a humanidade compreender o amor e amar no sentido
universal, certamente que não será mais necessário recorrer às leis.
Um cientista ou um mestre
não encontra mais sentido nos primeiros anos de estudo em uma escola básica. Se
quer aprender mais, avança mais além. Os primeiros anos de escola são para as
crianças. Assim é na vida; as primeiras leis de disciplina são para os
indisciplinados.
Jesus já dizia: - "Não
façais aos outros, o que não quereis para vós." Podemos perguntar a nós
mesmos em monólogo: queremos ser desrespeitados? Certamente que não; então,
respeitemos os outros, que a justiça nos devolverá segundo fizermos.
O respeito aos outros nunca
tira o direito de pertencer a si mesmo, porque cada criatura é um mundo onde
vibram todas as leis universais, que comandam o Espírito imortal para a paz de
todo o complexo físico, que se interliga no mundo espiritual, pois tudo saiu da
mesma fonte divina. Os dois mundos se entrelaçam, em junção harmoniosa, porque
sem um o outro não pode viver.
As necessidades humanas recorrem
sempre aos valores do Espírito. Vejamos o que aconteceu com Paulo, citado em
Atos dos Apóstolos, no capítulo dezenove, versículo seis:
E impondo-lhes Paulo as
mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam em línguas, como
profetizavam.
Como não respeitar os
outros, se precisamos deles? Foi preciso o Espírito intervir pelos canais
mediúnicos de Paulo, para ajudar, curando e instruindo aos que precisavam das
bênçãos de Deus. Se queremos paz, façamos boas obras onde estivermos, que essa
paz se transforma, por justiça, no que possa nos fazer bem. Somos o que fazemos
pelos outros. Não é preciso que os olhos humanos nos acompanhem os passos; a
nossa própria consciência guarda o que pensamos e fazemos. Ainda mais, emitimos
imagens do que pensamos, empregando o fluido cósmico como livro da natureza,
onde nós mesmos escrevemos nossa condenação ou absolvição.
As leis de Deus não erram em
seus julgamentos e entregam a cada um o que se fez para merecer nos campos da
vida. Cada existência que tivermos é, pois, uma página que escrevemos. Nós
mesmos iremos lê-las depois, e o tribunal da consciência decidirá o que
receberemos pelo que fizemos. Essa é a lei.
A consciência é Deus dentro
de nós, como centelha abençoada, que tudo grava sem precisar de acusar nem
perseguir aos que erram. O próprio Espírito se condena, pelo que sobe da
profundidade do ser para a mente, que é parte da consciência profunda. Se
amarmos como o amor se expressa na vida, estaremos amando a Deus e ao próximo,
e somente o amor nos salvará da opressão da consciência.
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