AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO XII – PERFEIÇÃO MORAL
As virtudes e os vícios
900. Aquele que
incessantemente acumula haveres, sem fazer o bem a quem quer que seja, achará
desculpa, que valha, na circunstância de acumular com o fito de maior soma
legar aos seus herdeiros?
“É
um compromisso com a consciência má.”
Compromisso
O ouro, em todos os tempos,
foi a arma mais poderosa que chegou às mãos dos homens. Ele está presente em
todos os movimentos humanos e é responsável pelos seus desregramentos, contudo,
ele é apenas instrumento. O comando nasce na alma que o faz ser benfeitor ou
malfeitor da sociedade. Em quase tudo, o dinheiro constitui o meio para a
realização dos ideais dos seres humanos.
Existem criaturas que acumulam fortunas para que seus herdeiros fiquem "bem" e mostrem aos outros a sua descendência. Esse é um mal em forma e aparência de bem. Aos pais foram dados esses meios para educar seus filhos, e o que sobrar, ajudar aos necessitados, aos famintos e nus.
Jesus nos mostrou o que
fazer com os bens materiais, fazendo Seus discípulos desprenderem-se do que
tinham, se desejassem segui-Lo. E ainda disse com veemência: "Dai a César
o que é de César e a Deus o que é de Deus". Por que prender-se aos bens
materiais, se a vida na Terra é breve? Ele mesmo disse: "E se amanhã o
Senhor chamar a tua alma, para quem fica?"
A melhor riqueza da vida são
as qualidades espirituais, as virtudes acumuladas. Mesmo assim, deves passá-las
para os outros em forma de exemplos, como sendo o amor, a verdade e a caridade.
Assim fazendo, a vida te compensará com o que deres aos famintos de justiça e
de paz.
Quem deseja acumular
riquezas materiais fica preso a elas, que nada lhe valerão no mundo da verdade.
Ainda mais, quando as leis se modificarem, de modo que não possamos mais
acumular riquezas quando na carne, o que faremos do dinheiro? A vida tem
mudanças constantes; isso é o progresso e existem muitos Espíritos chumbados
aos bens terrenos, presos a eles pela lei de atração, pensando e sentindo que é
seu patrimônio, sofrendo as consequências dessa prisão.
Por vezes, a reencarnação os
leva para outro extremo, para concretizar em seus destinos o desprendimento e
aprenderem como usar a economia de Deus. Quando a reencarnado faz justiça no
seu caminho e passam a sofrer o que fizeram, muitos têm pena dessas criaturas,
mas o Evangelho responde, na palavra de Jesus, anotada por Lucas, no capítulo
dezessete, versículo vinte e cinco:
Mas importa que primeiro ele
padeça muitas cousas e seja rejeitado por esta geração.
E acrescentamos, para que
aprendam a usar a economia divina que Deus pôs em suas mãos. A responsabilidade
é muito grande,. para quem se destina a ser tutor dos bens da vida. O
compromisso no bem é inspiração da luz, e quem não cumpre seu dever se encontra
norteado pelas trevas, padecendo as consequências do seu desleixo.
Cumpre entender,
principalmente os espíritas, a vida que flui de Deus, que usa seu instrumento
mais puro do mundo, que é Jesus. Certos compromissos são feitos pela má
consciência, nos fala "O Livro dos Espíritos". Se queres ser bem
orientado, busca a oração e não deixes de lado o Evangelho, para que não entres
em novas tentações.
Aquele que acumula haveres
sem os objetivos que a caridade inspira, está sujeito a voltar à Terra muitas
vezes, com fardos pesados e jugos de difícil suportação.
Tem cuidado com as riquezas;
aprende a conduzi-las sem que a usura te corrompa a fé, nem a fé se transforme
em egoísmo, querendo somente o teu bem-estar e o dos teus. A economia divina é
de Deus, consequentemente, patrimônio comum a todos os seres. O apego
representa cadeia da qual o coração demora a se livrar e a consciência sofre o
magnetismo tisnado no mau comportamento.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário