ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
II - PENAS E GOZOS FUTUROS
Penas
temporais
989. Pessoas há que, se bem
não sejam positivamente más, tornam infelizes, pelos seus caracteres, todos os
que as cercam. Que consequências lhes advirão disso?
“Inquestionavelmente,
essas pessoas não são boas. Expiarão suas faltas, tendo sempre diante da vista
aqueles a quem infelicitaram, valendo-lhes isso por uma exprobração. Depois,
noutra existência, sofrerão o que fizeram sofrer.”
Ação e reação
A Doutrina dos Espíritos,
com os seus conceitos de luz, ajuda as criaturas a compreenderem os melhores
caminhos, os melhores meios de viver. A justiça divina não dorme e se encontra
sempre alerta para dar às pessoas e aos Espíritos o que eles merecem, na pauta
das suas ações. Se não fora assim, como seria Deus?
Aos leitores desses escritos, advertimos que devem trabalhar na intimidade do coração, no sentido de despertar dentro de si a razão apurada e sentimentos elevados, para saberem escolher com discernimento o que pensar, falar e agir.
Toda ação gera uma reação
compatível. Não deves esquecer disto. Existem muitos meios de fazer os outros
sofrer, no entanto, Deus nos mostra variadas possibilidades de recuperação. Os
esforços neste sentido ainda são poucos, no entanto, se a perseverança aumentar
cada vez mais, os esforços também aumentarão.
Procura a força do perdão,
esquecendo as faltas; procura desculpar a quem por acaso te ofendeu, para que,
em outra reencarnação, não venhas a sofrer as suas consequências. Trabalha na
tua área interna e vê se não estás sendo motivo de escândalo. Logo que descobrires
que estás sendo inoportuno, corrige tuas atitudes, deixando livre aquele que
atingiste com a tua ignorância. As vezes, alguém te julga bom, pelo que pensa
de ti; não envaideças: corrige teus impulsos e não distingas as criaturas
porque gostas delas. Ama a todas com o mesmo interesse de servir. No silêncio
dos teus pensamentos, podes cobiçar as coisas alheias, às vezes tão fortemente,
que podes com isso, usar inconscientemente as forças virgens que atingem os
outros. Não faças isso. "Mão cobiceis as coisas alheias", nos
recomendam os Espíritos tutelares.
Então a cobiça, depois de
haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a
morte. (Tiago, 1:15)
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10
volumes.
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