ESPERANÇAS
E CONSOLAÇÕES
CAPÍTULO
II - PENAS E GOZOS FUTUROS
Expiação
e arrependimento
1002. Que deve fazer aquele
que, em artigo de morte, reconhece suas faltas, quando já não tem tempo de as
reparar? Basta-lhe nesse caso arrepender-se?
“O
arrependimento lhe apressa a reabilitação, mas não o absolve. Diante dele não
se desdobra o futuro, que jamais se lhe tranca?”
O arrependimento não absolve
Não basta somente nos
arrependermos das faltas cometidas no dia a dia; necessário se faz que
busquemos repará-las com a modificação dos nossos hábitos e vícios, por vezes
incontáveis. Mo entanto, o arrependimento abre as portas para adentrar no
coração a luz da moral, da conduta reta.
É como nos diz O Livro dos Espíritos: "O arrependimento apressa a reabilitação, e isso já é um grande passo para a nossa paz espiritual". A Doutrina Espírita, sendo uma filosofia de vida para as criaturas, nos mostra caminhos mais seguros de nos reabilitarmos, mostrando Jesus com a personificação do amor, o verdadeiro caminho que nos leva à libertação espiritual.
O arrependimento apressa a
libertação, mas não absolve o infrator. Aí entra o nosso trabalho de análise e
de mudança de comportamento ante a vida e diante de Deus, que sempre nos dá
inspiração para a paz da nossa consciência.
O arrependimento é uma luz
que a vida acende em teu coração, para que tenhas coragem e esperança. Quem te
criou tem condições de te mostrar a vida melhor, mas não deve fazer o que
somente tu és capaz na tua própria conquista. Os benfeitores espirituais estão
te acompanhando bem de perto, mais do que pensas. Eles trabalham no silêncio,
te ajudando sem alarde, pois a caridade assim pede, para que seja feito o bem
sem ostentação. Deves acreditar no Criador. O que Ele fez se encontra enraizado
no teu coração, dentro da eternidade.
Pois tudo que Deus criou é
bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável. (l Timóteo, 4:4)
Quando recusamos é que nos
falta compreensão e, por vezes, torcemos as leis eternas e benfeitoras que
somente nos ajudam a entender a verdade. Quando não aceitamos alei de amor, ela
nos fere por justiça e para nos mostrar o caminho certo; daí nasce o arrependimento
que nos dá forças para a retificação, de morto a palmilharmos o caminho em direção
à luz.
Fonte:
O livro dos
Espíritos. Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro. FEB, DF.
Filosofia espírita.
Psicografada por João Nunes Maia/Miramez. Fonte viva, Belo Horizonte. 10
volumes.
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