Últimos triunfos do mal

Há fortes indícios de que, após doloroso ciclo expiatório, a Terra ascenderá à hierarquia dos mundos regenerados.

Esse acontecimento é cósmico e nada tem a ver com calendários humanos.

O que evidencia a hora das grandes transformações é o abismo moral em que se precipita a grande maioria da Humanidade, com espantoso avanço do vício e do crime.

Não há, também, como negar que a Terra está se agitando cada vez mais, buscando, por si mesma, restaurar a pureza dos seus reinos exauridos pelos séculos de atividades predatórias de seus ingratos filhos. É a lei de ação e reação.

Aliás, é provável que o Orbe, quando promovido à categoria de mundo de regeneração, não continue com seus verões abrasadores e seus invernos glaciais; terremotos e maremotos; inundações e epidemias que ceifam milhares de vidas a cada ano, frustrando os esforços da Ciência.

Cremos que muitas mudanças estejam previstas para a Terra, no Grande Plano Cósmico em que ela está inserida.

Outrossim, Espíritos eminentes afirmam que, por pior que nos pareçam as turbulências da grande transição, tudo não passa de incidentes insignificantes e corriqueiros, já experimentados por inúmeras humanidades, em outros sistemas solares que se deslocam no Ilimitado, glorificando o Eterno Criador. Exemplo típico de tais acontecimentos encontra-se no livro A Caminho da Luz, ditado pelo Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, capítulo IX, item “Ainda as raças adâmicas”.

Intelectual à frente do moral

Recordemos a resposta à pergunta 780 de O Livro dos Espíritos: “O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual? – Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente”.

É o que ocorre na Terra: o assombroso avanço científico-tecnológico, com desprezo quase total pelo progresso moral, é a causa dos grandes males que afligem a Humanidade, e um dos mais gritantes sinais que reclamam mudanças rápidas e radicais.

Operações seletivas

Atentemos para as seguintes passagens do livro A Gênese, de Kardec, FEB, capítulo XVII, item 63:

“Tendo que reinar na Terra o bem, necessário é sejam dela excluídos os Espíritos endurecidos no mal e que possam acarretar-lhe perturbações. Deus permitiu que eles aí permanecessem o tempo de que precisavam para se melhorarem; mas, chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo substituí-los Espíritos melhores. Essa separação, a que Jesus presidirá, é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: ‘Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda’”.

E, no capítulo XI, item 36 do referido livro pode-se ler o seguinte:

“[...] Na destruição, que por essas catástrofes se verifica, de grande número de corpos, nada mais há do que rompimento de vestiduras; nenhum Espírito perece; eles apenas mudam de planos; em vez de partirem isoladamente, partem em bandos, essa a única diferença, visto que, ou por uma causa ou por outra, fatalmente têm que partir, cedo ou tarde”.

Ainda no item 37, do mesmo capítulo, a explicação é claríssima:

“[...] Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro, donde resulta a introdução, na população de um deles, de elementos inteiramente novos [...]”.

Em O Livro dos Espíritos temos a resposta à pergunta 737:

“Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores? – Para fazê-la progredir mais depressa [...] e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos”.

Contudo, não haverá fim de mundo, como muitos pensam. O fim será do império do mal. A esse respeito, vejamos o que nos afirma Emmanuel no capítulo XXV do seu livro A Caminho da Luz:

“[...] São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível”.

Jesus, nosso Governador Planetário, nos deixou, conforme capítulo 24, versículos 6, 7, 8 e 14, de Mateus, esta advertência:

“Porque ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; não vos perturbeis, porque importa que essas coisas aconteçam, mas ainda não é o fim.

Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino, e haverá pestilências, fome e terremotos em todos os lugares.

E todas essas coisas serão o princípio das dores.

Porque importa que este evangelho do Reino seja pregado a todas as criaturas, em testemunho a todas as gentes, para que então venha o fim”.

É claro, reiteramos, que o fim é do império do mal, que já está agonizando, porque atingiu seus limites de permanência no orbe terrestre.

Fonte: Reformador, ano 124, nº 2.133, dezembro de 2006, por Adolpho Marreiro Junior.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário