AS
LEIS MORAIS
CAPÍTULO XII – PERFEIÇÃO MORAL
As virtudes e os vícios
906. Será passível de
censura o homem, por ter consciência do bem que faz e por confessá-lo a si mesmo?
“Pois
que pode ter consciência do mal que pratica, do bem igualmente deve tê-la, a
fim de saber se andou bem ou mal. Pesando todos os seus atos na balança da lei
de Deus e, sobretudo, na lei de justiça, amor e caridade, é que poderá dizer a
si mesmo se suas obras são boas ou más, que as poderá aprovar ou desaprovar.
Não se lhe pode, portanto, censurar que reconheça haver triunfado dos maus
pendores e que se sinta satisfeito, desde que de tal não se envaideça, porque
então cairia noutra falta.” (919)
Consciência do bem
A consciência do bem, todos
devemos tê-la, sentir o bem que fazemos, porque desta maneira passamos a
conhecer a nós mesmos e deixamos de fazer o mal, que às vezes praticamos. Não é
censurado à criatura que ela examine a si mesma, no que se encontra fazendo.
Cada pessoa é um mundo, onde o comandante é a alma. Certamente que é preciso que conheçamos a nós mesmos, para que possamos escolher com maior entendimento o que é melhor para nós. O que não é certo, é divulgar o bem que se faz, ou se pretende realizar. Esse anúncio faz crescer a vaidade e o orgulho, bem como é capaz de nutrir certas paixões que estejam ligadas ao egoísmo e, ainda mais, à fascinação por si mesmo.
"O Livro dos
Espíritos" é uma obra basilar, na qual todos os espíritas devem se
inspirar, igualmente enriquecendo os conhecimentos no tocante à verdade. O que
escrevemos sobre o Espiritismo não é influência dos homens, mas das leis de
Deus que descobrimos em toda a natureza divina, que se apresenta na natureza
humana.
Aos espíritas, falamos que
não se deixem ser envolvidos nas paixões inferiores. O tempo já passou e
estamos em época de reajuste espiritual, de crescimento d'alma para ficarmos em
comunhão com Jesus Cristo, o nosso diretor espiritual que caminha conosco desde
o princípio de todas as coisas.
Compete ao homem conhecer a
si mesmo, principalmente nesta fase em que se encontra, de tanta teoria, para
tomar as decisões que lhe cabem para direcionar a vida e compreender a verdade
que liberta e que ilumina a alma.
Devemos fazer todo esse
trabalho interno, não somente para nós, mas principalmente para servir de
exemplo vivo para todos os povos. É preciso investir nas almas nossas irmãs, e
não nas coisas. Vejamos o que João nos fala neste sentido, místico, mas eficaz:
E não somente pela nação,
mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos.
(João, 11:52)
O dever do homem de bem é
trabalhar para reunir os filhos de Deus que se encontram dispersos pelo mundo
afora, e que somente uma força poderosa pode e tem o poder de unir em família:
é o amor.
Devemos conhecer o bem e os
seus fundamentos, e o mal, no que ele é. Desta maneira, entreguemo-nos à
caridade, em todas as suas vantagens internas, criando dentro d'alma uma luz
própria e uma vida feliz, capaz de mostrar Deus no coração e Cristo na
consciência, ativando todas as qualidades superiores nos caminhos que
pretendemos trilhar. Caímos por vezes em muitas faltas, por desconhecermos o
mal que as atitudes errôneas nos causam. Ter consciência de tudo nos faz melhor
escolher as nossas atitudes.
A Terra está passando por
momentos decisivos. Em todas as nações, muitos pensam o contrário, por serem
cegos que às vezes guiam cegos. Estamos diante de perigos iminentes em muitos
campos de trabalho, mas Deus está vendo tudo e registrando todos os
acontecimentos. Ele é todo Justiça e ninguém destrói a Sua obra.
Ele sabe o que fazer no
momento certo.
O que devemos despertar em
nós com urgência é o conhecimento das leis naturais e torná-las como indicação
para a nossa viagem na vida. Os conscientes das verdades ficarão livres do
tribunal da própria consciência.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita. Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10 volumes.
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