Jesus perdoa uma mulher adúltera
1. Dirigiu-se Jesus para o
monte das Oliveiras.
Não
consta que Jesus precisasse dormir ou alimentar-se. Sua superioridade era tão
grande que é presumível que nunca tivesse tido necessidade de alimentos e de
sono físico.
2. Ao romper da manhã,
voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar.
No
templo, aglomeraram-se pessoas ao redor de Jesus, Ele sentou-se e começou a
ensinar (o que Ele ensinou?)
3. Os escribas e os fariseus
trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério.
Os
ortodoxos, querendo fazer ficar em situação embaraçosa, trouxeram à sua
presença uma adúltera pega em flagrante. Se Ele afirmasse que deveria ser
apedrejada estaria contrariando suas lições de caridade e perdão. Se afirmasse
que deveria ser perdoada, estaria contrariando as leis civis. Somente Jesus
teria uma solução como a que apresentou aos presentes: aplique a lei quem for
mais puro que a ré. Essa lição deveria valer para os servidores da justiça
terrena igualmente!
4. Puseram-na no meio da
multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em
adultério.
Chamaram-no
de Mestre hipocritamente, pois não acreditavam nele. Viria logo a indagação
maliciosa.
5. Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso?
A
hipocrisia e a maldade estavam armando o laço para capturar o Governador da
Terra, responsável pela evolução da vítima e dos algozes.
6. Perguntavam-lhe isso, a
fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a
frente e escrevia com o dedo na terra.
O
próprio evangelista informa sobre a intenção malévola dos consulentes. Jesus,
porém, não lhes deu, de pronto, resposta alguma e “se inclinou para a frente e
escrevia com o dedo na terra.” Todo mundo pergunta: - O que Ele escreveu?
7. Como eles insistissem,
ergueu-se e disse-lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe
atirar uma pedra.
Acabou
dando a solução justa: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe
atirar uma pedra.” Afinal, a justiça tem de ser feita, mas pelas mãos de quem
tenha condições morais de aplicá-la. Havia ali alguém em tais condições? Estava
devolvida a pergunta através da resposta.
8. Inclinando-se novamente,
escrevia na terra.
Ninguém
poderia sequer imaginar uma solução daquela natureza. Volta a indagação: - O
que escrevia na terra?
9. A essas palavras,
sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um
por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou
sozinho, com a mulher diante dele.
Onde
estava o evangelista naquele momento? Ficou ou teve também de retirar? Somente
Jesus, que nunca errou, teve condições de permanecer, pois a presença de Deus,
através do seu médium, se impôs à consciência de cada um e todos temeram: aqui
cabe igualmente o conselho de irmã Tereza: “Curvem-se diante do poder de Deus.”
10. Então ele se ergueu e
vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te
acusavam? Ninguém te condenou?
Desnecessário
qualquer comentário a respeito.
11. Respondeu ela: Ninguém,
Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.
Por
que Jesus, sendo retilíneo, não a condenou, ela que não o era? Porque Ele mesmo
afirmava: - “Eu a ninguém julgo.” A consciência de cada um absolve ou condena,
pois é a voz de Deus dentro de cada Espírito. Para que um julgamento externo?
Por que um julgamento de um “filho pródigo” em relação a outro “filho pródigo”?
Se Jesus, como médium de Deus, nunca julgou, com base em que fundamento alguém
se arroga o direito de condenar outrem, a não ser quando o interesse maior da
coletividade o exija, em benefício do bem comum? É preciso pensarmos sobre esse
tema, para não sermos julgados “com a mesma medida com que medirmos nosso
próximo” quando formos pegos em flagrante. Francisco Cândido Xavier afirmava,
com sabedoria: “Criminoso é quem foi pego em flagrante!”, ou seja, o somos
todos.
Jesus é a luz do mundo
12. Falou-lhes outra vez
Jesus: Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não andará em trevas, mas
terá a luz da vida.
Jesus
aconselhou mais uma vez os desviados do bem a endireitarem seu caminho.
13. A isso, os fariseus lhe
disseram: Tu dás testemunho de ti mesmo, teu testemunho não é digno de fé.
Não
queriam mesmo ouvir a voz poderosa de Deus que lhes cobrava silenciosamente a
autorreforma moral.
14. Respondeu-lhes Jesus:
Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é digno de fé, porque
sei de onde vim e para onde vou, mas vós não sabeis de onde venho nem para onde
vou.
A
ignorância arrogante daqueles Espíritos materialistas estava dificultando o
trabalho de Jesus de auxiliar sua redenção, mas Ele não desistiria de salvar
todas as suas ovelhas.
15. Vós julgais segundo a
aparência, eu não julgo ninguém.
Aprendam
a não julgar, pois Deus é o único em condições de analisar suas criaturas: é o
que Jesus quis lhes ensinar.
16. E, se julgo, o meu
julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho, mas comigo está o
Pai que me enviou.
Jesus
somente julga se a decisão coincide com a de Deus.
17. Ora, na vossa lei está
escrito: O testemunho de duas pessoas é digno de fé (Deuteronômio 19,15).
Jesus
estava argumentando com os próprios textos legais dos judeus, para afirmar que
havia muitos que o consideravam como sendo o Messias. Por que esses testemunhos
não valeriam?
18. Eu dou testemunho de mim
mesmo, e meu Pai, que me enviou, o dá também.
Também
não valeria o testemunho de Deus, representado pelos poderes conferidos a Ele,
Jesus, que já tinha demonstrado suficientemente sua ligação com o Pai?
19. Perguntaram-lhe: Onde
está teu Pai? Respondeu Jesus: Não conheceis nem a mim nem a meu Pai, se me
conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu Pai.
Na
verdade, aqueles homens não acreditavam em Deus e não tinham condições de
avaliar que alguém tivesse contato com Ele. Jesus, porém, compenetrado da sua missão
de resgatar as ovelhas perdidas, insistia em dialogar com aqueles homens sem
fé.
20. Estas palavras proferiu
Jesus ensinando no templo, junto aos cofres de esmola. Mas ninguém o prendeu,
porque ainda não era chegada a sua hora.
Durante
esse diálogo, registrado pelo evangelista, diz ele que ocorreu dentro do
templo.
Jesus adverte do juízo vindouro. Defende a sua
missão e autoridade
21. Jesus disse-lhes: Eu me
vou, e procurar-me-eis e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não
podeis ir.
Jesus
continuou esclarecendo-os, como sempre. Queria dizer que deveriam evoluir
espiritualmente, para compreender o que lhes tinha para ensinar. Todavia, só
lhes interessam as coisas do mundo. Para eles, tudo que Jesus manifestava é
absolutamente incompreensível, como a um cego de nascença a quem se procure
explicar o que é a luz. Para quem não adquiriu maturidade do senso moral as lições
de Jesus soam estranhas e somente a evolução nesse sentido possibilita que o
Espírito, encarnado ou desencarnado, comece a gradativamente compreender as leis
de Deus.
22. Perguntavam os judeus:
Será que ele se vai matar, pois diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir?
Não
tinham, realmente, noção de nada que não fosse material. Jesus iria voltar ao
mundo espiritual, mas eles não acreditavam na realidade “post mortem” ou, no mínimo, duvidavam de que fossem Espíritos e
sobrevivessem ao corpo.
23. Ele lhes disse: Vós sois
cá de baixo, eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.
Continuaria
a dúvida sobre o que Jesus queria informar àqueles Espíritos apegados à
materialidade: o que seriam o “outro mundo” e “lá de cima”?
24. Por isso vos disse:
morrereis no vosso pecado, porque, se não crerdes o que eu sou, morrereis no
vosso pecado.
Sem
se fazerem humildes para aprender com o pastor mas nada do que seja espiritual,
mas o orgulho os cegava e eles não admitiam ninguém acima deles, a não ser que
fossem ameaçados com a força das armas e outros recursos intimidatórios daquela
época de violência e primitivismo.
25. Quem és tu?,
perguntaram-lhe eles então. Jesus respondeu: Exatamente o que eu vos declaro.
Realmente,
o diálogo não levaria a lugar algum, pois estavam frente a frente a
materialidade e a espiritualidade, o mal e o bem, os feitos morais do orgulho,
egoísmo e vaidade e as virtudes da humildade, desapego e simplicidade: nada
tinham em comum. Contudo, Jesus nunca se furtou ao diálogo e ao esclarecimento,
sendo muito importante para os cristãos entender esse aspecto da vida de Jesus,
porque Ele estava semeando naquelas almas sem preocupação com a época da
colheita, como, inclusive, fez com Judas Iscariotes, que somente deu frutos daí
a um milênio, na figura de Joana D’Arc.
26. Tenho muitas coisas a
dizer e a julgar a vosso respeito, mas o que me enviou é verdadeiro e o que
dele ouvi eu o digo ao mundo.
Jesus
afirmava sempre ser mero representante de Deus, o qual deveria ser glorificado
e não Ele, seu mandatário.
27. Eles, porém, não
compreenderam que ele lhes falava do Pai.
Efetivamente,
aquelas lições somente deveriam ser entendidas muito tempo depois.
28. Jesus então lhes disse:
Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis quem sou e que
nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou.
A
humildade máxima manifestada com a afirmação: “nada faço de mim mesmo, mas falo
do modo como o Pai me ensinou”. Já foi dito que a expressão “Filho do Homem”
Jesus a utilizava para dizer que era um Espírito como qualquer outro, criado
por Deus.
29. Aquele que me enviou
está comigo, ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu
agrado.
Jesus
se reafirmava simplesmente médium de Deus, cumprindo-lhe a vontade, ou seja, as
leis.
30. Tendo proferido essas
palavras, muitos creram nele.
É
interessante constatar como sua humildade convenceu muitos, que lhe
reconheceram a grandeza autêntica, que se manifesta através da humildade
verdadeira.
Jesus fala sobre os verdadeiros filhos de Deus
31. E Jesus dizia aos judeus
que nele creram: Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros
discípulos,
Convocava
aqueles homens de boa vontade ao discipulado, ou seja, à autorreforma moral.
32. conhecereis a verdade e
a verdade vos livrará.
Esses
discípulos conheceriam as leis de Deus e se libertariam da ignorância e dos
defeitos morais, que provocam os sofrimentos e a necessidade de continuar
reencarnando até atingir-se o estágio de Espírito puro.
33
Replicaram-lhe: Somos
descendentes de Abraão e jamais fomos escravos de alguém. Como dizes tu: Sereis
livres?
A liberdade
a que Jesus se referia não foi entendida inicialmente pelos novos discípulos.
34. Respondeu Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu
escravo.
Eis
aí a definição da verdadeira liberdade, que foi um dos lemas dos
revolucionários franceses de 1789 e em cujo nome se cometeram grandes
atrocidades.
35. Ora, o escravo não fica
na casa para sempre, mas o filho sim, fica para sempre.
Os
filhos das virtudes herdarão a Terra e nela habitarão até serem promovidos a
mundos mais adiantados, enquanto que os filhos dos defeitos morais (os
escravos) sofrerão o degredo.
36. Se, portanto, o Filho
vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
A
libertação com a qual Jesus lhes acenava era decorrente da autorreforma moral.
37. Bem sei que sois a raça
de Abraão, mas quereis matar-me, porque a minha palavra não penetra em vós.
Jesus
afirmou frente a frente que de nada adiantaria destruírem-lhe o corpo físico
por não entenderem suas lições, com isso ensinando que o corpo é mera
vestimenta temporária do Espírito. Essa foi uma das lições mais importantes que
Jesus deixou para a humanidade, a qual foi complementada com suas aparições
depois de desencarnado, a fim de não deixar dúvidas.
38. Eu falo o que vi junto
de meu Pai, e vós fazeis o que aprendestes de vosso pai.
A
diferença entre Jesus e aqueles homens é que Ele conhecia as leis de Deus e
eles só conheciam as coisas terrenas.
39. Nosso pai, replicaram
eles, é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras
de Abraão.
Não
eram filhos de Abraão, nem de Moisés, no sentido figurado: eram filhos da
arrogância e do materialismo, pois não faziam questão de adquirir as virtudes
dos patriarcas e dos profetas.
40. Mas, agora, procurais
tirar-me a vida, a mim que vos falei a
verdade que ouvi de Deus!
Isso Abraão não o fez.
Argumentava
serena e didaticamente, procurando vencer a lógica maquiavélica daqueles descrentes.
Por que matarem quem está tentando ajudá-los?
41. Vós fazeis as obras de
vosso pai. Retrucaram-lhe eles: Nós não somos filhos da fornicação, temos um só
pai: Deus.
Quando
se afirmaram filhos de Deus no sentido de serem privilegiados pelo fato de
adotarem o monoteísmo, mas não praticarem as leis de Deus, Jesus lhes replicou
explicando que não há caminho para Deus a quem se rebela contra o representante
dele na Terra, que é Ele, Jesus. Aqueles homens, definitivamente, não admitiam
um Messias humildade, desapegado e simples, pois eram orgulhosos, egoístas e
vaidosos.
42. Jesus replicou: Se Deus
fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque eu saí de Deus. É dele que eu
provenho, porque não vim de mim mesmo, mas foi ele quem me enviou.
Não
havia como amadurecer à força aquelas frutas verdes: somente o tempo e os
sofrimentos cumpririam essa tarefa...
43. Por que não compreendeis
a minha linguagem? É porque não podeis ouvir a minha palavra.
Não
havia a intenção de se humilharem perante o sublime Governador da Terra e,
portanto, estariam condenados, pela própria rebeldia, aos sofrimentos que a Lei
de Causa e Efeito lhes proporcionaria nos séculos futuros.
44. Vós tendes como pai o
demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o
princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando
diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Jesus
passou a ser incisivo, como forma de advertir aqueles Espíritos insubmissos do
que os aguardaria no futuro.
Afirmavam
ser filhos de Deus, mas não lhe admitiam o missionário virtuoso, da mesma forma
que se diziam filhos de Abraão, que era virtuoso, mas não o imitavam nas
virtudes.
45. Mas eu, porque vos digo
a verdade, não me credes.
Não
queriam ouvir a verdade, pois viviam de aparências.
46. Quem de vós me acusará
de pecado? Se vos falo a verdade, por que me não credes?
A
indagação de Jesus era repassada de amor e compaixão por tanta dureza de
coração que via neles, tal qual aquela que dirigiu ao soldado que lhe aplicou,
sem motivo algum, uma bofetada no rosto: - “Por que me bates”? Era o pai
perguntando ao filho agressivo por que o tratava daquela forma incompreensível.
47. Quem é de Deus ouve as
palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus.
Onde
a coerência de amar a Deus e querer matar seus enviados?
Jesus declara-se eterno
48. Responderam então os
judeus: Não dizemos com razão que és samaritano, e que estás possesso de um
demônio?
A
resposta dos judeus ali presentes não poderia ser mais hipócrita: acusavam-no
de samaritano e possesso!
49. Respondeu-lhes Jesus: Eu
não estou possesso de demônio, mas honro a meu Pai. Vós, porém, me ultrajais!
Jesus
ainda tentou esclarecê-los.
50. Não busco a minha
glória. Há quem a busque e ele fará justiça.
Jesus
estava em cumprimento da sua missão de revelar as leis de Deus à humanidade,
mas aqueles homens não cumpriam outra tarefa senão a defender seus interesses
pessoais, usando os nomes de Deus, Moisés, Abraão e todos os profetas.
51. Em verdade, em verdade
vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte.
Não
tinham condições de entender que havia a morte do corpo, mas não a do Espírito,
que é imortal.
52. Disseram-lhe os judeus:
Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas.
E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte.
Era
inútil continuar tentando explicar o que eles somente compreenderiam daí a
talvez muitos séculos ou milênios...
53. És acaso maior do que
nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu... e os profetas também. Quem
pretendes ser?
Aqueles
homens não admitiam, na verdade, ninguém maior que eles próprios, pouco se
importando com Abraão, que julgavam um nada, tragado pela morte do seu corpo,
há séculos. Os argumentos eram os da maldade disfarçada de crença, como
acontece com muitos religiosos apenas de fachada, que sequer acreditam em Deus.
54. Respondeu Jesus: Se me
glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada, meu Pai é quem me glorifica,
aquele que vós dizeis ser o vosso Deus
Se
realizava tantos prodígios, o que mais faltava para se convencerem de que Jesus
era o Messias? – Apenas faltava compactuar com suas desonestidades!
55. e, contudo, não o
conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria
mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra.
Jesus
lhes afirmou, face a face, serem mentirosos: era o máximo da ousadia de quem
quer que fosse lhes retirar a máscara da hipocrisia e aquela afirmação eles não
conseguiriam esquecer.
56. Abraão, vosso pai,
exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria.
Se
Abraão, a quem diziam respeitar, se exultou vendo o Governador da Terra, seu
Mestre, encarnado para impulsionar a humanidade, como poderiam ir contra Ele,
querendo, inclusive, tirar-lhe a vida do corpo?
57. Os judeus lhe disseram:
Não tens ainda cinquenta anos e viste Abraão?
Não
acreditavam que Abraão estivesse vivo no mundo espiritual e que Jesus dialogava
com ele, o qual era um dos seus emissários e não o contrário.
58. Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou.
Abraão
nunca pretendeu ser maior que Jesus. Somente aqueles hipócritas tentavam
maliciosamente criar uma situação embaraçosa.
59. A essas palavras,
pegaram então em pedras para lhas atirar. Jesus, porém, se ocultou e saiu do
templo.
Perderam
no debate e quiseram apedrejar Jesus ali mesmo dentro do templo, que deveria
ser consagrado ao louvor a Deus. Jesus, porém, “se ocultou” e saiu do templo.
Como “se ocultou”, senão utilizando seu poder espiritual frente às suas ovelhas
rebeldes, que não aceitavam sua orientação?
Fonte:
O Evangelho de João na visão espírita (e-book)
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