ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
I – PENAS E GOZOS TERRESTRES
Desgosto
da vida. Suicídio
945. Que se deve pensar do
suicídio que tem como causa o desgosto da vida?
“Insensatos!
Por que não trabalhavam? A existência não lhes teria sido tão pesada.”
Insensatez
Aquele que se suicida
desconhece o verdadeiro objetivo da vida, desconhece por completo a
imortalidade de todas as faculdades existentes no centro do seu ser. Ele
comunga com o mal, por ignorância, para aprender o valor do bem.
O despertamento vem passo a
passo e se Deus não tem pressa é com o objetivo de instruir e ensinar o amor
aos Seus filhos do coração. Ao Espírito que tem ocupações, principalmente no
bem comum, não lhe sobra tempo para maus pensamentos. O trabalho o livra dessas
insinuações inferiores, e mesmo das paixões menos dignas que podem aparecer em
seus caminhos.
Procuremos entender a vida, primeiramente a do corpo físico, que se encontra .interligada com o Espírito, de quem é continuação. Não existem divisões no amplo discernimento dos benfeitores espirituais.
Tudo vem de Deus e Ele está
em tudo, pelos meios que Lhe são próprios. A criatura não pode ficar sempre na
cama esperando que Deus a abasteça de todo o necessário; a sua parte, ela
haverá de fazer, e ainda com habilidade João nos dá informações acerca disso,
de que deve a criatura andar para garantir a sua estabilidade espiritual e
mesmo física.
Imediatamente o homem se viu
curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. (João, 5:9)
Jesus, ao curar aquele
homem, disse-lhe: "Levanta-te, toma teu leito e anda", como a lhe
dizer: sai do teu leito de ociosidade e sai a caminhar em busca do teu destino.
Não peques mais, para que não te suceda coisa pior.
O que Jesus espera de nós, é
que busquemos curar a nós mesmos. Somente policiamos nossos pensamentos, dando
a eles vigor espiritual, pelo que fazemos de bom. Depois da vontade de Deus, a
conquista é nossa, em tudo o que realizamos. Quando rogamos ao Pai para não nos
deixar cair em tentações, é pedindo a Ele inspiração para o trabalho honesto, e
ela vem constantemente, mas o trabalhar é nossa parte. Somente sorvemos a vida
de Deus, no exercício da caridade, que se divide em maneiras diversas nos
caminhos dos Espíritos.
Existe o suicídio lento,
igualmente, que deve ser combatido, e que vem pelos processos da alimentação
desregrada e pelos vícios materiais e mentais. É um aspecto que não deve passar
desapercebido pelo homem de bem, aquele que já conhece um pouco das verdades
espirituais.
Por que desejar cortar um
fio de vida que Deus ligou à carne para o nosso bem? Reforcemo-lo, pois quanto
mais se vive nos caminhos da carne, mais experiências se acumulam, quanto mais
experiências acumuladas, mais se aproxima da libertação espiritual.
Não te iludas com falsas ideias
de libertação com o cortar o fio da vida. O que Deus faz é a realidade e mão
humana nenhuma pode destruir. Procura cuidar do teu corpo, usando a tua
inteligência para te sentires melhor, porque todo esforço é contado na escrita
de Deus e Ele te dá a ajuda correspondente.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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