Crises sociais

Em diálogo com os Espíritos Superiores, tratando de assunto relacionado com o progresso do homem e da Humanidade, Allan Kardec questiona: Que se deve pensar dos que tentam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde? E estes respondem: [...] Serão levados de roldão pela torrente que procuram deter. (O Livro dos Espíritos, questão 781a.)

Ainda na análise deste assunto, volta a consultar: Segue sempre marcha progressiva e lenta o aperfeiçoamento da Humanidade? Ao que os Espíritos respondem: Há o progresso regular e lento, que resulta da força das coisas. Quando, porém, um povo não progride tão depressa quanto devera, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma. (O Livro dos Espíritos, questão 783.)

Com base nesta nova visão que os ensinos dos Espíritos Superiores nos oferecem, e que nos permite melhor compreender os mecanismos utilizados pela Justiça Divina para a prática das Leis do Criador, passamos a entender, também, as questões relacionadas com as crises sociais que comumente assolam a Humanidade.

Criado simples e ignorante, ao Espírito cabe, por força da Lei do Progresso, trabalhar constantemente em favor de sua própria evolução intelectual e moral. Esta evolução se desenvolve através de inúmeras reencarnações, especialmente estimulada pelo relacionamento da vida social, no atendimento às suas carências de natureza material e espiritual.

Ao homem, pois, não é lícito pretender manter-se indefinidamente estacionado em um determinado degrau da evolução, sem qualquer esforço voltado ao seu aprimoramento. Quando isto tende a acontecer, surgem as crises de crescimento, que o forçam a buscar a sua superação, acabando por lhe proporcionar a melhoria de que necessita.

É, pois, em razão da Lei de Amor, que impulsiona o homem ao progresso constante, que a História sempre registrou em todas as épocas, após superadas as grandes crises sociais, uma era de paz e de progresso para a Humanidade.

Fonte: Reformador, ano 124, nº 2.128, julho 2006.

 

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