ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
II - PENAS E GOZOS FUTUROS
Duração
das penas futuras
1008. Depende sempre da
vontade do Espírito a duração das penas? Algumas não haverá que lhe sejam impostas
por tempo determinado?
"Sim,
ao Espírito podem ser impostas penas por determinado tempo; mas, Deus, que só
quer o bem de Suas criaturas, acolhe sempre o arrependimento e infrutífero
jamais fica o desejo que o Espírito manifeste de se melhorar.”
SÃO
LUÍS.
Penas impostas
As penas impostas são uma
realidade em determinada faixa que o Espírito ocupa na vida. Ele deve passar
por certas corrigendas para fixar o bem no seu coração. O amor de Deus cobre
todos os Seus filhos, dentro do qual todos respiram e vivem.
As penas, quando
necessárias, são impostas, no entanto, depois que a alma passa a melhorar e tendo
certo discernimento, ela pode escolher suas provas sob a supervisão dos
benfeitores que lhe assinam como avalistas da sua volta à Terra. Não constituí
maldade do Criador, como à criança rebelde a escola é a disciplina; é uma
bondade de Deus em educar Seus filhos e instruí-los, sem deixá-los ao léu da
vida.
As penas são impostas por determinado tempo, que o Senhor achar conveniente, mas, no meio das penas pode a alma sentir-se arrependida, o que sempre vale para o começo da maturidade espiritual, no campo dos sentimentos. Pode ser um começo de mudanças que nascem dentro de fortes infortúnios. Não queremos dizer com isso que elas deverão desaparecer dos caminhos dos culpados; constitui, sim, um marco das mudanças que no futuro deverão ser realizadas.
A vontade de melhorar deve
ser alimentada, sem revolta, sem dúvidas. Revendo os seus feitos impensados, a
alma sente mais necessidade de melhorar, entretanto, os Espíritos rebeldes,
esses sofrem mais, devido à indisposição contra a harmonia e as leis da vida.
A alma, porém, que se
encontra em melhores atividades espirituais, que já pode escolher alguma coisa
na Terra, poderá ter suas próprias provas mudadas. Os benfeitores espirituais
poderão investir nessas almas, facilitando seus trabalhos, melhorando sua saúde
e abrindo cada vez mais sua inteligência, desde quando ela seja empregada para
o amor e a caridade.
Deus é bondade e concede a
Seus filhos maleáveis o ensejo de melhorarem mais, se escolheram uma prova mais
dura e querem avançar mais, e lhes são dadas oportunidades para se livrarem de
certos males em favor do bem comum. Isto tem acontecido muito na face da Terra,
em favor de companheiros que se integraram na caridade e no amor sem
exigências. Todavia, as provas impostas são irreversíveis, por saber o mundo
espiritual que somente assim o candidato à paz pode recebê-la.
Ninguém engana a Deus. Às
vezes, dos lábios da alma pode verter algum perfume, aparentemente, mas, seu
coração, para quem tem olhos para ver, são como sepulcros caiados por fora,
como comparou o Mestre. O nosso dever, que a maturidade assinala, são as
mudanças com Jesus Cristo. Ouçamos Paulo, quando falava aos Romanos:
Assim, pois, seguimos as
cousas da paz e também as da edificação de uns para com os outros. (Romanos,
14:19)
Mesmo que estiveres em duras
provas, impostas pela força maior, não esmoreças, que elas estão trabalhando
por dentro de ti para acender a luz em teu coração. A vida te pede que
trabalhes pela paz e pela edificação do amor de uns para com os outros. Todo
sofrimento é passageiro; somente a felicidade é eterna, na eternidade de Deus.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10
volumes.
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