AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO XII – PERFEIÇÃO MORAL
O egoísmo
914. Fundando-se o egoísmo
no sentimento do interesse pessoal, bem difícil parece extirpá-lo inteiramente
do coração humano. Chegar-se-á a consegui-lo?
“À
medida que os homens se instruem acerca das coisas espirituais, menos valor dão
às coisas materiais. Depois, necessário é que se reformem as instituições
humanas que o entretêm e excitam. Isso depende da educação.”
Ainda o egoísmo
O egoísmo pode chegar a
certa profundidade no coração humano, capaz de dominar completamente a alma, no
entanto, é um domínio transitório, pois o tempo fará com que ele desapareça do
ambiente da sociedade. A maturidade espiritual nos leva ao conhecimento das
suas desastrosas operações. Sua influência é negativa, e com isso o amor vai
ganhando terreno na consciência, mostrando--nos o raciocínio que não convém
alimentá-lo por mais tempo.
Todo egoísta é um sofredor, por desarmonizar as fibras mais íntimas do seu coração, deixando a consciência em estado de calamidade. Se escrevemos ainda sobre o egoísmo, é por saber que ele destrói todas as possibilidades de a alma ser útil aos seus semelhantes.
Reafirmamos que todos os
egoístas são sofredores em todas as suas ações, e comumente, padecem de
enfermidades espirituais. Procuremos, pois, trabalhar com boa vontade, para
extirpar tal defeito do nosso ambiente de vida, que a vida tornar-se-á mais
feliz, cheia de tranquilidade.
À medida que os homens se
instruem, todos os impedimentos materiais vão se afastando como por encanto. A
vida do Espírito busca por intuição as coisas melhores, e o amor e a caridade
se tornarão mais visíveis nos seus caminhos.
As reencarnações sucessivas
fazem somar muitas qualidades, de modo a retirar dos nossos caminhos o egoísmo,
chaga da humanidade, que traz em seu roteiro todo o mal que se possa pensar.
Para identificar o grau de egoísmo que possuímos, basta analisar nossa vida, na
obediência cristã e meditar nas palavras do Mestre, anotadas por Mateus, no
capítulo sete, versículo dezesseis, nesta referência:
Pelos seus frutos os
conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas em espinheiros ou figos dos abrolhos?
Pelas nossas ações no
dia-a-dia, saberemos o grau de egoísmo que impere em nossos corações. O egoísta
somente deseja tudo de bom para si mesmo. Se procuras o caminho do
desprendimento, se a renúncia é o teu caminho, certamente que te encontras
livre do egoísmo. Procura unir-te a Jesus, absorvendo Seus preceitos que, com o
Mestre dos mestres, a tua vida tornar-se-á livre do orgulho e desconhecida do
egoísmo.
A Doutrina dos Espíritos
fala na educação das criaturas e na instrução de todos os povos, porque é desta
maneira que a humanidade ficará livre de todas as chagas inferiores e de todas
as paixões que a fazem sofrer. Trabalhemos para aumentar o nosso celeiro de
virtudes espirituais; quanto mais aquisição, mais luz e mais Deus na nossa
consciência.
A educação dos seres humanos
remove a atmosfera pesada que o ódio é capaz de acumular, dispersa o ambiente
do egoísmo e cessa a violência em todas as suas formas.
Já falamos muito, e em
outras páginas, sobre o orgulho e o egoísmo, e devemos falar mais e falar
sempre, para que se tenha consciência dos deveres acerca destes entraves dos
bons sentimentos. Avancemos com todas as nossas forças na conquista do bem, que
esse bem nos livrará de todo o mal.
Fonte:
O livro dos Espíritos.
Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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