A ressurreição de Jesus. Visita de Maria
Madalena e das outras mulheres ao sepulcro. A pedra que lhe fechava a entrada é
encontrada com os selos partidos e derribada. Aparição dos anjos às mulheres.
Aparição de Jesus a Maria e às outras mulheres. Narrativa que estas fazem aos
discípulos. O sepulcro
(Mateus,
28:1-15; Marcos, 16:1-11; João, 20:1-18)
1.
Mas, no primeiro dia da semana, foram elas muito cedo ao sepulcro, levando os
aromas que haviam preparado. 2. E encontraram removida a pedra que fora
colocada à entrada do sepulcro. 3. E. Entraram em seguida neste e lá não
acharam mais o corpo do Senhor Jesus. 4. E como diante disso ficassem
consternadas, eis que lhes surgiram dois homens vestidos de refulgentes
roupagens. 5. Mostrando-se elas amedrontadas, a olhar para o chão,
disseram-lhes eles: Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo? 6.
Ele não está aqui; ressuscitou. Lembrai-vos do que vos declarou, quando ainda
se achava na Galiléia, 7, dizendo: Cumpre que o filho do homem seja entregue As
mãos dos pecadores, seja crucificado e ressuscite ao terceiro dia. 8. Elas
então se lembraram das palavras de Jesus. 9. Ao voltarem do sepulcro, referiram
tudo isso aos onze apóstolos e a todas as demais pessoas. 10. As que narraram
todas essas coisas aos apóstolos eram Maria Madalena, Joana, Maria mãe de Tiago
e as Outras que com essas estavam. 11. Aos apóstolos, porém, o que elas diziam
se afigurou um devaneio e não lhes deram crédito. 12. Pedro, entretanto, se
levantou e correu ao sepulcro e, abaixando-se, só viu o lençol no chão. Voltou,
maravilhado do que sucedera.
As narrativas de Mateus,
Marcos e Lucas, confrontadas com a de João (capítulo 20, versículos 1 ao 18),
da qual não devem ser separadas, reciprocamente se completam, pois que a cada
Evangelista coube, segundo as vistas do Alto, uma parte especial da narração
completa, que todos fizeram.
Daí resulta que, coordenando-se as quatro narrativas, os fatos vêm a ficar estabelecidos de modo integral, assim no conjunto, como nos detalhes.
Ao que todos então
acreditavam, como cumpria acontecesse, pelos motivos já expendidos, Jesus se
achava revestido de um invólucro material humano, tal qual os nossos, de sorte
que, também na opinião de todos, sofrera morte real, como a sofremos.
A presença das mulheres no
sepulcro era esperada e o embalsamento do corpo, sobre o qual iam derramar
perfumes, tinha que se efetuar, logo que despontasse o Sol no primeiro dia da
semana por vir. (MARCOS, capítulo 16, versículo 1; LUCAS, capítulo 23,
versículos 55 e 56.)
Passando o dia de sábado.
Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e de Salomé, Joana e as outras que a elas
andavam juntas partiram alta madrugada e chegaram ao sepulcro ao nascer do Sol,
levando os aromas que haviam comprado e preparado para o embalsamento do corpo
de Jesus.
Diziam entre si: “Quem nos
tirará a pedra da entrada do sepulcro?“ (MARCOS, capítulo 16, versículo 3.)
De repente um grande
terremoto se fez sentir e no mesmo instante a pedra que fechava a entrada do
sepulcro foi atirada para o lado, enchendo-se os guardas de tal pavor, que
ficaram como mortos. Então, as mulheres viram (elas e não os guardas, pois só
elas eram médiuns videntes e, além disso, audientes) um anjo do Senhor (um
Espírito superior), cujo semblante resplandecia qual relâmpago e cujas vestes
eram alvas como a neve, que, tendo descido do céu, se assentara sobre a pedra
por ele removida do lugar. É o que as narrações de Marcos, Lucas e João,
incompletas pela omissão dos pormenores, referem dizendo: “que Maria Madalena e
Maria, mãe de Tiago e de Salomé, olhando, deram com a pedra, que era muito
grande, já removida”. (MARCOS, capítulo 16, versículo 4); “que as mulheres
encontraram removida a pedra que fora colocada à entrada do sepulcro” (LUCAS,
capítulo 24, versículo 2); “que Maria Madalena viu que a pedra fora tirada do
sepulcro”. (JOÃO, capítulo 20, versículo 1.)
O anjo, dirigindo-se às
mulheres, disse: Vós outras nada temais, porquanto sei que procurais a Jesus,
que foi crucificado. Ele aqui não está, pois que ressuscitou como o dissera.
Vinde e vede o Lugar onde o Senhor fora colocado. Dai-vos pressa de ir dizer a
seus discípulos que o Mestre ressuscitou. Ele vos precederá na Galiléia; lá o
vereis, eu vo-lo predigo. (Versículos 5, 6 e 7.) Entrando no sepulcro (com o
anjo que lhes acabara de falar), viram elas outro anjo (um Espírito), que
tomaram por um mancebo, sentado do lado direito do sepulcro, envolto em alvo
manto, e ficaram muito espantadas. (MARCOS, capítulo 16, versículo 5.)
Foram esses dois anjos ou
Espíritos que, perturbadas, elas tomaram por dois homens. (LUCAS, capítulo 24,
versículos 3 e 4.)
Tendo penetrado no sepulcro,
não acharam lá o corpo do Senhor Jesus, o que lhes causou grande consternação.
E como, por efeito do medo que de todas se apoderou, ficaram imóveis a olhar
para o chão, os dois anjos (ou Espíritos) lhes disseram: “Por que procurais
entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui; ressuscitou.
Lembrai-vos do que vos declarou quando ainda se achava na Galiléia, dizendo:
Cumpre que o filho do homem seja entregue às mãos dos pecadores, seja
crucificado e ressuscite ao terceiro dia”. Elas então se lembraram das palavras
de Jesus. (LUCAS, capítulo 24, versículos 3 ao 8.) O anjo que estava sentado à
direita do sepulcro lhes disse: “Não vos assusteis. Buscais a Jesus de Nazaré,
que foi crucificado; Ele ressuscitou; não está aqui; vede o lugar onde o
puseram. Mas, ide dizer a seus discípulos e a Pedro que Ele vos precederá na
Galiléia. Lá o vereis, conforme o disse. (MARCOS, capítulo 16, versículos 6 e
7.)
Elas saíram imediatamente do
sepulcro, amedrontadas, mas, ao mesmo tempo, cheias de contentamento, e
fugiram. Nada a ninguém disseram, tal o pavor de que se achavam possuídas.
Correram a noticiar, a contar tudo aquilo aos discípulos, aos onze apóstolos e
a todas as demais pessoas.
Maria Madalena, Joana, Maria
mãe de Tiago e as outras que com estas andavam é que referiram todos aqueles
fatos aos apóstolos. (LUCAS, capítulo 24, versículo 10.) Para fazerem a narrativa,
separaram-se, tomando diversas direções. Maria Madalena saiu a correr e foi ter
com Simão Pedro e com o outro discípulo a quem Jesus amava e lhes disse: (pois
que ela ainda duvidava): Roubaram do sepulcro o Senhor e não sabemos onde o
puseram. Imediatamente, Pedro e o outro discípulo (João) saíram e foram ao
sepulcro, ambos a correr, O outro discípulo, porém, correndo mais do que Pedro,
chegou primeiro. Abaixou-se e viu no chão o lençol, mas não entrou. Chegou daí
a pouco Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro. Viu o lençol que lá
estava, bem como o sudário, que, entretanto, não se achava junto com o lençol e
sim dobrado a um canto. Então, o outro discípulo, que primeiro chegara, entrou
também, viu e acreditou. Em seguida, ambos voltaram para casa. (JOÃO, capítulo
20, versículos 2 ao 10.)
Jesus, que ressuscitara de
manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena,
da qual expulsara sete demônios. (MARCOS, capítulo 16, versículo 9.)
Tendo ido levar a notícia
dessa aparição de Jesus aos que com ele haviam andado, então aflitos e chorosos
(MARCOS, capítulo 16, versículo 10), Maria Madalena, que se separara das outras
mulheres para correr em busca de Pedro e de João, as encontrara de novo. E eis
que Jesus lhes surgiu pela frente e disse: Salve!
Elas se aproximaram dele, abraçaram-se-lhe aos pés e o adoraram.
Disse-lhes então Jesus:
“Nada tentais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galiléia, que lá me
verão”.
A esse tempo, alguns dos
guardas foram à cidade e referiram aos príncipes dos sacerdotes o que sucedera.
Estes se reuniram em conselho com os anciães e deram grande soma de dinheiro
aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: “Seus discípulos vieram durante
a noite e o roubaram, enquanto dormíamos”. Os soldados receberam o dinheiro e
fizeram o que lhes tinha sido recomendado. E, até hoje, essa versão, que então
se espalhou, tem curso entre os Judeus.
Tal é, coordenados os
diversos fatos que cada Evangelista relatou isoladamente, a narração completa
do que então ocorreu.
Quanto à explicação
particularizada de todas as ocorrências que se verificaram, ela se apresenta
completa, uma vez que se admita a natureza extra-humana, fluídica, do corpo com
que Jesus desempenhou a sua missão, corpo celeste e não terrestre, e uma vez
que também se admita a mediunidade sob todas as modalidades que comporta.
Admitidas uma e outra coisa, vê-se que todos os fatos, cuja narrativa integral
se acaba de ler, se produziram em absoluta conformidade com as leis naturais,
imutáveis e eternas porque divinas, estabelecidas desde toda a eternidade. Se
assim não foram, impossível seria que o cadáver houvesse desaparecido do
sepulcro, a não ser por meio de um roubo, hipótese que a atitude assumida pelos
Judeus e as circunstâncias que cercaram o sepultamento do Mestre demonstram
inadmissível, desde que essa atitude e essas circunstâncias sejam devidamente
apreciadas. E basta isso para tornar absurda a corporeidade humana de Jesus
Aparição de Jesus aos dois discípulos
que iam para a aldeia de Emaús. Jesus, estando com eles à mesa, lhes desaparece
das vistas
(Marcos,
16:12,13)
13.
No mesmo dia, iam dois deles a caminho de uma aldeia chamada Emaús, distante de
Jerusalém sessenta estádios (5). 14, iam falando um com o outro de tudo o que
se tinha passado. 15. Aconteceu que, indo os dois assim a conversar e discutir,
Jesus se aproximou deles e os foi acompanhando. 16. Mas os olhos de ambos foram
como que fechados a fim de o não poderem reconhecer. 17. E Jesus lhes
perguntou: De que ides falando um com o outro a Caminhar e por que estais
tristes? 18. Um deles, chamado Cleopas, respondeu: Serás tu o único forasteiro
em Jerusalém que não saiba o que ali se tem dado nestes dias? 19. Jesus
retrucou: Que foi? Eles responderam: O que sucedeu a Jesus de Nazaré, que foi
um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo, 20, e
de que maneira os príncipes dos sacerdotes e os anciães o entregaram para ser
condenado à morte e o crucificaram? 21. Ora, nós esperávamos fosse ele quem
resgatasse Israel; entretanto, já hoje é o terceiro dia depois que todas essas
coisas se deram. 22. Verdade é que algumas mulheres, das que conosco estavam,
nos encheram de espanto, porque, tendo Ido de madrugada ao sepulcro, 23,
voltaram dizendo não terem achado o seu corpo e terem visto anjos que lhes
disseram estar ele vivo. 24. Alguns dos nossos também foram ao sepulcro e
acharam que era assim como as mulheres haviam dito, mas a ele não o
encontraram. 25. Exclamou então Jesus; Oh! Estultos e de corações tardos em
crer tudo que os profetas anunciaram! 26. Não importava que o Cristo sofresse
todas essas coisas e assim entrasse na sua glória? 27. E, a começar de Moisés,
referiu-se a todos os profetas, explicando-lhes o que dele se achava dito em
todas as escrituras. 28. Ao aproximarem-se da aldeia para onde se dirigiam, deu
ele a perceber que ia para mais longe. 29. Os dois, porém, o constrangeram a
parar ali, dizendo: Fica conosco, pois que é tarde, o dia já vai declinando.
Jesus entrou com eles. 30. Estando os três à mesa, Jesus tomou do pão,
abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu. 31. Nesse momento os olhos se lhes
abriram e ambos o reconheceram. Logo, porém, ele desapareceu de suas vistas. 32.
Um ao outro disseram então: Não é que se nos abrasavam os corações quando ele
nos vinha falando pelo caminho, a nos explicar as escrituras? 33. No mesmo
instante ergueram-se, voltaram para Jerusalém e foram ter com os onze apóstolos
que se achavam reunidos, juntamente com os que os acompanhavam. 34. E disseram:
Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão. 35. E narraram o que lhes
sucedeu em caminho e como o tinham reconhecido quando ele partia o pão.
A aparição de Jesus aos dois
discípulos, que eram, inconscientemente, médiuns videntes e audientes, foi
visível, tangível e audível.
A ciência espírita nos
faculta elementos para tudo compreendermos e explicarmos a esse respeito.
Versículo 26: Não importava
que o Cristo sofresse todas essas coisas e assim entrasse na sua glória? Aludia
deste modo Jesus à natureza humana que lhe atribuíam, como era necessário que
acontecesse, para que a sua missão desse frutos desde logo.
Versículo 28: Ao
aproximarem-se da aldeia para onde se dirigiam, deu Ele a perceber que ia para
mais longe. Dando a perceber que ia mais longe, o Mestre pôs em prova a
caridade deles para com um desconhecido que a noite surpreenderia em viagem.
Assim, houve no fato uma lição e um exemplo dados aos homens. Tudo o mais se
explica pela natureza fluídica do corpo do Senhor e pelo seu poder magnético.
(5) O estádio era uma medida
itinerária de 185 metros.
Aparição de Jesus aos apóstolos
(Marcos,
16:14; João, 20:19-30)
36.
Quando ainda falavam desses fatos, Jesus se apresentou no meio deles e lhes
disse: A paz seja convosco; sou eu; não temais. 37. Eles, porém, espantados e
perturbados, Imaginavam estar vendo um Espírito. 38. Disse-lhe então Jesus: Por
que vos turbais e se levantam tantas dúvidas em vossos corações? 39. Vede
minhas mãos e meus pés e reconhecei que sou eu mesmo, apalpai-me e lembrai-vos
de que um Espírito não tem carne, nem ossos como vedes que tenho. 40. E,
dizendo isso, lhes mostrou as mãos e os pés. 41. Como, todavia, ainda não
acreditassem, tantos eram neles a alegria e o espanto, Jesus lhes perguntou:
Tendes aqui alguma coisa que se possa comer? 42. Apresentaram-lhe um pedaço de
peixe assado e um favo de mel. 43. Ele comeu diante de todos e, pegando do que
sobrara, lhes deu; 44, dizendo: Lembrai-vos de que, quando ainda estava
convosco, eu vos disse ser necessário se cumprisse tudo quanto de mim fora
escrito na lei de Moisés, nas profecias e nos Salmos. 45. No mesmo instante
lhes abriu o espírito, a fim de que compreendessem as Escrituras. 46. E lhes
disse: Assim é que, estando isso escrito, importava que o Cristo sofresse e
ressuscitasse dentre os mortos ao terceiro dia; 47, e que em seu nome se
pregasse a penitência e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por
Jerusalém. 48. Ora, sois testemunhas destas coisas. 49. Vou mandar-vos o dom de
meu Pai, que vos foi prometido; permanecei, entretanto, na cidade, até que
sejais revestidos do poder do alto.
Jesus, conforme se vê, para
deixar nos homens a impressão de que Ele era um homem como os demais, forneceu
a seus discípulos todas as provas necessárias, inclusive a de tomar alimentos.
Se se houvera mostrado tal qual era, que de explicações não fora preciso dar e
quais não teriam sido as consequências! Que arma perigosa não viera a ser nas
mãos dos homens de então a ciência espírita, da qual nós mesmos ainda tão
triste uso fazemos? Preciso era fosse cega a fé, até que os olhos da alma se
tornassem bastante fortes a poderem abrir-se para a luz.
Aqui, como em todos os casos
idênticos, as narrações evangélicas se explicam e completam reciprocamente.
Uma circunstância devemos
notar: que Jesus se apresentou no meio dos discípulos, estando eles reunidos a
portas fechadas, de medo dos Judeus (João, 20:19). Quer dizer que ali penetrou
com o seu corpo fluídico, tal qual sucede nos casos de aparição de um Espírito
qualquer, dando a esse corpo a tangibilidade, no momento mesmo em que o tornou
visível. Paz seja convosco, disse, não temais. Ignorando, porém, a existência
da tangibilidade e suas causas, os discípulos se espantaram e amedrontaram,
supondo tratar-se de uma aparição, coisa de que tinham conhecimento. Tão
alheios se achavam à verdadeira natureza de Jesus, que Tomé só se convenceu de
que o Mestre reaparecera, quando pôde verificá-lo com seus próprios olhos.
Vou mandar-vos o dom de meu pai, que vos foi prometido. Prevenia-os assim o Mestre, veladamente, de que lhes enviaria em breve, sob a forma visível de línguas de fogo, os Espíritos superiores que os assistiriam no desempenho de suas missões. Esse é que era o dom do Pai, o poder do Alto.
Ainda aqui, as narrações
evangélicas de Mateus, Marcos e Lucas, reunidas à de João, se completam e
explicam umas às outras, pelo que não devem ser consideradas separadamente.
Após a sua segunda aparição
aos discípulos, presente Tomé (JOÃO capítulo 20, versículos 24 ao 29), Jesus os
conduziu a Betânia, onde, erguendo as mãos, os abençoou (LUCAS, versículo 50.)
Aí é que lhes determinou fossem para o monte da Galiléia (MATEUS, capítulo 28,
versículo 16.) Lá na Galiléia, foi que, abençoando-os, deles se separou, que os
discípulos o adoraram e que Ele se elevou para o céu. De lá, voltaram cheios de
alegria, para Jerusalém.
Quando os discípulos,
partindo de diversos pontos, iam a caminho da Galiléia, a fim de aí se
reunirem, foi que, à margem do lago Tiberíades, se deu a aparição de Jesus a
Simão Pedro, a Tomé apelidado Dídimo, a Natanael nascido em Canã na Galiléia,
aos filhos de Zebedeu e a dois outros discípulos, os quais todos tinham ido
pescar juntos.
A palavra de Jesus, que
MATEUS (capítulo 28, versículos 18, 19, 20) e MARCOS (capítulo 16, versículos
15 ao 19) registraram, Ele as pronunciou no monte. Depois de as haver
proferido, foi que ergueu as mãos e os abençoou e que, abençoando-os, se elevou
para o céu. (MARCOS, capítulo 16, versículo 19; LUCAS, versículos 50 e 51.)
O que ocorreu depois da
Ascensão se encontra relatado nos Atos dos Apóstolos.
Nem todas as aparições de
Jesus, assim como nem tudo o que ele fez os evangelistas relataram
minuciosamente. Somaram o que era preciso, para que a missão terrena do Mestre
desse os resultados que devia dar, produzisse os frutos que devia produzir,
então e no futuro.
Foi julgado bastante que os
homens soubessem, além do que consta nas narrações evangélicas, que Jesus,
durante quarenta dias após a ressurreição, apareceu aos apóstolos e lhes falou
do reino de Deus (Atos dos Apóstolos.)
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