Os grandes culpados

Os países que suscitam guerras para proveito próprio são os grandes culpados, e responderão pelos desastres que provocarem, dos flagelos que torturam os povos. Dizia Jesus: "É necessário o escândalo, mas ai daquele que provocar o escândalo."

A ambição, quase sempre, é o motivo dos países famintos por dinheiro e bens materiais. Os que perdem a guerra, além da derrota e muitas perdas, ainda são surrupiados pelos vencedores, sofrendo espoliações de todos os tipos. Por simples conveniência, os opressores acham que devem fazer justiça pelas próprias mãos com os seus semelhantes, os quais já sofrem muitas necessidades. Jesus, já preveniu aos intérpretes da lei de Deus o que poderia ocorrer com eles, conforme Lucas anotou no capítulo onze, versículo quarenta e seis:

Mas ele respondeu: Ai de vós também, intérpretes da lei, porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos, nem com um dedo os tocais.

Eis o que fazem os países chamados desenvolvidos, a que chamamos de opressores: eles sobrecarregam os ombros dos países pobres, colocando-lhes fardos pesados, mas, nem com o dedo querem tocá-los.

São os grandes culpados dos flagelos acontecidos. Não sabem eles o preço que deverão pagar, porque a natureza lhes responderá dentro da justiça de Deus. Assim pode ocorrer também com os homens. A lei nos diz que ninguém oprime sem ser oprimido, ninguém persegue sem ser perseguido. Tudo o que damos, recebemos de retorno.

Muitos são os que fazem guerras exteriores, e muitos mais os que fazem guerras interiores, que suscitam flagelos íntimos, que são bem piores. Jesus veio nos ensinar como termos paz, deixando para a humanidade o remédio para todos esses males: o Evangelho.

Não queiramos ser os culpados da desarmonia entre os povos e os seres que os acompanham. Conservemos essa postura ante o Cristo de Deus, procurando Jesus e nos fazendo entendidos dos Seus preceitos, vivendo-os no dia-a-dia, para que passem as tempestades e surja a bonança em nosso caminho.

Os homens que suscitam guerras escrevem no livro da vida seus delitos para com a sociedade, e lhes custará muito caro o reparo, talvez muitas experiências na Terra ou em outros piores que ela, em duras expiações, em que a consciência vai se revelando para que possamos, por misericórdia, não nos revoltarmos contra a vida e, às vezes, contra o próprio Criador. Provocar uma guerra para proveito próprio é incorrer em perigo desastroso.

A Doutrina dos Espíritos nos traz convites todos os dias para que possamos mudar a nossa postura espiritual, no modo de conversar com os outros, de agir com os nossos semelhantes, porque a palavra é força poderosa que destrói e constrói, de acordo com os sentimentos que alimentamos. É por isso que Jesus é o nosso Mestre incomparável; Ele é o educador do verbo em todas as situações. Não sejamos os grandes, nem mesmo os pequenos culpados. Ó nosso lugar de seres conscientes, os nossos deveres, deve ser de benfeitores em todos os rumos, ajudando e servindo, somente por amor. 

 

Fonte:

Filosofia espírita, psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Editora Espírita Fonte Viva. BH, volume 15 e 16, pág. 89. 

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