As guerras desaparecerão
certamente da face da Terra, quando os homens nela estagiados compreenderem o
amor e passarem a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmos. Esse dia deve chegar pelo somatório de todos os esforços das almas de
boa vontade. é o mar de virtudes que está surgindo gota a gota e a esperança
nos faz sentir a sua realidade.
Devemos anotar um trecho de
"O Livro dos Espíritos", nos Prolegômenos, que diz:
A
vaidade de certos homens, que julgam saber tudo e tudo querem explicar a seu
modo, dará nascimento a opiniões dissidentes. Mas, todos que tiverem em vista o
grande princípio de Jesus, se confundirão num só sentimento: o do amor do bem e
se unirão por um laço fraterno, que prenderá o mundo inteiro.
Quando os homens chegarem a
esse tempo, não existirão mais guerras, nem discórdia entre os povos. A força
que deverá unir todos os povos é a força do Amor. É nesse empenho que se
encontra a Doutrina dos Espíritos, mostrando a todos os povos, de todas as
nações do mundo, que somente o Cristo de Deus tem condições de ajudar a
estabelecer a paz no mundo, porque as formas, que são inúmeras, dos seres
humanos se modificarem e reencontrarem o paraíso perdido, estão dentro de cada
um.
Quem ainda não encontrou o céu dentro de si, que o procure, pois ele não se encontra em outro lugar. Por enquanto, mesmo os homens que são pastores de ovelhas, ainda carecem das bênçãos da vivência do que pregar, porque somente vivendo o amor é que poderão dirigir os que os acompanham para a libertação espiritual.
Mateus, no capítulo vinte e
três, versículo três, anotou, reforçando o que queremos dizer:
Fazei
e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém, não os imiteis nas suas
obras, porque dizem e a não fazem.
Eis porque a situação na
Terra se encontra calamitosa, por existirem muitos pretensos da verdade; no
entanto, na hora de eles mesmo darem prova desta verdade que pregam, eles não o
fazem, e a pregação mais eficiente é quando se estende pelo exemplo.
Da face da Terra as guerras
desaparecerão, mas só quando os homens limparem o interior dos sentimentos
inferiores, quando as paixões deixarem de existir, quando todos os seres
respeitarem a lei de justiça, para que o amor possa se estender e dominar todos
os corações. As guerras têm utilidade para os seres inferiores; para os que já
aprenderam a lição do sofrimento, elas não têm mais razão de ser.
A conjunção da verdade vai entrar em completa conexão com o amor, e as almas que trabalharam para tal advento, essas herdarão a Terra, quando o paraíso interior dos Espíritos deverá refletir para fora, em tudo o que se expressar no mundo. Aí, os seres humanos passarão a beber o Evangelho na água que mata a sede, nos alimentos que matam a fome, e no próprio ar que lhes dá a vida. A Boa Nova do Cristo se abrirá como uma bandeira na própria natureza, mostrando que serviu de canal para a libertação de todas as criaturas de Deus. Em vez de guerras, só haverá paz.
Fonte:
Filosofia espírita, psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Editora Espírita Fonte Viva. BH, volume 15 e 16, pág. 84.
Nenhum comentário:
Postar um comentário