ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
I – PENAS E GOZOS TERRESTRES
Desgosto
da vida. Suicídio
950. Que pensar daquele que
se mata, na esperança de chegar mais depressa a uma vida melhor?
“Outra
loucura! Que faça o bem e mais cedo estará de lá chegar, pois, matando-se,
retarda a sua entrada num mundo melhor e terá que pedir lhe seja permitido
voltar, para concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma ideia falsa.
Uma falta, seja qual for, jamais abre a ninguém o santuário dos eleitos.”
Busca de uma vida melhor
Outra loucura no campo do
suicídio, é planejar tirar a vida física para ingressar no reino do Espírito e
ficar livre das tribulações, a que ora se encontra preso. Isto é desconhecer
que todas as tribulações acompanham a alma onde quer que seja. Somente o que
levamos, o que conosco atravessa os portais do túmulo, é o que somos.
A nossa paz de consciência somente adquirimos pelos processos da caridade bem conduzida, aquela caridade que o amor inspira. Aos espíritas, principalmente a eles, estamos escrevendo, acentuando verdades mais elevadas, por estarem preparados para ouvir-nos. Os clarins tocam, traduzindo chamados, e mostrando que são escolhidos para as reformas indispensáveis dos sentimentos, de modo que os pensamentos sejam educados, na educação que o Evangelho nos mostra e que sejamos instruídos no mesmo ritmo do amor.
Não deves querer sair do
problema pela violência contra ti mesmo; a solução deles está em enfrentá-los e
Jesus nos ensinou como fazê-lo: procurar trabalhar com honestidade, ante o
inimigo perdoar as ofensas, limpar o coração dos ressentimentos, esquecer o
orgulho e o egoísmo. Nesta sequencia, podes seguir, que o Cristo te dirigirá.
Alimenta a alegria pura e
faze dos lábios portais por onde devem passar sons de harmonia, em consonância
com o universo. Mesmo que apliques toda a sabedoria, incorrendo em uma falta,
ela nunca abre caminho para a região dos eleitos, onde a vida lhes ofertou a
paz, pelo tempo e pelos esforços conjugados com a fé e o amor...
Mas Jesus disse à mulher:
A tua fé te salvou; vai-te
em paz. (Lucas, 7:50)
Alimenta a tua fé, que ela
te salvará na presença de Jesus Cristo, de todas as loucuras que possam chegar
a ti pelo desespero. O Mestre dirige inúmeros agentes de luz que fazem a Sua
vontade, para que o amor seja conhecido e a paz instalada na consciência, no
entanto, é preciso a tua cooperação nas conquistas da própria harmonia.
O suicídio causa muitos
transtornos imprevisíveis, capazes de levar o Espírito a pedir para voltar à
Terra em situações piores do que se encontrava antes. Pode-se pensar melhor e
se livrar pela fé desses caminhos de tribulações. Ajuda a quem está à beira do
suicídio, a erguer-se para a realidade, que estarás plantando a tua própria
paz. Estuda as experiências dos outros, e não passes pelos mesmos caminhos do
desleixo às leis naturais que garantem a vida. Busca a esperança em Jesus e
educa os sentimentos no código sublime que Ele nos doou, pelos fios da
mediunidade dos Seus discípulos, alcançando a alegria e a paz de consciência.
Busquemos a vida, porque com Jesus a morte morreu.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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