1. ORIGEM E ETIMOLOGIA
Batismo - do
grego bapto e baptismos significa ablução, imersão, banho. É o
nome que designa os ritos de iniciação em diferentes religiões e crenças. O
ritual do batismo era uma prática muito difundida na Palestina. Provinha dos
antigos mistérios da Grécia, do Egito, dos Essênios etc.
João Batista nada mais fazia
do que usar esta prática para ajudar as pessoas a se modificarem. Usava a água
em adultos, certo de que estes
teriam compreensão para o arrependimento. Esse ato folclórico, simples e puro,
foi transformado no culto cristão num processo mágico de purificação da alma,
destinado a lavar a mancha do pecado original de Adão e Eva impregnada nas
almas das crianças recém-nascidas.
Esse rito de imersão
praticado por João Batista é um símbolo de purificação e de renovação.
Era conhecido nos meios essênios, mas também em outras religiões (que o
associam aos ritos de passagem, especialmente aos de nascimento e morte) além
do judaísmo e suas seitas.
2. O TEXTO EVANGÉLICO
João Batista dá testemunho
de Cristo. Ele diz: "Eu vos batizo com água, para o arrependimento; mas
aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou
digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo".
(Mateus, 3,11)
3. O BATISMO DE FOGO E DO
ESPÍRITO SANTO
O batismo de fogo,
pelo qual Jesus se mostrava ansioso, não era outra coisa senão a luta que os
belos e nobres ideais do cristianismo precisou enfrentar, e continua
enfrentando, para que os privilégios, a tirania e o fanatismo venham a
desaparecer da face da Terra, cedendo lugar a uma ordem social fundada na
justiça, na liberdade e na concórdia.
O batismo do Espírito
Santo é a assistência, a inspiração dos Espíritos purificados, concedidos
pelo Cristo, em nome do Senhor, aos homens, que então as recebem mediunicamente
e mesmo se comunicam com aqueles Espíritos nas condições e na proporção dos
tipos de mediunidade que lhe são outorgados.
Os discípulos receberam o
batismo do Espírito Santo no dia de Pentecostes, no Cenáculo de Jerusalém,
onde, segundo os Atos dos Apóstolos, pela primeira vez, se registrou esse
grandioso fato da história do Cristianismo, em que houve derrame do Espírito na forma de línguas de fogo sobre os
Apóstolos.
4. CONSIDERAÇÕES DO ESPÍRITO
EMMANUEL
Pergunta 298 do
livro O Consolador - Considerando que as religiões invocam o Evangelho
de Mateus para justificar a necessidade do batismo em seus característicos
cerimoniais, como deverá proceder o espiritista em face desse assunto?
"Os espiritistas
sinceros, na sagrada missão de paternidade, devem compreender que ao batismo,
aludido no Evangelho, é o da invocação das bênçãos divinas para quantos a eles
se reúnem no instituto santificado da família.
Longe de quaisquer
cerimônias de natureza religiosa, que possam significar uma continuação dos
fetichismos da Igreja Romana, que se aproveitou do símbolo evangélico para a
chamada venda dos sacramentos, o espiritista deve entender o batismo como o
apelo do seu coração ao Pai de Misericórdia, para que os seus esforços sejam
santificados no instituto familiar, compreendendo, além do mais, que esse ato
de amor e de compromisso divino deve ser continuado por toda a vida, na renúncia
e no sacrifício, em favor da perfeita cristianização dos filhos, no apostolado
do trabalho e da dedicação".
5. EXPLICAÇÃO ESOTÉRICA
Do ponto de vista interior,
o batismo é um processo da consciência, administrado por energias cósmicas;
promove a integração do ser em níveis mais amplos do que aquele onde ele se
encontra. Há distintos graus de batismo, cada um deles vinculado a um elemento.
Os primeiros graus dizem respeito às etapas iniciais da ascensão e nelas o
Batismo pode demandar várias encarnações para consumar-se.
Fonte: Centro Espírita Ismael, por Sérgio Biagi Gregório.
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