Evangelho segundo João - cap. 8

Jesus perdoa uma mulher adúltera

1. Dirigiu-se Jesus para o monte das Oliveiras.

Não consta que Jesus precisasse dormir ou alimentar-se. Sua superioridade era tão grande que é presumível que nunca tivesse tido necessidade de alimentos e de sono físico.

2. Ao romper da manhã, voltou ao templo e todo o povo veio a ele. Assentou-se e começou a ensinar.

No templo, aglomeraram-se pessoas ao redor de Jesus, Ele sentou-se e começou a ensinar (o que Ele ensinou?)

3. Os escribas e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério.

Os ortodoxos, querendo fazer ficar em situação embaraçosa, trouxeram à sua presença uma adúltera pega em flagrante. Se Ele afirmasse que deveria ser apedrejada estaria contrariando suas lições de caridade e perdão. Se afirmasse que deveria ser perdoada, estaria contrariando as leis civis. Somente Jesus teria uma solução como a que apresentou aos presentes: aplique a lei quem for mais puro que a ré. Essa lição deveria valer para os servidores da justiça terrena igualmente!

4. Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo esta mulher foi apanhada em adultério.

Chamaram-no de Mestre hipocritamente, pois não acreditavam nele. Viria logo a indagação maliciosa.

5. Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso?

A hipocrisia e a maldade estavam armando o laço para capturar o Governador da Terra, responsável pela evolução da vítima e dos algozes.

6. Perguntavam-lhe isso, a fim de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra.

O próprio evangelista informa sobre a intenção malévola dos consulentes. Jesus, porém, não lhes deu, de pronto, resposta alguma e “se inclinou para a frente e escrevia com o dedo na terra.” Todo mundo pergunta: - O que Ele escreveu?

7. Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.

Acabou dando a solução justa: “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.” Afinal, a justiça tem de ser feita, mas pelas mãos de quem tenha condições morais de aplicá-la. Havia ali alguém em tais condições? Estava devolvida a pergunta através da resposta.

8. Inclinando-se novamente, escrevia na terra.

Ninguém poderia sequer imaginar uma solução daquela natureza. Volta a indagação: - O que escrevia na terra?

9. A essas palavras, sentindo-se acusados pela sua própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele.

Onde estava o evangelista naquele momento? Ficou ou teve também de retirar? Somente Jesus, que nunca errou, teve condições de permanecer, pois a presença de Deus, através do seu médium, se impôs à consciência de cada um e todos temeram: aqui cabe igualmente o conselho de irmã Tereza: “Curvem-se diante do poder de Deus.”

10. Então ele se ergueu e vendo ali apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?

Desnecessário qualquer comentário a respeito.

11. Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Disse-lhe então Jesus: Nem eu te condeno. Vai e não tornes a pecar.

Por que Jesus, sendo retilíneo, não a condenou, ela que não o era? Porque Ele mesmo afirmava: - “Eu a ninguém julgo.” A consciência de cada um absolve ou condena, pois é a voz de Deus dentro de cada Espírito. Para que um julgamento externo? Por que um julgamento de um “filho pródigo” em relação a outro “filho pródigo”? Se Jesus, como médium de Deus, nunca julgou, com base em que fundamento alguém se arroga o direito de condenar outrem, a não ser quando o interesse maior da coletividade o exija, em benefício do bem comum? É preciso pensarmos sobre esse tema, para não sermos julgados “com a mesma medida com que medirmos nosso próximo” quando formos pegos em flagrante. Francisco Cândido Xavier afirmava, com sabedoria: “Criminoso é quem foi pego em flagrante!”, ou seja, o somos todos.

Jesus é a luz do mundo

12. Falou-lhes outra vez Jesus: Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

Jesus aconselhou mais uma vez os desviados do bem a endireitarem seu caminho.

13. A isso, os fariseus lhe disseram: Tu dás testemunho de ti mesmo, teu testemunho não é digno de fé.

Não queriam mesmo ouvir a voz poderosa de Deus que lhes cobrava silenciosamente a autorreforma moral.

14. Respondeu-lhes Jesus: Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu testemunho é digno de fé, porque sei de onde vim e para onde vou, mas vós não sabeis de onde venho nem para onde vou.

A ignorância arrogante daqueles Espíritos materialistas estava dificultando o trabalho de Jesus de auxiliar sua redenção, mas Ele não desistiria de salvar todas as suas ovelhas.

15. Vós julgais segundo a aparência, eu não julgo ninguém.

Aprendam a não julgar, pois Deus é o único em condições de analisar suas criaturas: é o que Jesus quis lhes ensinar.

16. E, se julgo, o meu julgamento é conforme a verdade, porque não estou sozinho, mas comigo está o Pai que me enviou.

Jesus somente julga se a decisão coincide com a de Deus.

17. Ora, na vossa lei está escrito: O testemunho de duas pessoas é digno de fé (Deuteronômio 19,15).

Jesus estava argumentando com os próprios textos legais dos judeus, para afirmar que havia muitos que o consideravam como sendo o Messias. Por que esses testemunhos não valeriam?

18. Eu dou testemunho de mim mesmo, e meu Pai, que me enviou, o dá também.

Também não valeria o testemunho de Deus, representado pelos poderes conferidos a Ele, Jesus, que já tinha demonstrado suficientemente sua ligação com o Pai?

19. Perguntaram-lhe: Onde está teu Pai? Respondeu Jesus: Não conheceis nem a mim nem a meu Pai, se me conhecêsseis, certamente conheceríeis também a meu Pai.

Na verdade, aqueles homens não acreditavam em Deus e não tinham condições de avaliar que alguém tivesse contato com Ele. Jesus, porém, compenetrado da sua missão de resgatar as ovelhas perdidas, insistia em dialogar com aqueles homens sem fé.

20. Estas palavras proferiu Jesus ensinando no templo, junto aos cofres de esmola. Mas ninguém o prendeu, porque ainda não era chegada a sua hora.

Durante esse diálogo, registrado pelo evangelista, diz ele que ocorreu dentro do templo.

Jesus adverte do juízo vindouro. Defende a sua missão e autoridade

21. Jesus disse-lhes: Eu me vou, e procurar-me-eis e morrereis no vosso pecado. Para onde eu vou, vós não podeis ir.

Jesus continuou esclarecendo-os, como sempre. Queria dizer que deveriam evoluir espiritualmente, para compreender o que lhes tinha para ensinar. Todavia, só lhes interessam as coisas do mundo. Para eles, tudo que Jesus manifestava é absolutamente incompreensível, como a um cego de nascença a quem se procure explicar o que é a luz. Para quem não adquiriu maturidade do senso moral as lições de Jesus soam estranhas e somente a evolução nesse sentido possibilita que o Espírito, encarnado ou desencarnado, comece a gradativamente compreender as leis de Deus.

22. Perguntavam os judeus: Será que ele se vai matar, pois diz: Para onde eu vou, vós não podeis ir?

Não tinham, realmente, noção de nada que não fosse material. Jesus iria voltar ao mundo espiritual, mas eles não acreditavam na realidade “post mortem” ou, no mínimo, duvidavam de que fossem Espíritos e sobrevivessem ao corpo.

23. Ele lhes disse: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.

Continuaria a dúvida sobre o que Jesus queria informar àqueles Espíritos apegados à materialidade: o que seriam o “outro mundo” e “lá de cima”?

24. Por isso vos disse: morrereis no vosso pecado, porque, se não crerdes o que eu sou, morrereis no vosso pecado.

Sem se fazerem humildes para aprender com o pastor mas nada do que seja espiritual, mas o orgulho os cegava e eles não admitiam ninguém acima deles, a não ser que fossem ameaçados com a força das armas e outros recursos intimidatórios daquela época de violência e primitivismo.

25. Quem és tu?, perguntaram-lhe eles então. Jesus respondeu: Exatamente o que eu vos declaro.

Realmente, o diálogo não levaria a lugar algum, pois estavam frente a frente a materialidade e a espiritualidade, o mal e o bem, os feitos morais do orgulho, egoísmo e vaidade e as virtudes da humildade, desapego e simplicidade: nada tinham em comum. Contudo, Jesus nunca se furtou ao diálogo e ao esclarecimento, sendo muito importante para os cristãos entender esse aspecto da vida de Jesus, porque Ele estava semeando naquelas almas sem preocupação com a época da colheita, como, inclusive, fez com Judas Iscariotes, que somente deu frutos daí a um milênio, na figura de Joana D’Arc.

26. Tenho muitas coisas a dizer e a julgar a vosso respeito, mas o que me enviou é verdadeiro e o que dele ouvi eu o digo ao mundo.

Jesus afirmava sempre ser mero representante de Deus, o qual deveria ser glorificado e não Ele, seu mandatário.

27. Eles, porém, não compreenderam que ele lhes falava do Pai.

Efetivamente, aquelas lições somente deveriam ser entendidas muito tempo depois.

28. Jesus então lhes disse: Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis quem sou e que nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou.

A humildade máxima manifestada com a afirmação: “nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou”. Já foi dito que a expressão “Filho do Homem” Jesus a utilizava para dizer que era um Espírito como qualquer outro, criado por Deus.

29. Aquele que me enviou está comigo, ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado.

Jesus se reafirmava simplesmente médium de Deus, cumprindo-lhe a vontade, ou seja, as leis.

30. Tendo proferido essas palavras, muitos creram nele.

É interessante constatar como sua humildade convenceu muitos, que lhe reconheceram a grandeza autêntica, que se manifesta através da humildade verdadeira.

Jesus fala sobre os verdadeiros filhos de Deus

31. E Jesus dizia aos judeus que nele creram: Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos,

Convocava aqueles homens de boa vontade ao discipulado, ou seja, à autorreforma moral.

32. conhecereis a verdade e a verdade vos livrará.

Esses discípulos conheceriam as leis de Deus e se libertariam da ignorância e dos defeitos morais, que provocam os sofrimentos e a necessidade de continuar reencarnando até atingir-se o estágio de Espírito puro.

33

Replicaram-lhe: Somos descendentes de Abraão e jamais fomos escravos de alguém. Como dizes tu: Sereis livres?

A liberdade a que Jesus se referia não foi entendida inicialmente pelos novos discípulos.

34. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo.

Eis aí a definição da verdadeira liberdade, que foi um dos lemas dos revolucionários franceses de 1789 e em cujo nome se cometeram grandes atrocidades.

35. Ora, o escravo não fica na casa para sempre, mas o filho sim, fica para sempre.

Os filhos das virtudes herdarão a Terra e nela habitarão até serem promovidos a mundos mais adiantados, enquanto que os filhos dos defeitos morais (os escravos) sofrerão o degredo.

36. Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres.

A libertação com a qual Jesus lhes acenava era decorrente da autorreforma moral.

37. Bem sei que sois a raça de Abraão, mas quereis matar-me, porque a minha palavra não penetra em vós.

Jesus afirmou frente a frente que de nada adiantaria destruírem-lhe o corpo físico por não entenderem suas lições, com isso ensinando que o corpo é mera vestimenta temporária do Espírito. Essa foi uma das lições mais importantes que Jesus deixou para a humanidade, a qual foi complementada com suas aparições depois de desencarnado, a fim de não deixar dúvidas.

38. Eu falo o que vi junto de meu Pai, e vós fazeis o que aprendestes de vosso pai.

A diferença entre Jesus e aqueles homens é que Ele conhecia as leis de Deus e eles só conheciam as coisas terrenas.

39. Nosso pai, replicaram eles, é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.

Não eram filhos de Abraão, nem de Moisés, no sentido figurado: eram filhos da arrogância e do materialismo, pois não faziam questão de adquirir as virtudes dos patriarcas e dos profetas.

40. Mas, agora, procurais tirar-me a vida, a mim que vos falei a

verdade que ouvi de Deus! Isso Abraão não o fez.

Argumentava serena e didaticamente, procurando vencer a lógica maquiavélica daqueles descrentes. Por que matarem quem está tentando ajudá-los?

41. Vós fazeis as obras de vosso pai. Retrucaram-lhe eles: Nós não somos filhos da fornicação, temos um só pai: Deus.

Quando se afirmaram filhos de Deus no sentido de serem privilegiados pelo fato de adotarem o monoteísmo, mas não praticarem as leis de Deus, Jesus lhes replicou explicando que não há caminho para Deus a quem se rebela contra o representante dele na Terra, que é Ele, Jesus. Aqueles homens, definitivamente, não admitiam um Messias humildade, desapegado e simples, pois eram orgulhosos, egoístas e vaidosos.

42. Jesus replicou: Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque eu saí de Deus. É dele que eu provenho, porque não vim de mim mesmo, mas foi ele quem me enviou.

Não havia como amadurecer à força aquelas frutas verdes: somente o tempo e os sofrimentos cumpririam essa tarefa...

43. Por que não compreendeis a minha linguagem? É porque não podeis ouvir a minha palavra.

Não havia a intenção de se humilharem perante o sublime Governador da Terra e, portanto, estariam condenados, pela própria rebeldia, aos sofrimentos que a Lei de Causa e Efeito lhes proporcionaria nos séculos futuros.

44. Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.

Jesus passou a ser incisivo, como forma de advertir aqueles Espíritos insubmissos do que os aguardaria no futuro.

Afirmavam ser filhos de Deus, mas não lhe admitiam o missionário virtuoso, da mesma forma que se diziam filhos de Abraão, que era virtuoso, mas não o imitavam nas virtudes.

45. Mas eu, porque vos digo a verdade, não me credes.

Não queriam ouvir a verdade, pois viviam de aparências.

46. Quem de vós me acusará de pecado? Se vos falo a verdade, por que me não credes?

A indagação de Jesus era repassada de amor e compaixão por tanta dureza de coração que via neles, tal qual aquela que dirigiu ao soldado que lhe aplicou, sem motivo algum, uma bofetada no rosto: - “Por que me bates”? Era o pai perguntando ao filho agressivo por que o tratava daquela forma incompreensível.

47. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus.

Onde a coerência de amar a Deus e querer matar seus enviados?

Jesus declara-se eterno

48. Responderam então os judeus: Não dizemos com razão que és samaritano, e que estás possesso de um demônio?

A resposta dos judeus ali presentes não poderia ser mais hipócrita: acusavam-no de samaritano e possesso!

49. Respondeu-lhes Jesus: Eu não estou possesso de demônio, mas honro a meu Pai. Vós, porém, me ultrajais!

Jesus ainda tentou esclarecê-los.

50. Não busco a minha glória. Há quem a busque e ele fará justiça.

Jesus estava em cumprimento da sua missão de revelar as leis de Deus à humanidade, mas aqueles homens não cumpriam outra tarefa senão a defender seus interesses pessoais, usando os nomes de Deus, Moisés, Abraão e todos os profetas.

51. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte.

Não tinham condições de entender que havia a morte do corpo, mas não a do Espírito, que é imortal.

52. Disseram-lhe os judeus: Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas. E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte.

Era inútil continuar tentando explicar o que eles somente compreenderiam daí a talvez muitos séculos ou milênios...

53. És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu... e os profetas também. Quem pretendes ser?

Aqueles homens não admitiam, na verdade, ninguém maior que eles próprios, pouco se importando com Abraão, que julgavam um nada, tragado pela morte do seu corpo, há séculos. Os argumentos eram os da maldade disfarçada de crença, como acontece com muitos religiosos apenas de fachada, que sequer acreditam em Deus.

54. Respondeu Jesus: Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada, meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus

Se realizava tantos prodígios, o que mais faltava para se convencerem de que Jesus era o Messias? – Apenas faltava compactuar com suas desonestidades!

55. e, contudo, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra.

Jesus lhes afirmou, face a face, serem mentirosos: era o máximo da ousadia de quem quer que fosse lhes retirar a máscara da hipocrisia e aquela afirmação eles não conseguiriam esquecer.

56. Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria.

Se Abraão, a quem diziam respeitar, se exultou vendo o Governador da Terra, seu Mestre, encarnado para impulsionar a humanidade, como poderiam ir contra Ele, querendo, inclusive, tirar-lhe a vida do corpo?

57. Os judeus lhe disseram: Não tens ainda cinquenta anos e viste Abraão?

Não acreditavam que Abraão estivesse vivo no mundo espiritual e que Jesus dialogava com ele, o qual era um dos seus emissários e não o contrário.

58. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou.

Abraão nunca pretendeu ser maior que Jesus. Somente aqueles hipócritas tentavam maliciosamente criar uma situação embaraçosa.

59. A essas palavras, pegaram então em pedras para lhas atirar. Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo.

Perderam no debate e quiseram apedrejar Jesus ali mesmo dentro do templo, que deveria ser consagrado ao louvor a Deus. Jesus, porém, “se ocultou” e saiu do templo. Como “se ocultou”, senão utilizando seu poder espiritual frente às suas ovelhas rebeldes, que não aceitavam sua orientação?

Fonte:

O Evangelho de João na visão espírita (e-book)

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