ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
I – PENAS E GOZOS TERRESTRES
Temor
da morte
942. Pessoas não haverá que
achem um tanto banais esses conselhos para ser-se feliz na Terra; que neles
vejam o que chamam lugares comuns, repetidas verdades; e que digam, que, afinal,
o segredo para ser-se feliz consiste em saber cada um suportar a sua desgraça?
“Há
as que isso dizem e em grande número. Mas, muitas se parecem com certos doentes
a quem o médico prescreve a dieta; desejariam curar-se sem remédios e continuando
a apanhar indigestões.”
Ser feliz na terra
A felicidade das criaturas
já começou, e ela se nos mostra pela consciência da vida que todos temos. Já
pensaste nos dons aflorados que temos? Vejamos os nossos sentidos: eles crescem
como plantas de Deus, fecundando valores e fazendo estender como promessas nos
nossos caminhos, a felicidade que temos de pensar, de criar imagens, a
faculdade de falar, dom maravilhoso que Jesus usava dando vida a todas as
criaturas, o sentido da audição, das sensibilidades e da capacidade de amar. E
nesta sequencia, pode-se notar os princípios da felicidade que avançam em todas
as direções, a nos dar a esperança do céu que não se encontra longe da
consciência. O que se deseja mais?
A felicidade completa virá somente depois; ela é a soma de todas as outras, que deverão cada vez mais aumentar e iluminar-se com a presença de Jesus no coração da alma. Todos falam em felicidade e verdadeiramente aspiram a este estado d'alma, no entanto, é como o enfermo que almeja recuperar a saúde, mas que não se esforça para tomar o medicamento que o conduzirá à cura.
O Espiritismo com Jesus nos
mostra os caminhos grandiosos, de modo a conquistarmos os passos da felicidade
real. Porém, a demora faz os menos avisados esmorecerem nos caminhos, mas Deus
não se aborrece com Seus filhos. Ele nos dá novas oportunidades, que serão
reconhecidas pelo tempo, de modo a nos erguermos para cima e para o alto à
procura desta paz tão falada e vivida por certos Espíritos.
Existe a felicidade, no
entanto, é preciso que nos esforcemos no campo da conquista espiritual e, se
todos somos irmãos, os que já se encontram nos "campos elísios",
respirando no clima do amor, sabem que os que se encontram na retaguarda, algum
dia chegarão lá, pelos mesmos processos que eles enfrentaram. Somente o amor
conduz o Espírito a estas estâncias de luz, que se encontram primeiramente na
consciência, refletindo no coração. A demora da humanidade em reconhecer o céu
na própria intimidade é falta de maturidade, que deverá chegar pela força do
tempo, e a mestra infalível se chama dor.
Eu vim em nome de meu Pai e
não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, certamente o recebereis.
(João, 5:43)
A ignorância promove a troca
dos valores, e nesta troca a alma irá despertar pelos sofrimentos e surgirá a
maturidade espiritual na cidade dos sentimentos. Estás sendo chamado pelo
Cristo de Deus. As vozes dos que já partiram para o mundo espiritual se fazem
ouvir em todas as nações, de formas diferentes, mas, com o mesmo objetivo, o de
acordar consciências. Estamos presentes, dizendo que a morte morreu, e que
somente existe a vida!
A humanidade se encontra
enferma e ainda não descobriu o verdadeiro remédio, usando, por enquanto, só
paliativos, na forma de xaropes e unguentos, para depois dar atenção à
verdadeira cura pelo Evangelho de Jesus. A Doutrina dos Espíritos, pelos
agentes de Deus, que são os Espíritos, manifesta-se coletivamente, tocando a
canção da vida, da vida eterna, levando os homens a crerem na continuação da
vida depois do túmulo, na reencarnação e na força que a caridade tem de salvar.
É Jesus descendo das alturas, sorrindo e dizendo novamente: "- A paz seja
convosco; vinde a mim, todos vós que sofreis".
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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