AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO X – LEI DE LIBERDADE
Escravidão
832. Há, no entanto, homens
que tratam seus escravos com humanidade; que não deixam lhes falte nada e
acreditam que a liberdade os exporia a maiores privações. Que dizeis disso?
“Digo
que esses compreendem melhor os seus interesses. Igual cuidado dispensam aos
seus bois e cavalos, para que obtenham bom preço no mercado. Não são tão
culpados como os que maltratam os escravos, mas, nem por isso deixam de dispor
deles como de uma mercadoria, privando-os do direito de se pertencerem a si
mesmos.”
Homens bons
Em todas as épocas existem homens bons, mesmo entre aqueles que tinham escravos, pois a própria lei permitia a escravidão entre os homens. Todavia, existiam senhores que maltratavam seus escravos e os vendiam como animais de carga e, por vezes, em piores condições. Faltava-lhes a humanidade para com os seus irmãos, filhos do mesmo Deus de bondade e de amor.
Sabemos também que a
escravidão em todo o mundo era um processo de despertamento das criaturas e, se
nada se faz sem a permissão de Deus, ela teve algo de útil para os cativos.
Não podemos esquecer ainda
que havia a alforria para os escravos e, em muitos casos, muitos deles não
queriam ser livres porque, no caso em questão, eles iriam sofrer mais. A
sociedade não compreendia que o escravo poderia ter liberdade e, na verdade,
mesmo não existindo escravidão, como nos dias que correm, continuava a existir
a escravidão à discriminação racial e social.
As diferenças sociais sempre
existiram em todos os países, no entanto, é bom saber que o respeito, onde o
mundo é superior, é que garante a paz e todos se sentem felizes nas posições
que ocupam.
A lei que determinava a
escravidão, não mandava violentar o escravo; isso acontecia por livre arbítrio
dos homens maldosos. Nós sempre, bem o sabemos, respondemos pelos nossos
feitos. Há uma lei que se chama justiça, que cobra ceitil por ceitil, o que
pesa sobre os ombros dos faltosos, para que esses aprendam a amar, reconhecendo
que todos somos filhos do mesmo pai.
As lições na Terra são
irremovíveis, em todos os sentidos do existir, desde a mínima partícula da
matéria, até os acúmulos dos mundos. Eles se fazem e desfazem, e cada vez mais
se expressam com mais brilho na sua intimidade. é da lei que nada para; tudo
cresce, o homem é que fica parado.
O homem bom e inteligente
que sempre existiu, que direcionou sua sabedoria para o amor, é o Espírito mais
velho na contagem sideral e que já recolheu experiência nos caminhos da
Verdade. Esses homens mesmos, nascidos em épocas em que existiam a escravidão,
a inquisição e, recuando mais, as cruzadas foram pessoas boas, que se
comportavam bem diante de todas as situações, ante os seus irmãos cativos e
mesmo prisioneiros de guerras. Não podemos deixar de mencionar que esses
cativos e prisioneiros, quase todos eles, eram de má índole; se não o fossem,
não receberiam as provações que vivenciaram.
Se somente recebemos o que
merecemos, a própria escravidão foi merecimento dos que a sofreram, entretanto,
o tempo, escoando o carma coletivo, nos mostra os fardos mais leves e os jugos
mais suaves, de maneira que desapareceram, por lei e por evolução, as cruzadas,
as inquisições e a escravidão, que continuaram a existir somente por dentro das
criaturas. Essa guerra de dentro, somente o próprio Espírito pode vencer,
fazendo despertar o Cristo no coração.
O bom entendedor reconhece em Jesus e na sua herança para a humanidade, o Evangelho que veio mostrar a força poderosa para a verdadeira libertação espiritual. Mesmo sendo escravos de qualquer posição, no nosso íntimo poderemos ser livres em Cristo. Precisamos meditar muito, estudar mais e nos transformarmos bastante intimamente, para que possamos compreender as leis de Deus e obedecer a elas, porque de outra forma não alcançaremos a felicidade.
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